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♡Andréia♡

Agora

Já se passaram horas e ainda estamos aqui. Me dei ao trabalho de conversar com alguns dos convidados, como minha tia queria.

Não consegui falar com Narciso novamente, apesar de nossos olhos terem se encontrado algumas vezes. Ignat ficou me vigiando de longe, sempre que via alguma interação minha com Narciso ele fechava a cara, não quis provocar sua irá, então fiquei longe.

Minha cabeça está leve depois de beber tantas taças de champanhe. Se eu tiver que fazer alguma coisa com um daqueles dois, eu prefiro fazer bêbada, prefiro beber até perde meus sentidos.

Balanço meu corpo pra lá e pra cá, dançado ao ritmo da música. O champanhe ameaça derramar da taça enquanto danço.

Meus olhos estão fechados, deixo que a música me conduza. Não sei quem me olha, nem quem está por perto. Não quero nem imaginar a cara que Francesco deve está fazendo.

De repente um perfume forte invade minhas narinas, uma mão agarra minha cintura. Sei bem que não deve ser um dos convidados, aqueles dois nunca permitiram que alguém chegasse assim em mim, ainda mas agora.

"Talvez você devesse para por agora." Sua voz está tão distante, mesmo que ele esteja tão perto. Sua voz é tão calma e serena, sempre odiei isso nele, seu jeito calma e gentil. Sua outra mão agarra minha taça, seus dedos tocam os meus. Abro meus olhos e encaro seu rosto, poha, por que eles tem que ser tão bonitos, principalmente ele, esse rosto, esse temperamento dele e esse álcool na minha cabeça não ajudam em nada.

Afasto minha mão da sua, " esse é o seu talvez, o meu talvez me diz que eu deveria continuar bebendo." Levo a taça novamente aos lábios tomando de seu líquido. Simon solta um pequeno riso, seu rosto agora tem um sorriso, queria muito entender o do porquê as coisas que eu faço não causam efeito nele, parece que ele tá sempre esperando essas minhas atitudes ruins e, algumas até infantis.

"Só não quero que você vomite no helicóptero," fala ele, enquanto sua mão que antes estava na taça toca meu rosto.

"Como?" Pergunto, totalmente confusa.

"Daqui a pouco ele deve está chegando,"

Não sei que tipo de expressão devo está fazendo, certamente um tipo de expressão confusa porquê logo ele continua.

"Temos que ir para casa,"

"Aqui é minha casa."

Seu rosto possuíum tipo de tristeza quando ele diz, "não mas Andréia."

Meu peito aperta com suas palavras, sinto a necessidade de chorar, culpa do álcool talvez, um pequena lágrima teimoso desce pelo meu rosto até minha bochecha, ele passa o dedão por ela, limpando.

"Está tudo bem." Simon leva meu rosto até seu peito, me afundo ali. Quero chorar, gritar, mas fico ali, meu rosto em seu peito. Ele acaricia minhas costas. Que ridículo não? Esta assim tão íntima da pessoa que está causando tudo isso.

Depois do que se parece dois minutos, ele me afasta de seu peito. Não sei que tipo de maquiagem a maquiadora usou, mas espero que tenha sido uma aprova d'água, porque si não, meu rosto deve está uma bagunça nesse momento.

"Ele chegou." Isso é tudo que ele diz, faço um sinal de sim com a cabeça. Ele pega minha mão, nossos dedos se entrelaçam um ao outro enquanto andamos em direção a saída.

Meus olhos fixo no chão, não quero te que olhar para ninguém agora. Estamos chegando ao jardim, as portas se abrem e só me permito olhar para frente quando escuto a voz de Alessandro me chamar.

"Hey borboletinha," duas palavras, bastou duas palavras dele para que eu me acabasse em choro. Simon solta minha mão quando meu irmão me puxa para um abraço.

"Está tudo bem," ele diz, me pergunto se ele acredita nessas palavras. Ele nos afasta, depois coloca meu rosto entre suas mãos, nossos olhos estão fixo um no do outro quando ele diz, eu te amo. Ele me dá um pequeno beijo na testa antes de me soltar.

Lorenzo aparece logo em seguida, seu abraço é mais forte e demorado, meu irmão pode ser o maior galinha com outras mulheres, mas sempre me tratou como uma princesa.

"Sentirei tanta sua falta," quero dizer a ele que sentirei falta dele também, porém meu choro não deixa que eu diga nada, mas sei que Lorenzo entende, mesmo que não diga uma palavra.

É a vez de Tia Caterina, um abraço rápido e simples, sei que não é porque ela não me ama ou algo do tipo, está apenas tentando ser modéstia, sei que ela sentira minha falta pelas lágrimas que molham seu rosto.

"Olhe só para você, se seus pais estivessem aqui para vê o quanto você cresceu."

Se meus pais estivessem aqui, esse casamento nunca teria acontecido, e o que quero dizer, mas não digo.

"Temos que ir Simon," é a vez de Ignat falar, minha tia me abraça mais uma vez antes que Simon chega ao meu lado e nossas mãos voltem a se tocar.

Andamos em direção ao helicóptero, Francesco nem se deu ao trabalho de se despedir de mim, deu apenas um pequeno aceno com a cabeça para Simon e Ignat.

Seus olhos não encontram os meus em momentos algum, nem mesmo quando já estávamos lá em cima, ele continuou a olhar apenas para qualquer outro lugar, menos para onde o helicóptero estava.






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