O PROFESSOR

MOMENTOS

Luísa pov.

Acordei vendo Otto ainda dormindo, sorri por um momento, mas logo minha consciência começou a me acusar, afinal meu conto de fadas estava chegando ao final, amanhã começaria tudo de novo, mas dessa vez sera pior, pois quando não sabemos sabemos o gosto e a sensação de algo não tem como querermos ficar chateada por não ter, mas agora eu já sabia o gosto e a sensação de ter o Otto, ver ele e não pode tocar vai me deixar louca, me levantei e fui tomar banho, já era 20:00 horas quando Otto acordou e veio ao meu encontro me dando um selinho e se sentando ao meu lado, ele estava só de cueca e eu sorri com a cena, afinal queria que aquilo se repetisse muitas e muitas vezes, ele me olhou e disse: — porque esta rindo?

— porque é engraçado essa situação

— que situação?

— eu ver meu professor assim, acabado. — falei o encarnado e ele sorriu dizendo: — para com isso 

— Otto eu queria ficar um tempo com você antes de ir embora

— Mas... Quem disse que eu vou embora?

— Eu estou dizendo, amanhã volta as aulas, não quero acordar ao lado do meu professor e ter que passar o dia o evitando

— ok... Entendi... — ele disse cabisbaixo, ate parece que ele queria mesmo ficar

— Eu vou te esperar lá em baixo

— tudo bem... — disse ele indo para o banheiro, eu voltei pro quarto, coloquei um sandália e passei um perfume, desci e fiquei o esperando no parquinho do prédio, quando ele apareceu eu me peguei tanto um sorriso como uma besta novamente, ele se aproximou e disse: — não me diga que vc quer brincar e só me trouxe aqui pra te empurrar no balanço

— Não bobo. Eu quero te mostrar um lugar. — me levantei pegando na mão dele e ele me seguiu em silêncio, entramos em um espaço com arvores, flores e me encostei na arvore do meio, ele me encarou sem entender, eu olhei para o lado fitando a paisagem, a lua cheia e meus olhos se encheram de lágrimas — vinha aqui toda noite, pois eu acreditava que conseguia ficar mais perto dos meus pais.

— é lindo — ele falou melancólico, acho que se lamentando por mim e se perguntando o que ele tem com isso, então me virei o puxando para mais perto e o beijei, foi carinhoso, romântico, um beijo apaixonado e por um segundo imaginei que Otto sentia o mesmo por mim, depois do beijo nos sentamos e eu fiquei entre suas pernas, ele passava a mão entre meus cabelos e conversamos sobre nosso passado, ele disse que não conheceu seus pais de verdade, depois nos beijamos mais vezes, pareciamos um casal de namorados apaixonados, na verdade era mesmo isso que eu queria que fosse, Perdi a noção do tempo ali com ele e tentei aproveitar e guardar aquele momento, pois sabia que aquele seria o último, adormeci em seus braço, quando acordei olhei o relógio e já se passava das 03:00 da manhã, ele se levantou assustado e disse: — o que foi?

— já esta tarde, acho melhor você ir

Ele olhou a hora e Sorriu constrangido e disse: — Nem vi hora passar — Eu também sorri e nos beijamos, ele se virou se despedindo, mas voltou e me beijou novamente e se foi, eu sorri derramando uma lágrima e voltei pro prédio, me deitei, pois estava cansada, mas o cheiro de Otto estava por todo lugar, dormi e fiquei sonhando com Otto

Otto pov. 

Acordei assustado e não encontrei Luísa na cama, coloquei minha cueca e fui ver onde ela estava, a encontrei na cozinha, lhe dei um selinho e me sentei ao seu lado, ela disse pra mim ir embora e mesmo que eu não quisesse ir, acabei aceitando pois a sua justificativa estava certa, seria horrível passar a noite ao lado dela, acordar e não poder beija lá na frente de todos, não poder olhar como queria, então aceitei ir, mas antes ela queria me mostrar um lugar e confesso que fiquei curioso, tomei um banho e desci ao seu encontro, chegando lá ela pegou em minha mão e me levou para um lugar muito bonito, com arvores e flores, ela se encostou na arvore e disse que ia ali pois acreditava que ficava mais perto dos pais, meu coração se quebrou naquele momento, não sabia o que falar, era lindo aquele cenário, nos beijamos e demosntrei todo o meu amor por ela, nos sentamos e ela ficou entre minhas pernas, eu fazia carinho nela, passando minha mão por seus cabelos, a vi pegar no sono e dei muitos beijos nela, até ela acordar e me mandar embora pois já estava muito tarde, meu coração se apertou, fiquei triste e a beijei, fui embora lutando contra meu desejo de ficar, aquele momento foi único, nunca tinha ficado assim com uma mulher, Luísa foi a primeira e provavelmente e única mulher com quem eu me sinto inteiro e satisfeito, ela era minha, minha Luisa, só minha. 

Continua....