A verdade

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- Você quer que eu toque a campainha? - Enid perguntou. As duas estavam na frente da casa da mais velha.

-Não precisa, você já fez demais
por mim. - sorriu sem mostrar os dentes - Eu só vou entrar e ver se eu descubro algo sobre o por quê de eu estar assim. Quem sabe meus pais estão e possam me ver, embora eu ache bem difícil. - Enid assentiu.

- Eu te espero aqui, então. - foi a vez de Wednesday assentir.

        A morena passou pelos enormes muros de sua própria casa, encontrando o quintal completamente vazio e silencioso, apenas se ouvia o som das águas caindo pelo clássico chafariz que ali tinha.

        Wednesday estranhou tudo isso. Pelo o que ela se lembrava, sua casa nunca fora silenciosa desse jeito, então algo grave tinha mesmo acontecido. Isso só fez Wednesday ficar mais nervosa do que já estava. Atravessou a porta principal,
encontrando a sala de estar do mesmo jeito: vazia e silenciosa.

- Mama? - perguntou, mesmo sabendo que não obteria resposta. - Papa? Pugs? - nada.

        Não havia ninguém no primeiro andar, nem mesmo os diversos empregados que ali trabalhavam. Foi empregados que ali trabalhavam. Foi para o andar de cima, vendo o quarto de seus pais vazio e bem arrumado.

       Como sempre e o de Pugsley apenas com seus brinquedos espalhados pelo chão. Bufou em frustração e desceu novamente as escadas.

       Quando Wednesday iria sair, o barulho do telefone ecoou pela casa, fazendo-a correr na direção do mesmo. A morena desejou poder atende-lo, e quem é que fosse, pudesse ajuda-la a entender o que estava acontecendo. Depois de alguns segundos, o telefone parou de tocar e ela rezou para que a pessoa deixasse uma mensagem de voz, que de preferência, fosse algo útil sobre ela.

- Hey, Mortícia...-A voz soou do telefone. Wednesday reconheceu a voz como uma amiga do trabalho de sua mãe. - Eu soube o que aconteceu com Wednesday. Ela está bem? beijos, me ligue quando chegar.

        A morena arregalou os olhos. O que tinha acontecido com ela? Saiu em disparada da casa, querendo contar logo a Enid o que tinha descoberto.

- Enid! - falou enquanto respirava com dificuldade.

        A maior - que estava sentada na calçada, fazendo desenhos imaginários no asfalto - pulou de susto ao ouvir a voz de Wednesday, mais uma vez no mesmo dia. Ela até iria reclamar do susto, mas ao ver a cara da morena deixou quieto.

- O que a-aconteceu? - perguntou com preocupação.

- Eu... Eu estava quase saindo quando ouvi o telefone tocar e...

- Você o atendeu? - Wednesday a fuzilou com o olhar, tanto por interrompê-la, quanto pela pergunta idiota. - D-Desculpe-me, continue. - seu rosto se avermelhou.

- Então eu esperei a pessoa deixar um recado, e ela deixou algo como "ela esta bem?" e "Eu soube o que aconteceu com Wednesday" - franziu os cenhos e olhou para o lado, vendo que uma senhora que passeava com seu cachorro a encarava confusa; Provavelmente por vê-la falando "sozinha". Enid so esperava que a vergonha que estava passando valesse a pena.

- Ela não disse mais nada? - Wednesday negou. - Então você só pode estar em... um hospital? - Falou incerta.

- Isso! - exclamou - Já sei até em que hospital eu possa estar, siga-me! - saiu andando. Enid piscou algumas vezes antes de correr atrás da mais velha.

- Esses jovens de hoje em dia... - a
senhora negou com a cabeça e puxou
seu cachorro.

[...]

- Em que posso ajuda-la? - a recepcionista educadamente perguntou.

Ghost Addams - Wenclair [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora