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Abro os olhos quando ouço a voz de Lola a gritar "Acorda"

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Abro os olhos quando ouço a voz de Lola a gritar "Acorda".

—Meu Deus pra que gritar foda-se.—murmuro mal-humorada já que acabei de ser acordada aos gritos.

Ninguém merece.

—Chamei-te calmamente umas 30 vezes e não acordaste então só encontrei esta solução. Vai te vestir rápido pra irmos.—justifica-se Lola já com a sua voz normal.

A Ayanna entra no quarto de toalha acabada de tomar banho.

—Foda-se.—murmuro correndo para a casa de banho e ligando o chuveiro.

Nem me lembrei que tinha de tomar banho ainda!

Tomo um banho rápido e visto um vestido preto de brilhantes e os saltos mais confortáveis que encontrei.

Não estou com vontade de ficar com calos nos pés logo no verão.

As pessoas da praia corriam de medo.

Faço uma maquilhagem rápida e saímos a correr porque o António já estava à nossa espera à uns bons 20 minutos.

O António está fora do carro e abre um sorriso quando o seu olhar encontra o meu.

Caminho rapidamente até ele sendo rodeada pelos seus braços num gesto de saudades e amor.

—Então, baixinha...—murmura no abraço com uma voz sentimental.

—Não me digas que vais chorar ainda!—digo rindo olhando nos olhos dele e vendo que ele sorri.

—Achas?—diz revirando os olhos.

Eu rio entrando no banco de trás do carro onde se encontra o Neves à frente.

—Olá.—cumprimentamos enquanto nos alojamos no banco de trás.

—O Tiago?—questiono olhando para o António à espera de uma resposta. Do Neves não quero nada. Não gosto nada dele. Nunca gostei. E nem ele gosta de mim.

—Foi no outro carro. Sentiu-se mal né então foi mais tarde que nós, mas provavelmente já chegou antes sendo que vocês demoraram três horas pra se prepararem não é?—responde António com um tom de brincalhão.

Reviramos os olhos.

Fomos conversando pelo caminho que durou pouco de 15 minutos.

O António estacionou em um lugar que estava reservado para nós e saímos entrando naquela discoteca privada que estava a bombar.

Conseguia-se ouvir a música e o chão a tremer do lado de fora, então nem era comparável ao interior.  A música estava tão alta que sentia-a no meu coração, infiltrando-se nos meus batimentos, estaria tudo às escuras se não fosse pelas luzes coloridas que variavam de cor que iluminavam aquela discoteca.

Estava presente um ambiente incrível para marcar o início do verão. A primeira festa de muitas, se Deus quiser!

—Vamos às bebidas!—grita Lola animadíssima.

Concordamos e vamos até ao bar. Bebemos algumas bebidas enquanto gritávamos histericamente e saltávamos ao ritmo da música.

Já ia no 5 shot quando sinto alguém atrás de mim roubando o shot da minha mão e vertendo na sua boca invés de na minha.

—Ei! Isso era meu!—digo irritada virando o olhar para a pessoa.

Os meus olhos ficam confusos e escurecem quando encontram os seus.

—Upsie, pensei que eras a empregada a oferecer shots, perdão menina.—diz num tom sarcástico.

—Como será que uma empregada tem mais decência que tu? Tens que te esforçar mais, amor.—digo e peço mais um shot. Quero tomar mais um! Este idiota é que me roubou o meu.

—Lea.

Volto a encarar aqueles olhos.

—O que queres, Neves? Não tens mais ninguém para chatear, hm? Ninguém pra comer?—digo chegando perto dele provocando-o.—Ou nem isso consegues fazer? Arranjar alguém minimamente interessado por ti.

Dou uma risada carregada de ironia.

Ele ri abanando a cabeça.

Sei que o que eu disse não é verdade.

Ele arranjada qualquer gaja interessada nele.

—Nem tu mesma acreditas nisso.—diz enquanto me observa a tomar o shot.

—Será que não?—digo e pisco-lhe o olho antes de me dirigir para a pista de dança.

Sinto o olhar dele sobre mim e um sorriso malicioso se abre no meu rosto quando tenho uma ideia incrível.

Olho para os lados, à procura do rapaz mais aceitável. Cruzo o meu olhar com um rapaz, pouco mais velho que eu, loiro ondulado de olhos verdes.

Wow. Que rapaz lindo do caralho.

Está decidido. Vais ser tu mesmo.

Sorrio para o rapaz que sorri para mim.

Antes que possa raciocinar ele já está a menos de 10 centímetros de distância minha. Sinto as suas mãos na minha cintura e puxo-o para mim.

—Como te chamas, bonito?—sussurro deslizando as minhas mão pelos bíceps dele.

Lourenço.—diz e sorrio satisfeita com o seu sotaque espanhol.—Nem preciso de perguntar o teu, Lea Borges.

Diz e solto uma risada puxando-o para mim ainda mais perto e encostando os meus lábios aos seus.

Consigo sentir um olhar nas minhas costas e sorrio quanto sinto as mãos de Lourenço descerem da minha cintura para baixo.

E que tal a visão, Neves?

summer love  ↳ joão neves ¡! ❞Onde histórias criam vida. Descubra agora