seven

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Observo o seu ar surpreendido

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Observo o seu ar surpreendido.

Agora tens de pensar numa boa resposta, idiota!

E toda a gente ao meu redor parece tensa e ansiosa, sei que eles também querem saber a resposta.

— É assim tão importante para ti? — pergunta curioso.

Ouço um riso abafado do António ao meu lado, todo o seu ar parece muito divertido com esta situação.

— Não te aches muito. Ou respondes ou bebes, sem rodeios.

Ele solta um sorriso sarcástico concordando com a cabeça. — Muito bem.

Ele solta um suspiro antes de falar.

Não te odeio.

E assim o meu coração parece parar por um segundo.

Como?

Não me odeia?

Toda a nossa jornada juntos parece ser formulada à base do ódio. E agora isto? Não me odeia.

Ouço os murmúrios dos nossos amigos, uns chocados, outros nem tão pouco surpreendidos, incluindo o António que se ri ao meu lado. Que traidor!

Não me odeias? Como assim? — são as únicas palavras que saem de mim com todo o choque.

— Isso já não faz parte da pergunta, Leonor. — diz sorrindo de lado e encostando-se ao sofá em que está sentado cruzando os braços contra o peito, fazendo realçar os seus bíceps devido à sua camisa branca de manga-curta.

Puta merda.

Ele está demasiado atraente pro meu gosto.

Puta merda, estou fodida.

E assim, o jogo recomeçou, eu ainda meia em choque sem conseguir lidar com a repentina atração pelo João Neves.

Acho que a vodka já me está a mexer com os neurónios todos.

Jogamos mais algumas rodadas e já estou muito cansada e um pouco enjoada, então decido puxar o António comigo até lá pra fora para poder apanhar um bocado de ar e falar com ele um bocado. Ele também já estava farto daquilo.

Sentamos-nos nuns puffs brancos que estão na nossa varanda, observando as estrelas.

— Tenho de te contar uma coisa. — murmuro, não me esquecendo de todas aquelas coisas sobre o espanhol e a Maria, ex do António.

Ele está completamente estendido no puff com as pernas na beira na varanda, com os olhos fechados respirando profundamente o ar fresco.

Olha para mim curioso e abrindo os seus olhos num instante.

— Devo-me preocupar? — pergunta meio a brincar, meio a falar a sério.

Rio-me pegando-lhe no pulso enquanto brinco com as suas pulseiras. Maior parte foram dadas por mim!

summer love  ↳ joão neves ¡! ❞Onde histórias criam vida. Descubra agora