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Contar ou Beber

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Contar ou Beber.

A nossa versão mais avançada do Verdade ou Consequência.

Este jogo nasceu no ano passado, numa festa qualquer em que a bebedeira já era grande, e desde aí, é tradição jogar isto.

Basicamente, ou contas e respondes à pergunta honestamente, mas também pode ser um desafia, ou bebes!

Simples, eficaz e divertido!

—Lea! — soa o meu nome dos lábios do Gonçalo, na terceira rodada do jogo. Oh não. Ele já bebeu demais...

—Sê simpático! — digo sorrindo nervosa. Sinto o coração aos pulos.

Ouço risos à minha volta.

— Quem desta roda, tu comerias?

Oh merda.

Ouço risos e olho chocada para as minhas amigas, não posso responder a isto de qualquer forma.

— Vá, mor, responde! — diz sorrindo de lado a Lola. Reviro-lhe os olhos.

Olho pro António ao meu lado que está com a mão na boca chocado com a pergunta enquanto ri.

O filho da puta sabe a resposta.

E se eu não comesse ninguém? — digo tentando desviar o assunto.

— Não é bem o caso...—murmura o António me fazendo lhe olhar de lado.

Obviamente comeria o Bah, mas isto fica no off.

Bem, então escolho a vodka! — digo pegando num copo já cheio com vodka.

—Ohh come on! — sorri o Bah desapontado.

— Vá lá Le! Só se vive uma vez! Aposto que a pessoa também quer! — apoia o António piscando-me o olho.

Bem...

Á uns tempos atrás contei ao António da minha mini panca pelo Bah...

E o fofo decidiu discretamente descobrir se o Bah pensaria o mesmo. E adivinhem só?

Ele também sentia o mesmo.

Quão amoroso!

Fiquei mesmo feliz e animada, já imaginando que seria uma coisa boa pra acontecer no verão, e aqui tenho a minha change. Mas...parece-me tudo tão estranho. E muito embaraçoso de se dizer à frente desta gente toda.

Olho para o Bah e apesar de estar a olhar pra ele não consigo evitar de olhar para a pessoa ao seu lado, que me olha com um olhar curioso.

Se ele não fosse tão irritante...

Desvio o meu olhar do Neves. Não posso pensar assim, ele odeia-me. E eu a ele.

— Caguei. — digo movida pela tentativa de tirar o Neves da minha cabeça. Bebo rapidamente o copo sentido líquido a queimar na minha garganta.

Ouço sons de desapontamento.

— Claro que ela não ia disser enfrente a esta gente toda. — defende a Annaya.— Quando acontecer, vai ser entre as duas pessoas, não vocês todos!

Suspiro concordando com ela.

Agora era a minha vez de fazer uma pergunta.

Esta é minha oportunidade.

A grande oportunidade de descobrir a razão disto tudo.

O porquê das coisas serem assim.

Está na hora de finalmente descobrir a verdade.

Suspiro ganhando a coragem necessária antes de prenunciar o nome que tanto me atormenta.

—Neves.

O seu olhar parece surpreendido. E sinto toda a gente à minha volta a ficar ansiosa e a ajustarem-se para ouvirem bem a minha pergunta. São poucas as vezes que falo assim com o Neves.

Olho para ele uns bons segundos antes de perguntar a pergunta que tanto quero saber a resposta.

Anseio a resposta.

Tenho medo do que ele possa responder.

Mas tenho de saber.

Porque é que me odeias?

summer love  ↳ joão neves ¡! ❞Onde histórias criam vida. Descubra agora