Leonor Borges, mais conhecida como Lea Borges, é uma modelo e dançarina portuguesa que é melhor amiga do António Silva, um famoso jogador de futebol.
O António tem um grande amigo, o João Neves, e não há nada mais do que ódio na relação de João e L...
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1 semana antes
Estava a tomar o pequeno-almoço quando recebo uma chamada do António.
—Tou, então?—pergunto assim que atendo o telemóvel.
—Então baixinha, que fazes?—pergunta.
—Acordei à bocado e estou a fazer uns cereais. E tu?
—Tou a ir pro ginásio. Estamos fartos de tar em casa do Gouveia e vamos ao ginásio um bocado—responde e parece estar em alta voz. A época já acabou e agora eles andam a fazer um belo nada antes das férias. Incluindo ficar nas casas uns dos outros. Falta pouco tempo para nos juntarmos todos no Algarve. E poucos dias para eu voltar a Portugal.
—Nós quem?—pergunto, obviamente ele não vai ao ginásio sozinho.
—Eu e o Neves.—diz e eu suspiro. Claro, eles tão sempre colados.
—Mhm.—respondo não escondendo o meu desagrado.
—Lele, não achas que já chega. Este verão têm mesmo de se resolver.—diz e sinto-me desconfortável ao relembrar que vou passar o verão com o Neves.
—Tas com ele aí?—pergunto, se ele estiver a ouvir não me sinto confortável a falar.
—Achas que te ligava se estivesse aqui com ele? Foi ao continente comprar umas bebidas energéticas e já volta pro carro antes de irmos pro ginásio. Tou estacionado aqui a apanhar uma seca.—diz rindo.—Mas já volta daqui a bocadinho.
—Hm.—volto a fazer aquele barulho de desgosto.
Ele ri-se.— Só sabes falar assim agora é?
—Hm.—digo controlando o riso.
Ele solta uma gargalhada.
—Vou desligar...
—Tou a brincar António.—digo rindo.
—Mas vá, voltando ao assunto, por favor resolve-te com o Neves, vocês são uns infantis a sério.—diz irritadiço.
—Calma princesa, não te exaltes. Mas não vai acontecer Tójo. O gajo odeia-me porque sim, não tenho pachorra para o aturar.—digo não querendo falar mais deste assunto. Irrita-me.
—Vá Leonor, não sejas assim. Ele não te odeia e é por isso que vocês têm de se compreender mesmo. Já! Não passa deste verão! Nem que eu vos tranque juntos num lugar e deixe a magia acontecer. Caguei, tou farto desta infantilidade entre vocês.—diz mesmo chateado com as minhas desavenças com o Neves.
—Olha Tojó, não depende de mim okay? Não o decidi odiar porque sim, ele trata-me de forma super rude e não há nada a fazer. Se ele quiser, tem de ser ele a pedir desculpa, e com muito esforço, porque não sei se consigo sequer olhar pra ele sem me sentir irritada!—digo também irritada.
—O que é que ele te fez de tão mau Lea? Não percebo esse teu ódio.—pergunta.
—Não te lembras? Arruinou o meu relacionamento com o Duarte só porque sim. Andou a dizer-lhe que eu era isto e aquilo e causou com que o Duarte se afasta-se de mim.—explico, mais uma vez.
No verão de há dois anos, eu andava com o Duarte, um rapaz que conheci no Algarve, não namorávamos nem nada mas andávamos, e o Neves disse-lhe alguma coisa, que até hoje não sei o que foi, que fez com que o Duarte se afasta-se. Não percebo! Só porque não gostava de mim, tinha de arruinar tudo?
—Oh Le, tens de superar isso. Já foi há muito tempo.—diz e eu reviro os olhos.
—Tanto faz Toni, se acontecer aconteceu, só sei que não vou lhe pedir desculpas por nada.—digo.
—Por mim Lele! Tenta só. Dá-lhe uma oportunidade. Por favor.—diz e suspiro sentindo-me culpada, claro que ele gostava que os melhores amigos se dessem bem. Mas não depende de mim.
—Okay, eu tento. Mas não te prometo nada.—digo e ele sorri, consigo perceber.
—Obrigada Lele, vais ver que ele não é assim tão mau. Mas tenho de ir ele está a vir agora pro carro. Beijinhos!—diz.
