Song of my end

Uma Calmaria

Eu joguei a água em seu rosto. No mesmo momento ele levanta em um pulo.

- VOCÊ ESTÁ LOUCA?? - dizia ele com raiva, como se fosse por instinto ele tenta ir para cima de mim.

Tão rápido quanto ele levantou mais rápido pro chão ele foi. Ele deveria estar muito bêbado, quando Hate tentou socar apenas sua mão tinha ido e o resto de seu corpo ficado fazendo com que inclinasse para cima de mim.

Vejo Eraclito correr para o meu lado tentando entender, quando percebeu que era Hate apenas soltou um suspiro e seguiu ajudando o homem que eu havia derrubado.

O tempo passou, ajeitamos o que precisávamos, no fim, não havia muitas coisas quebradas, umas 4 garrafas de cerveja que colocamos na conta dos dois sujeitos.

Até a delegacia ouvi muita coisa ser dita, "Você foi imprudente", "Uma mulher não deveria fazer isso", "E se houvesse se machucado".

Eu entrei na policia em Agosto de 1961, a época era complexa, havia um caso que não havia solução, a cidade era movida por medo, alguns homens morreram, e nunca resolveram o caso.

Antes de agosto eu havia saído da cidade, quando voltei entrei para polícia da cidade.

Fui uma das poucas mulheres a entrar nesse ramo, a única a ser chamada para ir para capital e até mesmo para fora do País.

Porque escolher ficar num lugar como Rols? Nem eu sei, não tinha nada que me prendia aqui, todos que eu me importavam estavam mortos, era apenas eu agora.

Dizem que as memorias nos enganam, talvez seja por isso que escolhi ficar. Pela semelhança.

Quando fui para casa, a sensação que ainda viria mais algo ainda estava em mim.

Talvez uma falsa esperança de aventura, de desejo. Fiz o que me acostumei a fazer desde a adolescência.

Tomei meu banho, fiz meu chá e fui meditar. Passei umas 30 minutos meditando e fui dormir.

Eu estava naquele mesmo lugar, aquele beco maldito, memórias vinha e sentimentos daquela época vinha.

Meu coração acelerou e acordei. A fantasmas que sempre voltam.