Uma Tempestade

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Em outro lugar, não tão distante.

Mais um soco, era o segundo seguido na barriga, aquele desgraçado estava tentando me fazer cair.
Se quiser me derrubar ia ter que me levar junto desgraçado.


Arrumei a base de luta, esperei uma abertura, quando ele me esmurrou no estômago, vi sua cabeça desprotegida, esmurrei o seu queixo, o fazendo levantar.

A partir disso, comecei a soquear ele até que senti algo quebrando. O cara caiu e logo desmaiou depois da sequência de murros que lhe dei.

- Parabéns, parabéns. - Aquela voz irritante maldita, chegava batendo palmas e sorrindo. Pouco importava a voz, se pagasse poderia ser o que quisesse.

Estávamos naquele mesmo lugar de sempre, era um tipo de contêiner de navio, não sei como aquela merda havia sido parada ali, já que essa cidade de merda não tem mar ou até mesmo um rio.

Pouco importava como, o importante era para que servia. Era feito os pagamentos de lutas ilegais, o lugar era sujo, um pouco claustrofóbico, mas fodasse, o importante era o pagamento.

- Aqui, 600 conto. Cada dia melhor, apostaram tanto em você, merece um credito - Me jogava um garrafa de Sangue de Vaca e me dava um dinheiro.

600 conto, não dava para nada, mas era melhor que nada, não que eu precisa-se do dinheiro, fodasse, o importante era a luta.


Socar esses filhos de putan, era o meu divertimento, ver seus rostos sangrarem, ver se afogarem no próprio sangue, nem sempre eu vencia, mas mesmo assim a sensação da luta era o que mais me alegrava.

O sol raiava, o pesadelo tinha me amedrontado, mas consegui dormir novamente.

Os hábitos quando se tornam frequente pouco importam o dia. Era uma cinco da manhã quando me levantei.

Fiz o mesmo de sempre, arrumei minha cama e tentei meditar, demorou para me concentrar e quando me concentrei depois de um tempo, recebi uma ligação.

- PRECISAMOS QUE VENHA PARA A PADARIA AGORA - era possível ouvir um grande barulho.

Pessoas agoniadas gritando e assustadas. Se estavam me ligando agora era porque o assunto estava muito sério.

Eu apenas me vesti e corri para lá. Existia uma multidão de pessoas perto da padaria, especificamente no beco que ficava entre a padaria e o supermercado do Júlio.

Quando me aproximei eu consegui ver. Eu não acreditei.

O lugar estava cheio de sangue e mais para o fundo, eu vi. O corpo de Rosário. Filho de Beramar, da borracharia.

Fazia mais de 5 anos que não tinha um assassinato na cidade, e o de 5 anos atrás nem havia sido resolvido. Que merda, que merda.
















Song of my endOnde histórias criam vida. Descubra agora