A Entrevista
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Sente-se, fique a vontade. - Min-jun diz enquanto franzia os olhos com um sorriso gentil.
— Obrigada Sr. Min-jun.– Não precisa ser tão formal senhorita Deborah, pode me chamar de Jony, todos aqui me chamam de Jony - disse Min-jun com um sorriso fechado.
— Obrigada de novo Jony, é que eu tenho estado muito nervosa, e, quando recebi o seu telefonema, eu fiquei perdida, pois era algo que eu queria muito, então, ainda estou um pouco desnorteada, me desculpe..
– ¿Que isso? Eu que deveria lhe agradecer, por comparecer e nos compreender, que tivemos uma demora para lhe retornar, mas o importante é agora, não é mesmo?!
Então, eu gostaria de conhecer melhor a senhorita, saber quais são suas qualificações, e, me conte mais sobre sua escolha de pedir a vaga para secretária do nosso departamento.
— Então.. Eu sou uma mãe solteira, faz 1 ano exatamente, que fui deixada pelo meu ex marido. Conheci uma família linda, que me acolheu e acolheu a minha filha. Desde então, tudo tem sido mais leve, apesar d'eu estar de favor na casa dessa família, eles nunca foram desrespeitosos comigo, e muito menos com Amala, minha filha.
Essa família me indicou esta empresa, então, pensei que não custaria nada, tentar uma vaga, já que vocês estavam abrindo vagas para novos funcionários. E sendo bem sincera Jony, eu estou precisando muito de um emprego, eu sei que essa família que tanto nos ajuda, não faz por interesse próprio, mas, eu me sinto muito desconfortável em saber que não estou ajudando ao menos com algo extra na casa.
– Bom, e você tem algum conhecimento sobre recepcionista? Me conte, a senhorita possui algum diploma, ou cursou alguma área?
— Não, quer dizer, não sou formada em universidade, mas eu sou pintora,.. - com uma risada Min-jun diz.. – Nós não aceitamos pintores.
Deborah por sua vez, ao ouvir isso, fica estagnada, olhando fixamente para Min-jun.
Em uma risada alta e com tom de descontração.. – Estou brincando senhorita Deborah, fique tranquila, este cargo não exige experiência nenhuma, a experiência você irá adquirir com o tempo, não precisa se preocupar.
— Nossa Sr. Min-Jun, que susto.. - Deborah diz com uma risada tímida ao mesmo tempo que perdida no nervosismo..
– Tranquila, eu vou lhe explicar algo,.. eu chamei a senhorita aqui, não apenas para a entrevista, mas para conhecer pessoalmente, a mulher por trás daquele telefonema a 8 meses atrás. Sua calidez ao falar conosco, me comoveu, e, eu fiquei muito curioso para lhe ver pessoalmente, e agora que estamos aqui, peço que a senhorita me deixe seu currículo, e a entrevista era apenas para confirmar o que eu já sabia.
— Então agora, o que devo fazer?
– Deixe-me apenas o seu currículo, e amanhã, te farei um telefonema. Mas fique tranquila, se acalme, volte para casa, e apenas aguarde.Naquele momento Deborah tinha um milhão de questionamentos dentro de sua cabeça, milhares de perguntas, mas ela preferiu fazer o que o Sr. Min-jun lhe havia acabado de dizer.. então ela se levantou, pegou a folha dobrada de dentro de sua bolsa, entregou para o Sr. Min-jun e se levantou.
— Obrigada Sr. Min-jun. – Jony, pode me chamar de Jony, não se esqueça. - diz Min-jun enquanto sorri gentilmente.
– Bom, lhe acompanho até a porta.
— Obrigada mais uma vez, por me receber e por me dar essa chance.
– Não precisa agradecer, eu apenas desejo que a senhorita fique tranquila, e apenas aguarde meu telefonema amanhã, certo?!
— Com certeza, bom, eu vou indo.
– Até logo senhorita Deborah.
Naquele momento, Deborah sai em direção ao elevador, e logo começa a chorar de nervosismo, seu medo de não conseguir aquela vaga, toma conta, e a faz se questionar diversas coisas. Mas, ela devia fazer o que o Sr. Min-jun a pediu, se tranquilizar e aguardar seu telefonema no dia seguinte. Deborah então, entra no elevador, enxuga suas lágrimas, e volta para casa.
Deborah então, no caminho de volta pra casa, decidiu fazer uma parada em uma lanchonete da estrada, para tomar um café da manhã, e pensar um pouco em como foi aquela manhã. Ela estava aflita e inquieta, e quando em um susto, ao entrar na lanchonete, ela avista no balcão, um homem, o homem estava de costas para ela, mas de costas, ele era idêntico ao Dumisani, Deborah então, vai em direção ao homem, o puxa pelo ombro, e lhe grita.. — "Desgraçado", o homem então se vira e a olha assustado, quando Deborah o viu, se assustou em ver que não era Dumisani, a lanchonete parou, e ficou olhando para ela, a encarando friamente, ela podia escutar que alguns a estavam chamando de louca.
Naquele momento, Deborah olha ao seu redor, e em um tom de desespero ela grita outra vez.. — "O que vocês perderam? O que vocês perderam caralho?" - Deborah se vira e sai da lanchonete, completamente desnorteada, e com os olhos mergulhados em lágrimas.
Deborah entra em seu carro, e em um estresse fora do normal, ela grita, seu grito de dor, a fazia chorar incessantemente, e enquanto dava tapas no volante do carro, ela murmura.. — Por quê? Porque tudo isso aconteceu comigo?
Ela estava com a imagem de Dumisani na cabeça, aquele homem a fez lembrar de alguém que ela tanto amou, e a abandonou. Em um suplício, ela pede para aquela dor ir embora, da mesma forma que ele foi, ela não aguentava mais, ela não estava mais suportando aquela angústia, e aquela memória que nunca terminava.
Deborah então, fica ali, debruçada no volante, chorando e angustiada, sua vista embaçada, e as lágrimas rolando em seus olhos, a impediam de ao menos olhar para fora do carro. Naquele momento, ela se perguntava como aquilo foi acontecer, e em como ela pôde confundir um simples homem, com Dumisani, foi ali, que ela viu que precisaria de mais tempo, para superar aquela dor, a dor que a estava consumindo, a dor que ela pensava que havia superado, mas na verdade, essa dor estava apenas escondida.
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AMALA
Fanfiction- Amala, uma pequena menina com um grande sonho, o sonho? Ser uma grande estrela mundial, mas em meio ao caminho ela conhece, Jung Hoseok. (X)NÃO PERMITO ALTERAÇÃO DA OBRA(X)