mi misión.

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Maiara.

Marília já estava internada e eu não saia do lado dela a nenhum custo. eu olhava pra loira e sentia uma sensação estranha de querer proteger ela, como se o foco ali fosse só ela.

os médicos fizeram todos os exames necessários, falaram que seu corpo por dentro estava machucado,tiveram que fazer uma cirurgia e procurar um doador de sangue. falaram que principalmente a região de seu estômago estava machucada e que precisaríamos tomar todos os cuidados necessários pra ajudar na cicatrização.

colocaram remédio no soro,ajudaria ela não sentir dor quando acordasse,mas faz mais de 4 horas que ela não acorda. ela demostrava uma feição tão serena e tranquila.

conseguiram tirar o DNA pra saber quem era o culpado de ter feito aquilo. a única coisa que passava na minha cabeça era o namorado dela,a mãe dela tinha me falado que o único que tinha saído dali era ele.

- senhorita Mendonça. - me aproximei dela

- sim meu bem? - ela extremamente calma,deram um calmante pra ela.

- peço perdão por perguntar,mas poderia me dizer quem foi o menino que estava em sua casa antes da minha chegada?

- Matheus. ele é da sala de vocês,chamam ele de matheuzinho.

apenas a abracei e voltei pra onde Marília estava. passei meu polegar devagar em sua bochecha fazendo um carinho de leve ali. os olhos da loira começaram a se mexer e meu coração acelerou.

- acorda loira..- falei baixo

Marília foi abrindo os olhos lentamente, primeiro observou onde estava,olhou seu corpo é por fim,me olhou. seu olhar era de medo,ela recuou um pouco de mim,mais não muito por causa do soro que estava tomando.

- tudo bem. ele não vai te machucar mais.

- onde ele está? - ela falou com a voz baixa

- não sabemos ainda,mas irei procurá-lo, pode me falar se foi o Matheus que fez isso? - tirei minha mão do seu rosto

Marília virou a cabeça e fitou a cortina,ela não disse nada, então era ele. apenas me sentei na poltrona ao lado dela e segurei sua mão,queria mostrar a ela que podia confiar em mim.

aos poucos ela foi fechando a mão e segurando na minha também, ela solta um suspiro de cansaço, faço um leve carinho com meu polegar em sua mão.

ela vira a cabeça pra mim e me olha,seu olhar agora não demostrava nenhum sentimento,mas percebi um pouco de brilho. ela deu um sorriso meigo. foi a primeira vez que a vejo sorrir sem força.

mas com algum motivo seu sorriso morreu novamente. ela desviou o olhar do meu e olhou pro lado, não entendi, até eu virar pra traz.

- Marília,vim o mais rápido que pude - um menino entrou na sala

- posso saber que é você?

- Matheus,mas me chama de matheuzinho - ele sorriu

segurei a mão de Marília e ela me olhou com o olhar de desespero. peguei meu celular e mandei mensagem pro meu pai.

Matheus se aproximou da loira e deu um beijo no canto da sua boca, Marília segurava a minha mão,era um pedido de socorro,mas eu não podia gritar,ele iria fugir.

meu pai em minutos chegou com a polícia.

- Matheus me acompanhe. - falou um dos policiais

o menino olhou pra Marília com fúria e não saiu do lugar.

- aonde vão me levar?

- não importa muleque,só obedeça e venha com a gente. - meu pai disse e se aproximou do menino o puxando pelo braço.

Mateus não tirava o olho de Marília até sair do quarto,me virei pra falar com a loira e ela chorava em silêncio.

- ei,tudo bem amor - limpei suas lágrimas

- e se ele não for preso e voltar a me machucar? - Marília dizia entre os soluços

- ninguém vai te machucar, eu prometo.

depois disso eu fiquei com ela,cuidando dela,meu pai me ligava pra ver se estava tudo bem e se a gente precisava de alguma coisa. os pais de Marília foram embora,era melhor,isso foi um choque tremendo prós dois.

a loira dormia tranquilamente agora,depois de chorar e chorar. seus braços estavam enfaixados,pois os médicos cuidaram de todos os machucados possíveis que ela tinha.

eu olhava cada detalhe dela, Marília era uma garota bela e parecia ser um amor, por que sofria tanto? por que uns sofrem desse jeito, enquanto aqueles que deveriam pagar pelo que fazem não tem nenhum castigo? a vida é tão injusta.

ouço meu celular tocar, olho pra tela vendo Fernando me ligando.

ligação on —

- oi Fernando- falo assim que atendo.

- onde você está? vim na sua casa e seu segurança disse que você tinha saído.

- estou no hospital com uma amiga, o que você quer?

- nada, só queria te ver.

- mais eu não, ainda estou brava contigo, peço que você não me ligue mais.

ligação off —

Fernando era meu (ex) namorado, havíamos brigado essa semana, mas isso é assunto pra depois.

fiquei com minh- quer dizer, fiquei com Marília a noite toda, as vezes ela acordava assustada,mas não falava muito.

eu fazia questão de ficar com ela sempre, queria que ela soubesse que eu não queria machucar ela.

(...)

desculpa pelo capítulo curto, a autora não tá mto bem .

mi única salvación || mailila Onde histórias criam vida. Descubra agora