Tu vas a pagar.

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Maiara

liguei pro vidraceiro pra vir ver a porta de vidro do meu quarto, eu teria que tocar a cama que molhou e não ficaria um cheiro bom, Marília dormia no quarto ao lado, resolvemos não ir pra aula hoje.

pedi prós seguranças olharem as câmeras e ver quem foi o responsável por isso. deixei o moço em meu quarto colocando a outra porta e fui pro quarto do lado ver a Marília.

entrei em silêncio, a mesma ainda dormia tranquila, sentei na cama e fiquei pensando em tudo que aconteceu.

eu a beijei, por algum impulso eu consegui isso, mas talvez no momento errado.

olhei seu rosto com alguns machucados de ontem, eu coloquei pomada e limpei, mas tenho certeza que ficaria algumas cicatriz, mais algumas pra completar.

ela estava tão serena, não entendo por que o mundo cai sobre ela, tudo de mal vai pra ela e eu não suporto ver a mulher que amo, sofrendo a esse ponto.

- senhora, encontramos o culpado. - um dos seguranças disse na porta do quarto.

me levantei e o segui, indo até o escritório de papai, me sentei na cadeira dele e Pedro colocou o vídeo pra rodar.

como a câmera era da melhor qualidade, consegui ver quem era o menino.

Fernando zor.

- esse filha da puta vai pagar. - bati as mãos na mesa.

- avisaremos o senhor Perreira o que aconteceu, se precisar, só chamar senhorita Perreira.

apenas concordei com a cabeça e comecei a pensar em jeitos de acabar com a vida daquele homem. Eu estava muito brava, podia sentir meu sangue ficar quente e se fosse possível sairia fumaça da minha cabeça.

não sei quantos socos dei naquela mesa por ódio, só me dei conta de mim mesma quando vi uma loira agarrada em meu travesseiro na porta do escritório, com carinha de sono tentando entender o que estava acontecendo.

um bebê, meu Deus.

abri os braços e ela veio, sentou em meu colo e me agarrou, fechei o notebook pra ela não ver o que estava acontecendo e comecei a acariciar suas costas.

suspirei, eu não poderia deixar ela aqui e simplesmente ir atrás do Fernando, toda vez alguma coisa acontece com ela quando estou longe.

ela me olhou coçando os olhinhos e me olhando com eles em uma tonalidade clarinha e sorriu meigamente.

- bom dia moranguinho.

- bom dia pequena loira. - sorri

ela se aproximou da minha boca, desci o olhar, mas ela se afastou, e saiu do meu colo, a olhei sem entender.

- não escovei os dentes ainda - disse tampando a boca.

a loira saiu correndo da sala e eu comecei a rir balançando a cabeça. peguei meu celular e entrei na conversa do Fernando.

mandei mensagem avisando ele pra me encontrar em uma casa abandonada, aonde ele me levou pra me pedir em namoro. era afastada da cidade, o que melhorava muito, avisei que queria vê-lo as 00:00 em ponto. seria melhor, pois Marília já estaria dormindo.

mi única salvación || mailila Onde histórias criam vida. Descubra agora