Capítulo 15

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POV Rosé

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POV Rosé

Ajeitei as mangas da minha camisa social, enquanto me preparava para ajudar na cozinha, Tzuyu estava ocupada fazendo  os pudins e eu ficaria responsável pelos bolos do aniversário que aconteceria em nosso restaurante no dia seguinte. Passava das duas da manhã e o restaurante já estava fechado, mas não queríamos ir para as nossas casa. O esposo idiota de Tzuyu estava de novo na cidade e nós não sabíamos quando ele iria embora, por isso ela queria ter pelo menos a certeza de que ele já estava dormindo profundamente para poder ir para casa ou ter qualquer sinal dele indicando que seja melhor ela ir para a minha casa...pobre Tzuyu...ela sabe que compraríamos a briga dela, mas ela tem tanto medo...

Já eu...eu queria demorar ao máximo, não estava preparada para ver minha avó mais uma vez. Quero muito ver Lisa novamente, estou com saudade, mas isso significa ver vovó depois de anos sem vê-la, desde que deixei todos para trás, priorizando a mim e a minha família. Não sei como vovó se sente com isso, não sei como ela viu a minha distância, não sei se ela está magoada, se ela concorda com o meu pai...não sei se ela acha que minha mãe estaria desapontada com tudo isso...

–Rosie...–a voz de Tzuyu me tirou dos meus pensamentos e eu me virei, vendo seus olhos cheios d'água.

–O que houve?–limpei a farinha das mãos em meu avental e me aproximei dela.

–Eu sei que as coisas na sua casa estão um pouco loucas, mas...eu não quero voltar para o Ron...–ela limpou as lágrimas dos cantos dos olhos e só assim a maquiagem começou a sair, me deixando ver o roxo em seu olho.

–Yoda! Seu olho...desde quando?–toquei seu rosto com delicadeza.

–Foi ontem a noite e eu decidi que não dá mais...mas não quero causar problemas, agora vocês tem a Chiquita...–seu choro aumentou.

–Vamos te ajudar, você sabe que Lisa não pouparia esforços para te ajudar.–a puxei para um abraço.–Vamos terminar aqui...vou mandar uma mensagem para as meninas e tudo dará certo. Aposto que Chiquita vai adorar te ter lá em casa.

(...)

Chegamos em casa e eu a ajudei com suas coisas. Dahyun já estava nos esperando do lado de fora e veio até mim para pegar uma das bolsas, enquanto fazia reverências, mesmo que já tivéssemos dito várias vezes que não era necessário. Tzuyu entrou na minha frente e foi seguida por Dahyun, enquanto eu parei um pouco... preciso de coragem...me virei para o enorme jardim que Jennie costuma cuidar com carinho com a ajuda da nossa filha, quase como se estivesse pronta para fugir.

–Loirinha...–ouvir aquela voz doce me fez arrepiar e abrir um enorme sorriso.

Me virei e a vi encostada no batente da porta, usava um cardigã, uma blusa branca e um short moletom com várias flores bordadas, seus enormes cabelos castanhos estavam presos em um rabo de cavalo e ela arrumava o óculos de grau, que insistia em escorregar vez ou outra.

–Lili...

–Obrigada por cuidar dela.–a tailandesa veio até mim e deslizou os braços pelo meu pescoço, me abraçando e me fazendo abraça-la com força. Seu perfume estava mais forte do que nas roupas ué Chiquita usava para tentar matar um pouco da saudade dela.–Sentiu minha falta?–ela se afastou um pouco e eu sorri, a puxando contra mim.

–É claro que eu senti, sua idiota.–ri e me afastei, lhe dando um pequeno empurrão.

–Senhora Park...–Dahyun chamou nossa atenção e eu a olhei, a governanta estendeu a mão para a bolsa de Tzuyu em minha mão e eu a entreguei, agradecendo.

–Vamos!–Lisa me chamou novamente.–Vamos esperar você se preparar para dar de cara com a sua avó.–ela enlaçou nossos braços e me puxou para ir até um dos bancos do jardim.

–Como ela está?

–Bem melhor...ainda tem que usar a bengala e fazer exames, mas está bem.–disse se aconchegando mais ao meu corpo.–Ela está com saudade de você...as coisas estavam bem complicadas para elas duas.–Lisa suspirou.–Seu pai realmente é um idiota.as não vamos falar disso, vamos falar de coisas boas.

–Coisas boas?–arqueei a sobrancelha e sorri de lado.–Por acaso tem uma linda lingerie por debaixo dessa grande quantidade de roupa, pronta para ser rasgada?

Lisa riu e bateu levemente em meu ombro, enquanto se sentava e me esperava acompanha-la. Estar com Lisa sempre me deixa tranquila, ela tem esse poder gostoso de me deixar leve e tranquila. Me encostei contra ela, sendo abraçada com carinho e me sentindo no melhor lugar do mundo.

–Podemos ver isso uma outra hora...–ela suspirou.–Mas a boa notícia não é essa, meu amor. Eu estive conversando com sua irmã e com a sua avó e tomei algumas decisões, que acho até que você vai gostar.

Me afastei um pouco e a olhei curiosa.

–Talvez realmente seja bom que Chiquita tenha um contato com criança da idade dela...–ela pareceu engolir seco e suspirou.–Vamos ver aquela escola que você estudou aqui, mas quero ter a certeza de que é um bom lugar e que minha menina vai estar bem, você sabe que ela ainda tem questões e que...

Não deixei que ela terminar de falar, apenas segurei seu rosto com as duas mãos e uni nossos lábios em um beijo tranquilo e cheio de saudade, além de estar muito feliz com aquela decisão que ela estava tomando.

–Isso vai fazer muito bem para ela.–uni nossas testas, ainda de olhos fechados e a ouvi suspirar.–Aposto que ela vai fazer muitas amizades, você sabe! Ela é igual a você.–falei e ela riu, se reencostando no banco do jardim e suspirando.–Puxou à você e à Jisoo, as duas populares.

–Mas você foi a melhor aluna da escola.–ela retrucou.–Sua avó trouxe todos os prêmios das olimpíadas de soletrar que você ganhou e eu me lembro bem da sua mãe sempre se gabando de como a filhinha dela era a melhor da escola e que até tinha sido presidente do grêmio estudantil.–ela cutucou minha costela e eu ri.–E Chiquita é muito inteligente como você...–ela sorriu e suspirou, seu suspiro apaixonado de sempre.–Olha, se você quiser eu posso colocar a dona Keko na cama e você tem até amanhã para se preparar...acho que ela vai passar um tempo ocupada com Tzuyu.–ela passou a mão na testa.

–O que faremos, Lisa? Amanhã ele vai bater aqui em casa assim que a ressaca passar.–cruzei os braços e me levantei, andando de um lado para outro.–Eu sei que não há o que fazer quanto a isso, mas...eu só não quero aquele cara machucando a Yoda e nem que ele venha até aqui e dê um jeito de assustar nossa filha, já foi muito complicado esses dias em que você estava longe...

–Eu já mandei uma mensagem para Jihyo e pedi que ela achasse um lugar que seja seguro para ela... Jihyo se ofereceu para abrigar ela na casa da Park...–sorri de lado e ela riu.–Vocês Park's...

–O que? Temos fraco por pessoas bonitas, o que podemos fazer?–dei de ombros e ela revirou os olhos, se levantando em seguida.

–E então? Pronta?

–É melhor arrancar o curativo de uma vez, né?!–me agarrei ao seu braço e nós começamos a caminhar para dentro.–E as nossas esposas?

–Jennie está dormindo com Chiquita no nosso quarto e Jisoo está no escritório dela... provavelmente irá dormir lá.–deu de ombros.

–E quando vocês vão se resolver?

–Uma coisa de cada vez...–ela beijou minha bochecha.

Entramos em casa e rapidamente senti alguém se jogando contra o meu corpo, me assustando, mas não pensei duas vezes antes de devolver o abraço apertado daquela senhorinha fofa. Seu perfume era tão vivo em minha memória, quase como se mim mãe estivesse ali comigo.

–Vovó...

–Florzinha!–sua voz soou chorosa.–Eu vou castrar aquele filho da puta antes que ele afaste você de mim novamente.

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Quand l'amour trouve une maisonOnde histórias criam vida. Descubra agora