Capítulo 30

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POV Ahyeon

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POV Ahyeon

Respirei fundo e sai de casa mais uma vez, ouvindo Vilma ( a governanta da casa dos meus pais) gritar meu nome, dizendo que eu tinha deveres para fazer. Ajeitei minha mochila nas costas e subi na bicicleta, pedalando rápido para a sorveteria onde minha amiga me esperava. Minki disse que queria falar comigo, parecia nervosa e preocupada. Pedalei rápido e logo cheguei na nossa sorveteria favorita, deixei a bicicleta trancada na entrada do estabelecimento e entrei, vendo Minji na mesa de sempre, passei rapidamente no balcão e fiz o meu pedido, indo até Minji.

—Olá, pequeno ursinho—apertei sua bochecha, a assustando um pouco.

—Oi, ursinho.—ela suspirou.—Você veio rápido...seus pais não estão em casa?

—Quando eles estão?— perguntei e ela suspirou.—Mas não foi para isso que eu vim. O que aconteceu? Você quase nunca aciona o botão sorvete. Sua mãe voltou?

—Não!— ela se apressou a dizer.—É que...ontem algo estranho aconteceu.—arqueei a sobrancelha.

—Não quero saber das suas experiências sexuais com a Hanni, Minji! Me poupe...— falei e ela revirou os olhos, me acertando um tapa no braço.

—Idiota! É sobre a sua protegida.— ela disse com um pouco de raiva e eu suspirei.—Ontem, Hyein e eu estávamos no banho com a senhora Park, já aconteceu algumas vez e se tornou cada vez mais normal. Eu gosto da senhora Lisa, ela passa uma sensação de carinho, de calor, de casa...como uma mãe deve ser...bom, estávamos juntas e Chiquita teve uma crise de ciúmes, ela invadiu o banheiro e se agarrou a Lisa, dizendo que ela era a mãe dela, apenas dela.—ela suspirou.—Eu não ligo que ela tenha tido esse ciúmes, seria de admirar se ela não tivesse, mas achei muito estranho que ela surtou ao ponto de machucar a mãe com a tamanha força que ela usou na hora, como se fosse uma criancinha sem a noção da força que tem...Hoje pela manhã as coisas ficaram meio estranhas, Lisa ainda tinha a marca no pescoço e nas costas, e pelo o que entendi não é a primeira vez que isso acontece...você não acha estranho que ela tenha passado tanto tempo estudando em casa? 

—Bom, ela pode ser só um pouco mimada...

—Estamos há bom dias ali e ela não tinha feito nada daquilo...eu fiquei preocupada e as quatro mulheres pareciam preocupada, falavam algo sobre levarem ela ao médico ou algo assim.— ela suspirou.—Hyein ficou tão assustada que eu tive que dormir com ela. Hoje conversei com Hanni para passarmos a noite com ela, pelo menos para dar espaço para as quatro conversarem sobre o que aconteceu.— ela passou a mão pelos cabelos.—Acha que realmente podemos ficar lá? Logo eu vou ficar de maior e...

—Minji!—segurei sua mão.—Se acalme. Olhe, elas estão dando lugar para vocês, Jennie te deu um trabalho e elas estão bancando todo o resto de tudo o que vocês. Se estivesse algo de errado, elas teriam dito o que havia de errado. Com toda a certeza elas não colocariam vocês em perigo.—falei e ela pareceu ponderar.—Talvez Chiquita só seja acostumada a ser mimada, você sabe, ela tem quatro mães e é filha única.

—Talvez...—ela se encostou na cadeira.—Só tenho medo de algo acontecer e eu tenha que procurar um lugar para mim e para a minha irmã. 

—Você sabe de como andam as coisas da guarda de vocês?

—Não...Jisoo só fala disso com Jennie e Lisa fica cuidando da gente e da vovó Keko, enquanto Rosé fica focada no trabalho e em fazer de tudo um pouco para sermos bem tratadas.—ela suspirou.—Eu só fiquei preocupada com isso...

—Tudo dará certo, Hyein.— sorri.—Vocês tem sorte, elas querem cuidar de vocês de verdade, querem ser as mães de vocês...—toquei sua mão novamente.—Tente deixar as coisas acontecerem, Minki, Você precisa viver um pouco, ser amada e cuidada, assim como Hyein tem que ter alguém que lhe dá atenção e amor. Aproveite um pouco da sua namorada enquanto não tem que se preocupar em como alimentar a sua irmã todos os dias.

(...)

Minji abriu a porta da casa e me deu espaço para entrar, a casa era sempre aconchegante e quase sempre tinha um cheirinho de comida feita na hora. A senhorinha Keko estava sentada na sala, assistindo um dorama, muito animada, enquanto Hyein estava ao seu lado comento pipoca, me fazendo rir. 

—Estou em casa.—Minji disse e a senhora Keko se virou, sorrindo.

—Menina!— disse animada.—Dahyun está terminando uma fornada de biscoitos e a outra moça está fazendo bolo de chocolate.—ela dizia enquanto Hyein nos olhava e enfiava mais pipoca em sua boca.—Olá menina Jung.

—Olá, senhora Keko.— fiz uma reverencia.—Onde Chiquita está?

—Está no quarto dela, Alice está de olho nela.—sorriu.—Ela não quis descer hoje e está pintando no quarto dela durante todo o dia.— explicou.—Pode ir lá quando quiser.

Olhei para a minha amiga e sorri de lado, vendo Minki revirar os olhos e caminhar até o sofá, se sentando ao lado delas e parecendo distrai-las. Deixei os sapatos na entrada e a mochila no chão ali perto, correndo escada a cima e chegando na área dos quartos, entrei na porta que eu já conhecia e entrei sem muita cerimonia, assustando as duas pessoas ali. Sorri para elas e a irmã da senhora Park acenou com a cabeça, se levantando e deixando o livro que lia, em cima da cama.

—Não sabia que viria hoje, Jung.

—Eu não iria vir...Minji me pediu para passar um tempo com ela e eu aproveitei para vir aqui ver como ela está.—apontei para Chiquita, que manteve o olhar na sua pintura.—Pode ir descansar um pouco, eu fico com ela aqui. A senhora Keko disse que a senhora está aqui há muito tempo...

—Irei aceitar.— sorriu.—Vou tomar um banho para sair para o trabalho. cuide bem da minha sobrinha e cuidado com a minha irmã.— ela piscou para mim e saiu.

O quarto da Riracha é a cara dela. Cheia de bichinhos de pelúcia, pinturas fofas, fotos dela com as mães e algumas fotos que parecia ser de quando ela era pequena, mas nenhuma das mães está com ela. Me aproximei dela e me sentei ao seu lado no chão, enquanto ela se encolhia e tentava esconder o desenho. É um pouco legal ver como ela se incomoda com a minha proximidade, de como ela se encolhe toda vez que eu a olho profundamente...Tem algo nela que me faz querer ficar sempre por perto, de cuidar, mas ao mesmo tempo implicar. Eu não sei o que pode ser isso, mas gosto muito.

Em um momento de impulso, agarrei o rosto dela pelas bochechas apenas com uma mão e puxei seu rosto para mim, selando nossos lábios, sem dar tempo dela pensar no que faria. Seus lábios macios me davam mais vontade de prová-los, mesmo sendo a primeira vez que eu os provo. Passei a mão pela nuca dela e a puxei mais contra mim, enquanto a sentia colocar a mão em meu peito e me empurrar com força.

—Que merda é essa?!—ouvi a voz da senhora Park, uma voz de raiva, que me fez arrepiar.

—Mamãe!— Chiquita se levantou e correu até ela, com a voz chorosa.

Merda!

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Quand l'amour trouve une maisonOnde histórias criam vida. Descubra agora