Clave de Sol - Sammy Wilk

Sammy Wilk

Mais um final de semana tinha passado e aqui estava eu, de ressaca obviamente. Sábado encontrei a Tana em uma festa que fui com os meninos e ela quis repetir a noite, mas eu não estava afim de perder uma festa, demos só uns beijos e eu enchi a cara. No domingo, para curar a ressaca, fizemos um churrasco em casa e continuamos a beber. Então, agora na segunda parecia que um caminhão tinha passado por cima de mim.

Quando eu acordei eram onze da manhã, tomei uma ducha gelada, tomei um remédio para dor de cabeça e fui para o andar debaixo. Reparo a existência de uma caixa em cima da mesa na cozinha, mas ignoro a sua presença, precisava comer alguma coisa antes de lidar com qualquer coisa. Enchi minha xícara de café e fiz uma torrada com cream cheese para comer, me sentei e fiquei comendo encarando a caixa fazendo com que uma curiosidade começasse a crescer em mim. Não tinha comprado nada, então o que poderia ser aquilo? Terminei de comer e fui lavar a louça encarando aquele negócio, mas minha mente se negava a funcionar.

Enfim fui até a caixa e a observei por fora, era mesmo para mim mas não dava nenhuma dica do que era. Cansado de ter que ficar pensando, cortei a fita que mantia a caixa fechada e abri a mesma. Eram os primeiros exemplares das roupas e estavam fodas para caralho. Tinham camisetas, moletons, bonés e até umas roupas femininas e todas estavam muito legais. A primeira coisa que fiz foi pegar meu celular e vi que meu empresário esperava minha aprovação para começar a confeccionar para começarmos as vendas depois, respondi aprovando e fui rapidamente fazer o que eu realmente queria. Achei o contato e logo liguei sem pensar.

- Sammy? - a voz da garota soou do outro lado da linha e ela deu uma risadinha - Eu estava indo te mandar mensagem para marcar a reunião com os meninos para mostrar o resultado final das fotos e você ligou.

- É, querida Ally, as vezes a vida nos dá sinais que não podem ser ignorado - eu respondo sorrindo.

Por que eu tava sorrindo tanto?

- Do que você ta falando, Sammy? - a garota diz rindo, ela parecia estar feliz e com um ótimo humor hoje.

- Deixa para lá.

Falo e ficamos em seguida uns minutos em silêncio. Se eu não escutasse sua leve respiração, eu acharia que ela tinha desligado na minha cara. Quebrei o silêncio ao dizer:

- Ah te liguei para avisar que as roupas ficaram prontas, então quero que minha fotógrafa predileta tire um pouco do tempo dela para me fotografar.

Escuto sua risada do outro lado da linha e ela manda sua assistente, Anne, ficar quieta. Queria saber o que a loira tinha falado para ela.

- Tudo bem, posso saber quando o meu modelo predileto está disponível? - ela responde divertida entrando na brincadeira.

- Para você? Qualquer dia - falo abrindo um sorriso - Menos hoje, por favor, estou com uma ressaca horrível.

A morena ri de novo e fica um tempo em silêncio.

- Podemos fazer as fotos depois de resolver o trabalho com os meninos? - ela diz batucando uma caneta, acho - Porque ai eu finalizo isso e focamos totalmente no que você quiser.

- Uau, vou ter você todinha para mim? - deixo as palavras escaparem e me xingo mentalmente por isso.

- Vai, bobo - ela diz não se importando o que fez eu gostar mais dela.

- Combinado então, vou falar com os meninos para marcar a reunião com eles logo e te mando mensagem.

- Tudo bem, vou estar esperando - ela fala no jeitinho simpático dela - É só isso?

- É, sim! Até mais.

Desligo e deixo o celular de lado. Não fazia sentido para mim uma menina tão gentil como ela namorar um cara que bate nela. Quer dizer, n sei se bate direto já que eu só a vi com o rosto machucado uma vez, mas se ele bateu nela em um estacionamento que poderia aparecer pessoas o que ele é capaz de fazer quando estão sozinhos? Além disso, as vezes ela pode estar machucada em lugares que não são tão visíveis assim.