Me jogo no sofá da área externa começando a sentir o efeito da bebida. O pessoal veio aqui para casa depois que as fotos terminaram e a uma festa começou sem previsão para terminar. O som tocava alto, o churrasco continuava, tinha gente se jogando na piscina e várias garrafinhas de cerveja espalhadas e um monte delas na geladeira esperando serem abertas. Gilinsky, que tinha chego depois, e Johnson estavam começando a montar o beer pong enquanto Nate estava do meu lado bolando um beck. Fumar agora seria uma boa, não?
- Dude, tá no mundo da lua? - Maloley diz batendo na minha coxa e chamando minha atenção - Ou seu celular não para de tocar ou você está com um vibrador ai.
Xingo ele tirando o celular do bolso. Quem poderia estar me ligando essas horas? Vi o nome de Ally na tela e abri um sorriso besta. Logo atendi escutando Nate me chamar de viado ou algo do tipo.
- E ai gatinha, já está com saudades? - me afasto do garoto que não parava de falar que eu estava apaixonado e vou rindo bobo por conta da bebida, talvez?
- Sammy...? - sua voz do outro lado sai abafada como se ela estivesse chorando e isso me deixa levemente sóbrio como se fosse minha mãe ligando e eu fosse menor de idade - Você está bêbado? - ela deixa escapar um soluço.
- Ally? O que aconteceu? - entro em casa fechando a porta atrás de mim para focar nela abafando o som que vinha da área externa e escuto seu choro se intensificar.
- Vou mandar meu endereço por mensagem... - ela diz depois de se recuperar do choro - Você consegue vir me buscar?
- Já estou indo.
Desligo sem esperar resposta e corro para o lado de fora procurando o Johnson, ele seria o mais sensato para me ajudar nesse momento. Explico para o garoto o que eu sabia e peço para que ele não deixe ninguém entrar em casa até que eu levasse a garota para o quarto. Corri para dentro novamente calçando meu tênis e pegando minha carteira e as chaves do carro, nem me preocupei em colocar uma camiseta pois meu foco era outro. Vejo o endereço que recebi por mensagem e saio dirigindo igual louco. Precisava chegar lá o mais rápido possível.
Estaciono o carro do jeito que dá e entro no prédio. Rapidamente o porteiro me deixa subir e eu não conseguia parar quieto, não até ver como ela estava. Bato na sua porta e não obtenho resposta, será que ele tinha tirado ela dali?
Respiro fundo e tento abrir a porta que por sorte estava destrancada. O apartamento estava todo escuro, mas olhando pela sala pude notar que as coisas estavam jogadas e algumas até quebradas. Não tinha nenhum sinal da Ally. Vou andando devagar pelo cômodo procurando algo que pudesse me indicar onde ela estava até reparar um feixe de luz que saia por de baixo de uma das portas que tinha no pequeno corredor.
- Ally...? - chamo baixinho me aproximando da porta - Sou eu, o Sammy...
Após o barulho de chave, a porta se escancara e antes que eu pudesse ver como ela estava, a garota pula em meus braços se escondendo ali. Seu corpo estava trêmulo e ela não parava de chorar. Fiquei abraçado a ela acariciando seus cabelos tentando ao máximo acalmá-la, mas ainda em alerta. Aquele louco poderia voltar a qualquer momento. Reparei dentro do quarto que tinha uma mala fechada e outra aberta cheia de coisas dentro, ela realmente tinha decidido deixar aquele lugar, felizmente.
- Ally, sei que você está assustada, mas acho melhor irmos logo - falo olhando para a porta que tinha entrado.
- Tudo bem... - ela diz se afastando.
Quando olho para seu rosto, sinto meu sangue ferver. Ela estava toda machucada e com um olho muito inchado. Não sei se tinha mais ferimentos já que usava roupas que cobriam seus braços, mas não me surpreenderia se tivesse mais. Respiro fundo contendo minha raiva e minha vontade de ir atrás daquele imbecil.
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Clave de Sol - Sammy Wilk
Fanfiction[CONCLUÍDA] - Segunda temporada disponível Sair de um relacionamento tóxico não é fácil. Ver alguém que você ama nessa situação e não poder fazer nada para ajudar é horrível. Nessa história Samuel Wilkson, conhecido como Sammy Wilk, conhece uma gar...