Já havia passado duas semanas da ligação de Alex, desde a descoberta da tal carta que eu ainda não tinha ido buscar e nem procurei saber sobre ela. Na verdade, nem tinha comentado sobre isso com Samuel, não comentei nada sobre aquela ligação.
Nossa relação estava meio esquisita. Não tivemos mais momentos sozinhos, sempre alguém estava junto. Eu estava trabalhando mais que nunca, fazia fotos para os meninos, editava, ajudava em planejamento estratégico para que as redes sociais deles tivesse cada vez mais engajamento e também ajudava na imagem de alguns clipes das músicas deles. E por consequência disso, tinha me aproximado muito dos meninos, principalmente de Nate e do Espinosa. Tinha dias que eu voltava da academia e pelo menos um deles estavam na frente de casa me esperando para ir fazer alguma coisa. Sammy me acompanhava na academia todos os dias e quando voltávamos e um dos meninos estavam lá ele revirava os olhos e falava que eu podia ir, nunca se juntou a gente mesmo que eu chamasse. Foi em uma dessas saídas com Nate que contei para ele sobre a carta de Alex e ele me disse que o melhor a fazer era deixá-la de lado até eu me sentir confortável para abri-la.
Mas hoje era um dia diferente. Sam tinha me acordado, jogado uma roupa minha para eu vestir e disse que tínhamos horário para sair então eu não podia me atrasar. Seu ânimo estava diferente, ele estava ansioso e animado ao mesmo tempo e por isso resolvi não questionar e fazer o que ele pediu para descobrir logo o que deixava ele dessa forma. Desci as escadas e ele segurava um saquinho e um copo do Starbucks que logo estendeu na minha direção dizendo:
- Para viagem! Não podemos mesmo nos atrasar.
Ri da pressa do garoto e peguei a comida enquanto ele me empurrava para o carro. Fiquei entretida com o misto que tinha ali e com o copo de capuccino que nem tive o trabalho de ver o caminho que estávamos fazendo e onde chegaríamos. Isso até ele parar o carro e eu terminar de comer.
- Sammy, não... - eu resmungo reconhecendo o local - Vamos embora.
- Calma, gatinha! - ele aperta a minha coxa - Deixa eu te explicar ok?
Respiro fundo e olho para os carros parados a uma certa distância de onde estávamos.
- Tudo bem... o que estamos fazendo aqui? - olho para o garoto e seguro a sua mão tentando não surtar.
- Você vai tirar sua habilitação para dirigir hoje - ele diz de uma vez e fica reparando a minha reação antes de continuar - Você me contou uma vez que não conseguia passar porque ficava com medo do que iria acontecer com você caso falhasse... mas agora, A, não vai te acontecer nada! Se você não passar semana que vem a gente volta aqui e você tenta de novo e a gente vai continuar torcendo por você.
- Você disse "a gente"? - pergunto confusa já que estávamos só eu e ele ali.
Era o que eu achava. Sam não teve tempo de dizer nada já que Nate pulou na frente do carro assustando nós dois. Ele começou a gargalhar das nossas caras enquanto Mat abria a minha porta e me tirava do carro me abraçando.
- Ela tem que focar agora, babaca, e não ficar assustada - disse o garoto que fazia carinho nas minhas costas.
- Eu só tirei a tensão dela! - Maloley se defendeu me tirando dos braços do Espinosa para me abraçar.
- Meninos, obrigada por virem e tals - falo me soltando dos dois - Mas podem ir embora agora.
- Que isso, garota! Ta nos expulsando mesmo? - Nate diz se fingindo de ofendido - Tudo bem! Mas vai ter que expulsar todos ali.
Olho para onde o garoto indicava e lá estava Anne, Jack J, Gene, Jack G, Nash, Hayes e Taylor. Quando eles viram começaram a acenar e torcer por mim. Reviro os olhos e me viro para Sammy mordendo o lábio por estar nervosa. O garoto afasta os amigos de mim e segura nos meus ombros olhando nos meus olhos e dizendo:
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Clave de Sol - Sammy Wilk
Fanfiction[CONCLUÍDA] - Segunda temporada disponível Sair de um relacionamento tóxico não é fácil. Ver alguém que você ama nessa situação e não poder fazer nada para ajudar é horrível. Nessa história Samuel Wilkson, conhecido como Sammy Wilk, conhece uma gar...