O som do mar, ele me relaxa de um jeito que eu nunca imaginei antes. Aqui na praia eu consigo colocar meus pensamentos no lugar e eu posso chorar a vontade sem que mamãe veja, pois ela ia chorar junto comigo caso me visse chorando e eu não quero isso.
Desde que eu ouvi aquilo do médico, eu fiquei muito triste e pensei que meu amigo Kacchan ia ainda ser meu amigo, mas não foi bem assim ele me deixou por eu ser um sem individualidade e isso foi muito ruim, pois ninguém me aceita, ninguém acredita que eu quero me tornar um herói, ninguém confia em mim e dizer que tudo vai da certo, que eu vou conseguir e toda vez que penso nisso eu me lembro das palavras maldosas que o médico disse para mim:
"Desista!! Você nunca vai ser um herói. É mais provável que você morra em batalha... Não antes disso, você já estará morto. Então desista!!"
Lembro que a mamãe ficou furiosa com ele e disse palavras feias que ela nunca tinha dito antes, mas dava para vê que ela chorava de raiva e tristeza enquanto dizia essas palavras.
Lembro que fomos tirando de lá a força, pois a mamãe queria bater no médico.
Olhando assim, eu até acho engraçado e surpreendente o fato da mamãe falar as palavras feias. Mas isso não faz com que eu pare de chorar.
Quando eu parei de chorar, eu vi que tinha alguém a poucos metros de mim.
Era um garoto que parecia ter a mesma idade que eu, 6 anos, ele estava machucado, porém com curativos, sua expressão era uma pequena mistura de raiva com tristeza igual a da mamãe.
Me levantei e fui até onde ele estava.
— Por que está assim?? — Perguntei um pouco mais calmo, mas minha voz saiu tremida pelo choro anterior, ele deu um pequeno pulo ao me ouvir de repente, pedir desculpas e ele apenas balançou a cabeça as aceitando.
— ... Eu achei que esse lugar não tinha ninguém. — Sussurrou baixo mas eu escutei.
— Eu também achei haha. — Digo me sentando perto dele na areia. — Mas você não me disse do por que está assim??
— ... Eu tenho uma quirk vilã. — disse bem baixo quase não escutei. Olhei para ele e ele estava com uma expressão receosa no rosto.
— Vilã?? Como assim?? — Perguntei e ele suspirou triste.
— Sou capaz de controlar a mente das pessoas. — Ele gritou de vez com seria sua individualidade.
— Oh!! — Exclamei e ele fechou os olhos de cor violeta que são lindos ao meu ver, mas eles antes de fecharem estavam com medo no olhar. — Quem falou que é uma individualidade vilã?? Por que ela não é.
Ele voltou a abrir os olhos surpreso com o que eu tinha dito e ficou me olhando com esses lindos olhos. — O que??
Antes dele vira novamente a cabeça para lado e o segurei e repetir:
— Quem foi que falou que era de vilão??
— Meus colegas. — Ele respondeu e eu exclamei:
— Eles são Filhos da p*ta!! Não sabem o que falam e cansei dessas pessoas! — Exclamei e ele arregalou os olhos ainda mais surpreso, mas concordou.
— Filhos do que?? — Ele perguntou, eu rir e sentir ele me encarar por um segundo antes de virar o rosto meio vermelho.
— Da p*ta. — repito a última frase da palavra feia que a mamãe usou rindo mas parei ao lembrar do por que ela disse essa palavra feia. — Foi a mamãe que disse... mas foi em um momento triste.
Meus olhos voltam a encher de lágrimas de novo, ele me olha triste.
— Entendi. — Ele afirmou olhando para mim antes de olhar para o mar e eu também olhei, mas uma coisa me surpreendeu, ele chegou mais próximo e me abraçou. — Mas não chore!! Tenho certeza que isso irá passar e você vai superar...?? Qual seu nome?
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Vamphero
FanfictionVocê acredita em Vampiros?? Não, eu também não, até eu me tornar um. Como assim?? Bom, tudo aconteceu quando eu era pequeno, tinha uns dez anos quando tudo começou, a sede de sangue que parecia não ter fim, meus sentidos ficarem muito aguçados de u...