Acordo e Paixão - (Taennie fanfiction)

Capítulo 36

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Tae mal conseguia assimilar as coisas, naquela pequena sala de escritório, que provavelmente era usada pelo mesário para um merecido descanso, era o local no qual seu pai contava para si um enorme segredo enquanto tinha o rosto banhado por lágrimas de culpa. 

_Como... ?_ Tae começou confuso, mas logo parou.

_Eu não queria meu filho, foi uma armação, ele não fez nada, eu juro, eu não queria isso..._ Ele chorou ainda mais.

Tae compadecido da dor do homem puxa o mais alto para um abraço apertado, que logo é correspondido por Soojong. Era a primeira vez que estava abraçando o pai, desde quando ele era pequeno e os dois viviam aventuras juntos; Ele nunca havia chegado à um nível tão próximo do velho homem depois da morte do avô e não entendia o porquê.

_Por favor pai, me explique o que foi que aconteceu, quem era Eunwoo?_ Tae pede depois de se afastar do abraço, e encarar os olhos do progenitor.

_Eu não quis mata-lo Tae, éramos todos amigos._ Soojong começou mas parou depois de resgatar as lembranças de sua juventude. Olhando para o filho ele percebeu que o devia uma explicação descente e pelo menos justificar o seu lado da história, a final, Tae não tinha culpa de seus erros passados pois, depois do ocorrido, o rei passou a ser tão duro e insensível com o garoto.

_Quando eu tinha a sua idade, eu e Gonghee éramos muito amigos, assim como você e Jungkook são. Mas tinhamos um amigo em comum e seu nome era Eunwoo, ele era uma pessoa incrível, um ótimo amigo e confidente e sempre saiamos juntos. Na época eu já havia conhecido e me apaixonado pela sua mãe, mas Gonghee não mostrava interesse nenhum na noiva que o pai dele tinha arranjado para ele, e aquele malandro sempre dava um jeito de escapar dos jantares reais com Eunwoo. Quando me casei com Nari e Gonghee com Sunmi, ele sempre me dizia que não gostava nem um pouco dela, e que foi a pior noite de núpicias que ele poderia ter. Assim você e Jungkook nasceram, e eu não podia estar mais feliz com os acontecimentos da minha vida._ Soojong fez uma pausa e depois continuou.

 _Mas Gonghee e Eunwoo mantiveram um relacionamento secreto por longos 9 anos mesmo depois de casado, e quando eu descobri eles me imploraram para manter segredo. Eu claro, concordei, pois jamais deduraria meus melhores amigos, não quando eles pareciam tão felizes e contentes estando juntos, e...Bem, Sunmi realmente não ligava para seu matrimônio e já tinha seus esquemas._ Ele fez outra pausa e olhou para Taehyung que escutava tudo atentamente, ele não movia nenhum musculo ou esboçava alguma reação, apenas esperava o pai continuar a contar a história.

 _ Bom, mas infelizmente um certo dia, meu pai ouviu algum rumor de que Gonghee e Eunwoo estavam juntos, e enojado com a situação ele ficou extremamente irritado pois não aprovava o relacionamento entre dois homens e achava aquilo um pecado hediondo. Ele sabia que eu e Gonghee éramos próximos e me pressionou para que eu lhe contasse tudo o que sabia. E eu contei... Eu fui covarde, quebrei minha promessa e contei, não resisti à suas ameaças e contei..._ Soojong tinha lágrimas nos olhos novamente e Tae agora mirava o pai com um rosto empático.

_Eu sei que a culpa foi minha, mas antes que eu pudesse avisar Gonghee, meu pai me fez comparecer à um enforcamento, me fez assinar o decreto de pena de morte de alguns homens, alegando se tratarem de assassinos cruéis.  E eu como um idiota assinei, sem ao menos notar o nome de Cha Eunwoo entre eles. Quando me sentei no trono ao lado do meu pai, obrigado a presidir e assistir a execução dos criminosos, me espantei ao olhar nos olhos do meu amigo no momento em que o carcereiro amarrou a corda em seu pescoço e em seguida retirou aquele maldito pano do rosto de Eunwoo. Eu tentei protestar mas a alavanca já tinha sido puxada e o chão de madeira foi aberto, fazendo-o suspender no ar e ter o seu pescoço quebrado em menos de dois segundos... Eu tinha matado meu melhor amigo... Tinha matado a pessoa mais importante para Gonghee._  Ele voltou a chorar passando as mãos pelo rosto.