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"Simplesmente eu deixei de ser aquela garota que gostava de acordar com a luz do sol, passei a preferir a escuridão"

Segunda, 24 de julho de 1944

Já passava da meia noite e Laura não conseguia dormir, rolava de um lado pro outro na cama, até que por fim, decide se levantar, nisso vai em direção a janela, onde se senta e começa a admirar a noite, enquanto observava a lua e as estrelas, bem ao longe, ela pareceu escutar um som, era um barulho de folhas secas caídas ao chão, sendo pisoteadas lentamente como se, um animal caminhasse sorrateiramente planejando dar o bote, e então, quando cruzou o seu campo de visão, dominada por um extinto maior que si própria, ela rapidamente o ataca, assim, sugando todo o seu sangue, logo depois, retorna até o quarto, onde finalmente consegue dormir.

*****


Na manhã seguinte, todos tomam um susto ao encontrar uma carcaça seca como se tivesse sido dissecada, com dois furos no pescoço.

- É uma raposa - disse Petruchio olhando para o corpo do animal

- Parece uma raposa né - falou Catarina - ...Mas, que estranho, porque ele ficou dessa forma?

- Deve ter sido por causa de outro animal, ou até mesmo um morcego.

- Hm...

Enquanto isso, Antônio acordava, ao se levantar e ir até a cozinha, acaba por escutar uma conversa de Neca com a mãe.

"Esse bicho ter aparecido todo seco lá fora é muito estranho, nunca que vi isso acontecer aqui"

"Também acho, mas o Petruchio jura que foi um morcego!"

Ao ouvir a notícia, ele corre pro quarto e acorda a irmã.

- Laura! Laura, acorda!

- Ahn? O que é!?

- Tem um chupa cabra na fazenda!

- O que!? Cê tá doido?

- Não, é sério! Olha só, eu escutei mamãe conversando com a Neca...

- Escutando conversa? Mas que feio... - ela o interrompe debochando.

- Foi sem querer... O fato é que encontram uma raposa morta em circunstâncias no mínimo suspeitas.

- Sim, e o que que tem isso?

- Que tem que ela tinha dois furos no pescoço, só pode ter sido um chupa cabra!

- Tá viajando.

- Não tô não, e essa foi a prova!

- Hurm sei, tô morrendo de medo... Antônio desencana, chupa cabras não existem!

- EXISTEM SIM! - grita - ...Nossa Laura, eu nunca tinha percebido que seu dentes são tão afiados.

- Ótimo, eu sou o chupa cabra agora? Já disse que eles não existem!

- EXISTEM SIM!

- NÃO EXISTEM NÃO!

Tomada pela raiva momentânea Laura acaba explodindo, assim, influenciada pelo sentimento, traz a tona a sua forma de morcego diante dos olhos do irmão, porém, rapidamente consegue  destransforma-se, voltando ao normal.

- La-la-la-Laura, vo-você...

- Eu sei Antônio! - diz nervosa e assustada com o ocorrido.

Herança de sangueOnde histórias criam vida. Descubra agora