Visão Deturpada

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Na névoa dos pensamentos, vislumbro um mundo turvo
A visão deturpada de um espírito em desalento
A tristeza tece uma teia densa e perversa
Que aprisiona a minha mente no tormento

As cores da vida desvanecem-se em cinzas frias
Os sorrisos tornam-se sombras na penumbra
A esperança afoga-se num mar de melancolia
Enquanto a angústia me consome, sem nenhuma trégua

Vejo distorções na realidade que me cerca
Os rostos são máscaras desprovidas de vida
O riso é apenas um eco vazio, uma farsa
Enquanto a minha alma mergulha na escuridão despida

Os dias arrastam-se, pesados como chumbo
Enquanto a noite traz consigo um véu de amargura
A solidão alimenta-se da minha essência
E a tristeza encontra morada na minha estrutura

A visão turva do depressivo é um labirinto
Onde as ilusões entrelaçam-se com a realidade distorcida
Um mergulho profundo num abismo sem fundo
Onde a luz da esperança se perde, indefinida

E assim, na obscuridade dos pensamentos
Navego pela visão deturpada que me consome
Um retrato sombrio da minha própria existência
Onde a tristeza e a escuridão se entrelaçam e consomem


Poesia de um Jovem ModernoOnde histórias criam vida. Descubra agora