05. ( quase todos nós )

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PASSANDO as mãos pelos desenhos colados nas paredes do quarto do pequeno garoto adormecido agarrado ao seu bichinho de pelúcia, ela sorriu, se lembrando de seu passado

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PASSANDO as mãos pelos desenhos colados nas paredes do quarto do pequeno garoto adormecido agarrado ao seu bichinho de pelúcia, ela sorriu, se lembrando de seu passado.

Aurora se lembrava de ter uma irmã, com cabelos louros extremamente claros e olhos azuis, assim como Jack Frost. Porém, ao contrário deste, ela odiava o frio. Se lembrava também de colar desenhos feitos com giz de cera em papéis coloridos nas paredes da casa.

Ao olhar para o lado, viu Jack observar um papel onde havia o contorno de uma criança em um trenó, junto de outras crianças com os braços para cima. O desenho era, surpreendentemente, muito cativante.

— O último incisivo central caiu em um acidente de trenó bastante suspeito. — Dentiana contou, com um sorriso.

— Como será que isso aconteceu... — Aurora murmurou. — Jack?

Ele riu. — Essas crianças...

A Fada sorriu de volta. Girou a moedinha em seus dedos, e a colocou embaixo do travesseiro de Jaime, que ainda dormia em um sono pacífico; soltou um suspiro e parou no ar, em cima da cama do garoto, olhando para ele.

— Essa foi sempre a parte que eu mais gostei: olhar as crianças. — Disse ela. — Por que foi que eu parei de fazer isso?!

— 'Hm, é diferente de pertinho, 'né? — Perguntou Jack.

Se formaram alguns segundos de silêncio. Dentiana continuou a olhar o menino, porém Jack desviou seus olhos até Aurora, que encarava a vista da janela, quieta. Até que ela o olhou também, e de uma maneira que ele nunca esperava que fosse acontecer, ela sorriu.

— Obrigada por ter vindo com a gente, Jack. — Ela agradeceu, sentindo que deveria.

— Queria ainda ter suas lembranças. Poderia ter ajudado. — A Fada se lamentou, colocando uma mão em seu ombro.

— É, bom... Primeiro, vamos resolver o seu problema. Depois, cuidamos do Breu. — Ele sorriu, e a fada retribuiu o gesto.

Aurora estaria mentindo se dissesse que não sentiu algo incomodar dentro de si, como se estivesse se revirando, mas apenas espantou o sentimento, pensando não ser nada.

Ouvindo um grunhido, ela direcionou o olhar para a janela, por onde Noel entrou.

— Ah, aí estão vocês! — Ele disse, mas logo foi repreendido pela fada, com um sinal de silêncio. — Oh! O que aconteceu, seus molengas? Como se sente, Fada?

— Mais acreditada. — Respondeu ela. Aurora sorriu.

— Era isso que eu queria ouvir! — Noel riu fraco.

— Ah, já saquei. — Coelhão apareceu de um túnel no chão, ficando ao lado de Aurora. — Vocês se juntaram só 'pra deixar o Coelhão na lanterna?

Todos puseram o dedo indicador no meio dos lábios, pronunciado um "Shh!". Ele deu um passo para trás e levantou os braços em rendição. Aurora exibiu um sorriso divertido para ele, que retribuiu e apoiou um de seus braços sobre seu ombro.

SUN FLAKES, j. frostOnde histórias criam vida. Descubra agora