10. ( flocos de sol )

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RELÂMPAGOS e trovões caracterizavam a paisagem escura e amedrontadora

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RELÂMPAGOS e trovões caracterizavam a paisagem escura e amedrontadora. Os raios apagavam as luzes dos postes e os pesadelos cercavam a cidade, cada vez mais perto de deixar os Guardiões sem nenhuma saída, e ainda ameaçando perigo às crianças.

Breu encarou-os, com olhos que mostravam o quanto ele já achava que tinha ganho aquela batalha. Montado em seu cavalo de areia negra, ele riu, estendendo os braços ao seu redor.

— Vocês acham que essas crianças podem ajudar vocês contra isso?!

O Papai Noel tentou levantar uma de suas espadas para ameaçá-lo, porém precisou abaixá-la e se apoiar para não cair, devido à sua fraqueza.

— Isso é só um pesadelo, Jamie. — Jack tentou tranquilizá-lo, mas não pareceu surtir muito efeito.

— Nós vamos proteger vocês! — Coelhão assegurou, olhando para os seus arredores.

— Vocês vão protegê-los? — Breu riu, fazendo um falso som de adoração. — Mas quem os protegerão?!

Formou-se um terrível silêncio que se pendurou por alguns segundos – os quais pareceram uma eternidade, na visão de Aurora –, e a tensão era quase palpável. Até que Jamie deu três passos à frente, tomando a dianteira.

— Eu vou.

Aurora franziu o cenho, sorrindo fraco com a ação do garoto. Cupcake andou até ele, e concordou. E assim, as crianças os seguiram, dizendo que os iriam proteger. Jack e Jamie se encaram levemente, e o mais velho acenou com a cabeça.

— Vocês ainda acham que o Bicho-Papão não existe mesmo?!

Os pesadelos de Breu foram rápidos como flechas para cima do Guardiões e das crianças, engolindo a cidade e apagando qualquer luminosidade entre os grãos finos de areia dos sonhos transformada, e tão rápido quanto vinham, atacaram. 

— Eu acredito em você, mas eu não tenho medo! — Jamie disse, confiante.

E com um estender de mãos do menino, tudo o que um dia fora uma areia negra assustadora e melancólica, agora era uma areia amarela alegre e esperançosa, que deixou um sorriso no rosto de todos e um olhar de encantamento nas crianças. Aurora olhou ao redor, encantada com a cena.

Subitamente, todos se sentiram mais acreditados do que nunca. A Fada do Dente conseguiu voltar a voar, e sobrevoou as crianças. O Papai Noel enfim voltou a ter o seu brilho no olhar de pura magia, e conseguiu segurar suas espadas. Já Aurora, parando de se sentir fraca e sentindo o poder voltar para suas mãos, pôde voar para o alto, fazendo seus flocos de Sol se misturarem com a magia dourada e deixando tudo ainda mais fascinante.

E quando os pesadelos em forma de cavalos voltaram a atacá-los, Papai Noel fez com que seus globos de neve abrissem um portal para o Polo Norte, deixando que os Yetis e os elfos passassem e os ajudassem.

SUN FLAKES, j. frostOnde histórias criam vida. Descubra agora