O 𝖼𝗈𝗋𝖺𝖼̧𝖺̃𝗈 é um bicho imprevisível. Uma criatura temível. Vazio ou não, ele toma decisões inevitáveis. Elas podem melhorar a sua vida ou transformá-las em um verdadeiro inferno. Não temos controle algum sob isso.
Dependendo de um ponto de vi...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Era manhã de primeiro de novembro. Jane já havia despertado fazia um tempo. A garotinha apenas permaneceu deitada em sua cama pensando sobre a sua visita psíquica que fez a Becca e Michael na noite anterior. Estava claro que ambos os dois precisavam muito dela, assim como ela precisava deles também.
"Hora de acordar." Onde escutou a voz de Hopper juntamente ao som do alarme. A menina não queria ter de enfrentar um pedido de desculpas desajeitado do mais velho por ora, então fechou seus olhos e fingiu estar dormindo, o fato de estar de costas para a porta ajudou muito. "É assim? Você não vai falar nada?" O mais velho deixou em claro não ter caído em sua falsa inconsciência.
"Tá bom. Então eu acho que vou ter que comer aquela pilha de waffles de três andares sozinho." Jim usou de chantagem para convencer sua filha a dar as caras, sabia que waffles era sua sobremesa favorita. A menina esbugalhou seus olhos ao ouvir o que foi dito. Sabia que era apenas uma chantagem, Hopper nunca comería sozinho, mas uma das melhores sensações era comer juntamente a ele.
Não levou tempo e a menina já estava sentada na mesa de refeição observando ele dividir em duas partes a pilha de waffles recheada com chantilly, framboesas e mirtilos. "Bom, né?" O homem riu da forma apaixonada a qual sua filha encarava a sobremesa. "O melhor r que só tem oito mil calorias." A menina encarou o delegado confusa pela nova palavra, mas deu de ombros.
Se ele falava que era bom, então era mais um ponto bom para adicionar às qualidades daquela sobremesa incrível. Jim finalizou a divisão entre a pilha e passou para o rosto da menina. Seus olhos percorreram pela casa e deslizaram para o chão, onde encontrou o fio da televisão até o quarto da menina.
"Visitou eles ontem à noite?" Perguntou referindo-se a duas pessoas que dominavam o coração e mente de Onze, mas cada um de maneira diferente. "Eles precisam de mim." A menina comentou cabisbaixa. Não ouviu isso da boca de nenhum dos dois, mas isso já estava claro.
"Quer que eu fale com eles?" Sugeriu como consolo e viu a menina negar. "Eu sei que tem saudades, mas é perigoso demais. É a última coisa que elas precisam agora." A menina suspirou profundamente. Ele estava certo. Saber sobre o bem-estar de Onze sem poder vê-la apenas aumentaria a turbulência que estavam a vida deles.
"Você vai vê-los logo. E não vai ser só na sua cabeça, você vai vê-los na vida real. Acho que estou fazendo progresso com o pessoal." O homem prometeu adicionando um sorriso, mas esse era o problema, ela ouvia isso todos os dias. "Amigos não mentem." Onde repetiu as palavras que aprendeu com os seus amigos e já aos esqueceu.
"O que houve?" O de cabelos loiros grisalhos estranhou a frase de repente. "Você disse logo no dia 21. Você disse logo no dia 206. E agora diz logo no dia 336?" A garota parou para encarar seu pai atentamente ressaltando algumas das várias vezes que ouviu mais do mesmo.
