O caso dos ratos

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Assim que o sol acordou em Hawkins, Onze também despertou e com ela sua ansiedade

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Assim que o sol acordou em Hawkins, Onze também despertou e com ela sua ansiedade. A garota passou a manhã inteira ansiando pela chegada do namorado à cabana onde morava para que ele a levasse até sua casa, onde, como ele prometeu, ela passaria a tarde aproveitando com seus amigos.

Mas já se passavam das nove horas e nenhum sinal do maior entre as belas árvores da floresta. A garota caminhava de um lado para o outro na varanda de sua casa, até que ela bufou frustrada e resolveu telefonar.

"Oi, tudo bom com você?" Jim tentou chamar a atenção da sua filha afim de puxar assunto com ela aproveitando que o genro não estava, mas mesmo assim o desgraçado conseguiu tomar toda a atenção da menina até com a própria ausência. "Tudo." A menina não teve a intenção de ser seca, apenas tinha em foco descobrir o motivo do atraso do menino e cobrar sua presença.

"Alô, casa dos Wheelers?" A voz de quem ela reconheceu ser sua sogra atendeu a ligação como sempre. "Bom dia, será que eu posso falar com o Mike?" A menina tentou o seu máximo para ser educada. "Tá, só um segundo." Karen parecia entediada, talvez porque metade das ligações que recebia vinham de sua nora.

"Mike, telefone!" Ela noticiou seu filho em tom de grito, levou um tempo até que ouvisse a voz do maior. "Alô?" Onze suspirou aliviada por ouvir sua voz no telefone a primeira vez naquele dia. "São nove e trinta e dois." A menina caminhou até o seu quarto esticando o fio do telefone e fechou a porta, deixando apenas um espacinho para o fio passar.

"Desculpa, e-eu... eu já ia te ligar, eu..." A mais nova o ouviu engolir em seco do outro lado, gaguejando nervosamente. "Não posso te buscar hoje." A menina franziu o cenho e sentiu uma pequena dor no peito. "O quê? Porque não? Você prometeu, Mike." A menina fez esforço para não gaguejar do outro lado.

"Eu sei, mas é a minha avó." Ele explicou em tom baixo do outro lado, mas ainda parecia nervoso. "Ela tá muito doente." "É, mas o Hopper disse que a sua vó tava bem, que foi só um alarme falso." Ela argumentou mais confusa que anteriormente, e acabou por ouvi-lo murmurar um merda do outro lado.

"É, foi o que a gente pensou no começo, mas aí ela teve uma recaída horrível." "Ah..." Jane murmurou não sabendo o que dizer sobre, mas ainda estava confusa. "É, a gente acha que ela pode morrer." O menino pareceu ter estado aliviado do outro lado da linha, talvez porque ela supostamente estava o compreendendo.

"O quê?" Uma voz adicional exclamou parecendo incrédula na linha. "Mãe, saí do telefone! Eu já te pedi." Michael parecia desesperado ao tentar expulsar quem ela concluiu ser Karen da linha telefônica. "A vovó ligou?" A mulher pareceu assustada ao imaginar o que ela já deveria saber se fosse verdade.

"Não, só desliga logo o telefone!" Falou tudo lentamente para que ela pudesse entender e em poucos segundos foi possível ouvir a terceira linha sendo encerrada. "Me desculpa, Onze." Michael pareceu vinte vezes mais nervoso que antes, talvez porque ele confirmou o que ela já imaginava. "Era a sua mãe?" A menina perguntou para comfirmar se era mesmo sua mãe ou apenas outra pessoa.

ᴍᴀʀ𝕚ᴛ𝕚ᴍᴇᵉˡᵐ𝕒ˣ ʷ𝕚ᵗʰ 𝕪ᵒᵘOnde histórias criam vida. Descubra agora