O 𝖼𝗈𝗋𝖺𝖼̧𝖺̃𝗈 é um bicho imprevisível. Uma criatura temível. Vazio ou não, ele toma decisões inevitáveis. Elas podem melhorar a sua vida ou transformá-las em um verdadeiro inferno. Não temos controle algum sob isso.
Dependendo de um ponto de vi...
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Já acontecia a festa de independência organizada pelo prefeito da cidade Larry Kline. Era possível ouvir os fogos de artifício enfeitando a noite estrelada de quatro de julho.
O susto passou, todos estavam um pouco mais calmos. A próxima missão de Jane agora era explicar tudo o que aconteceu com ela para que ela ficasse presa fora da realidade, tudo isso tentando manter a calma.
Talvez só para aumentar a preocupação de quem a queria bem, Becca ainda não havia acordado do desmaio causado pelo nocaute que o próprio dom a deu. A garota se manteve desacordada mesmo depois de Jane gritar estridente bem ao seu lado. No momento sua cabeça estava no colo de Jane, seu quadril no colo de Max e as pernas no colo de Will, isso no sofá principal da sala.
"Ele disse que tá montando uma coisa e que era para mim." Jane informou o P da preocupação fungando em seguida. "Montando uma coisa? Ele tá falando dos devorados?" Max levou seu olhar para a pessoa que aparentava mais interesse no assunto dos devorados. "Só pode ser." Nancy respondeu coçando a nuca.
"Então tá montando um exército como a gente achava." Sinclair tomou o cargo do maluco que anda de um lado para o outro. "É, mas não tá fazendo isso para se espalhar." "Tá fazendo isso para deter a Onze." Will completou a fala de Michael. "Ano passado a Onze fechou o portal. Eu acho que isso deixou ele bem irritado." Wheeler supôs o motivo gesticulando.
"Bastante!" Lucas fermentou sua frase. "E o devorador de mentes sabe que ela é a única que pode vencer ele, mas com ela fora da jogada..." "Fim de jogo." Sinclair estalou os dedos, esse movimento assustou a ruiva que só não o tapeou por conta da distância. "Ele também disse que ia matar todos vocês."
Onze adicionou alternando seu olhar entre o grupo vendo eles ficarem com cara de paisagem sem nem saber como reagir a uma promessa de morte de um monstro interdimensional impossível de ser tocado. "Ah, puxa, que legal!" Maxine ironizou passeando seus dedos pelas costas da namorada dormindo.
Nancy se desencostou da pilastra pensando ter ouvido um barulho estranho do lado de fora e caminhou até a janela se concentrando em ouvir melhor. "Vocês ouviram isso?" A menina perguntou para ter certeza e todos se mantiveram em silêncio tentando ouvir o que Nancy ouviu fora do normal.
"É só os fogos." Jonathan deu de ombros querendo despreocupar a cabeça da namorada de algo que ele achou ser banal, mas a castanha decidiu seguir seus instintos e prestar a atenção no barulho estranho. "O Billy." A garota exclamou depois de supor o pior em relação ao barulho que ouvia. "Quando você falou com ele era aqui? Nessa sala?"
Jane apenas assentiu com a cabeça de leve não entendendo de primeira o motivo de sua preocupação. "Sabe que estamos aqui." Will indagou recebendo a atenção de todos e eles tiveram a visão dele com a mão no pescoço, justamente a área onde arrepiava todas as vezes que ele ativava ou estava por perto.
Jonathan se levantou do sofá onde estava e caminhou até a porta atravesando ela em seguida. O garoto desceu as escadas da varanda sendo seguido pelos demais e pode ouvir o barulho na qual Nancy falava. Eram estrondos tão fortes que tremiam o chão e vinham de uma certa direção da floresta. O grupo, que seguiu Jonathan sem ele nem ao menos perceber, olharam na direção que parecia vir o barulho e o que viram os assustou.
