04: Tempo ao tempo.

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[DEZ ANOS ATRÁS]

—Meu bem, o que houve?! Por que está chorando?!—perguntou Nayeon, assustada.

Estava tudo bem horas atrás quando seu filho caçula, Kim Taehyung, tinha ido encontrar seus amigos e de repente voltou nesse estado. E não sabia o que podia ter acontecido para seu menino estar chorando desse jeito.

Assim que o garotinho de treze anos entrou em casa, foi correndo para os braços de sua mãe que o recebeu de bom agrado, e depois de um tempo abraçando seu pequeno, Nayeon o levou até o sofá e foi buscar uma água para ver se o filho se acalmava.

—Aqui, meu amor, beba água.—disse Nayeon, entregando o copo de água para o menino, e depois que ele terminou de beber, colocou o copo em cima da mesinha da sala e abriu os braços para sua mãe lhe abraçar e assim que entendeu, Nayeon se sentou ao seu lado e em seguida, puxou o garoto para seus braços, enquanto fazia cafuné nos cabelos loiros e macios de seu menino.

—Oh, meu filhote, ver você chorar parte o meu coração. Me conte o que houve, hum. Quem fez você chorar assim?!—indagou, preocupada com o garoto.

Desde que ele chegou em casa, não falou uma palavra, só chorou, e isso era preocupante pois era raro de ver Taehyung tão triste e choroso assim, o menino vivia brincando e sorrindo pelos cantos, e agora estava ali, chorando e todo amuado em seus braços.

Assim que o mais novo ia falar algo, a porta do escritório foi aberta, o impedindo de falar e então avistou seu pai e seu Tio saindo daquele cômodo.

—Papai...—o pequeno chamou, obtendo a atenção de seu pai e seu Tio, estes que ao verem seu pequeno chorar, se preocuparam imediatamente.

—Meu bem, o que houve?!—perguntou Dae-su, se ajoelhando no chão e ficando perto de seu filho, vendo o menino se sentar e olhar para si e depois para seu irmão, voltando a chorar, se jogando nos braços protetores e seguro de seu pai. Seu papai era seu porto seguro.

Jae-sang observava os dois, com o coração apertado por ver seu amado sobrinho chorar daquele jeito. É, definitivamente iria matar a pessoa que fez seu pequeno chorar.

—P-papai, eles n-não me amam.—disse, ainda chorando, com o rosto deitado no ombro de seu pai.

—Eles quem, meu amor?!—perguntou Dae-su, não entendendo de quem o menino falava.

—Pode nos contar, querido. Você sabe que sempre pode contar conosco, somos seus pais e sempre estaremos aqui com você e para você.—disse Nayeon, fazendo um carinho no cabelo do mais novo.

—Meus hyungs... Eles não me amam mais, nunca me amaram de verdade.—disse, lembrando-se das coisas horríveis que haviam o falado.

—Claro que eles te amam, meu amor. Como não amar você?!—falou Dae-su, estranhando, e não querendo acreditar no que o filho falava.

—Mas eles não me amam, me falaram coisas horríveis... Q-que só eram meus amigos por pena e que nunca g-gostaram de mim de verdade. Eles tem nojo, tem nojo de mim, papai.

—Tem certeza disso, pequeno?!—perguntou Jae-sang, também não acreditando muito naquela história, "que estranho, todo mundo sabe que aqueles pirralhos são loucos pelo meu bebê... Ah, com certeza tem caroço nesse angu", pensou Jae-sang.

—Tenho! Eles falaram na minha cara e não pareciam estar brincando.—falou o pequeno, finalmente saindo dos braços de seu pai e olhando para os três que o olhavam ainda preocupados, mas aliviados por ver que o menino tinha parado de chorar. —Quer saber de uma coisa, eu também não ligo! Quero esquecer que eles existem e nunca mais vou falar com eles. Se eles pensam que eu vou ficar chorando e me lamentando por um erro deles, estão muito enganados e eu nunca, NUNCA VOU PERDOAR ELES!—disse com raiva, assustando os três pela mudança de humor repentina.

BLACKWHITE (B.W)Onde histórias criam vida. Descubra agora