3. Disciplina de ferro

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Léo acordou com um forte "Acorda! Acorda! É hora de acordar!" Alguém estava falando no alto-falante. Suas costas estavam doloridas, as mãos coçavam por causa das picadas de mosquitos. Marcos também acordou, sentou no centro da barraca, olhando ao redor:

- Gente, o que aconteceu com a barraca? Por que todos os lados estão soltos?

- É isso que eu pergunto a você! Quem era o responsável pelas estacas?

- Elas escaparam? É impossível!

- Bem, claro, nós as tiramos!

- Tudo bem, vamos consertar.

- Agora? Todos no acampamento vão rir de nós.

Aquilo era verdade. Naquele exato momento, Marcos e Léo ouviram alguém passar pela barraca e explodir de riso. Sem dúvida, estavam rindo deles.

- E agora?

- É isto: eu não vou para a formação dos clubes.

- Nem eu. E quanto ao Daniel?

- Ele ainda nem acordou. Deixe-o dormir.

Em um minuto, Léo deitou-se confortavelmente e caiu em um sono tranquilo. Meio adormecido, ele ouviu o início do hino. Depois de alguns minutos, tudo ficou quieto, mas, de repente, bem ao lado de sua barraca, houve um som de batida, e alguém disse:

- Vamos, rapazes, vamos acordar nossos dorminhocos! É a sua barraca? Ops! O que aconteceu aqui?

Para os garotos que acabaram de abrir os olhos, parecia que, naquele momento, metade do mundo explodia em um coro de risadas.

- Bem, vamos alinhar na frente da barraca. Contando até três, gritaremos: "Acorde!" Todos prontos?

- Sim.

- Um, dois, três...

- Acorde!

Para Léo, Marcos e Daniel, parecia que a barraca estava explodindo com aquele som poderoso. Eles trocaram olhares temerosos.

- Toda manhã aqui vai ser como esta?

- Espero que não.

- Então, o que vamos fazer agora?

Naquele momento, a voz disse novamente:

- Levantem! Vocês se atrasaram!

Daniel começou a se vestir rapidamente.

- O que você está fazendo?

- Estou saindo.

- Você o quê? Você nem lavou o rosto.

- Não é grande coisa.

Em dez segundos, Daniel rastejou para fora da barraca. Todos começaram a bater palmas.

- Yes! Já temos um. Agora faltam mais dois!

Marcos olhou para Léo:

- Eu não vou.

- Nem eu.

Apesar de todos os assobios e do barulho, ninguém saiu da barraca. Inesperadamente, várias mãos fortes começaram a puxar os sacos de dormir para fora. Não havia mais nada a fazer; então, eles cobriram a cabeça, não querendo que ninguém visse seus rostos sonolentos. Em um momento, estavam na grama, e a voz acima deles disse:

- Ok, não queremos envergonhar nossos amigos. Acho que eles estão definitivamente acordados e amanhã tenho 100% de certeza que eles se juntarão a nós. E hoje todos nós vamos ajudá-los a arrumar a barraca.

Meu primeiro acampamento - Maksym KrupskylOnde histórias criam vida. Descubra agora