Vinte minutos depois, a van saiu da rodovia e seguiu por uma estrada acidentada em direção ao acampamento, que estava na margem do rio. Léo olhou curiosamente para o cenário: uma cozinha, uma grande tenda, cerca de dez barracas menores, alguns equipamentos esportivos. Não havia muitas pessoas por lá; quase todo mundo estava se escondendo da chuva. A fogueira estava lançando um resto de fumaça, várias pessoas estavam correndo em volta dela, em suas capas de chuva, parecendo alienígenas: estavam tentando reanimar o fogo moribundo. Tio João parou perto da quadra de vôlei.
- Chegamos. Vocês precisam sair rapidamente. Preciso voltar para a rodoviária.
Em um minuto, todos já estavam caminhando em direção à grande tenda. Felizmente, estava parando de chover. Um homem alto, jovem e atlético cumprimentou os recém-chegados. Léo gostou dele. Os garotos colocaram suas coisas no chão e estavam prestes a dar uma olhada no acampamento quando, de repente, ouviram barulho de carro. Olhando para trás, viram o tio João em sua van tentando escapar de um atoleiro. Alguém disse:
- Ele não vai conseguir. Precisamos ajudar.
Os garotos correram para a van. As rodas pararam, e pedaços de barro voaram delas. Marcos estava parado ao lado, então ele foi um alvo fácil. Olhando para o amigo sujo, Léo tentou esconder um sorriso. Ele abaixou a cabeça e empurrou o para-choque com mais força. O carro avançou, superando o obstáculo lentamente, mas de modo constante, e, em seguida, Léo escorregou e caiu na lama. Depois de ver o rosto do amigo, Marcos não se segurou e riu.
Tio João foi embora. Léo e Marcos voltaram para o acampamento. Léo pensou: O acampamento nem começou, mas minha roupa já está toda suja. Vou ter que lavar isso. Ele notou meninas rindo e olhando para os "campeões em empurrar van" e ficou desanimado. Daniel conseguiu preservar sua aparência decente e se animou para montar uma barraca.
- Vamos, rapazes, vamos descobrir onde estão os outros do nosso clube e montar nossa barraca.
- Só um segundo. Vamos nos lavar, e você começa a fazer o que precisa.
Eles encontraram os outros desbravadores. Mas havia um problema: eles não sabiam montar aquela barraca. Era um modelo muito antigo, e faltavam algumas estacas. Marcos foi para as árvores mais próximas e começou a procurar por algo. Léo e Daniel sentaram-se no chão, esperando que o amigo descobrisse o que fazer.
André apareceu no horizonte.
- Aí estão vocês! E aí?
- Está tudo bem - respondeu Daniel com incerteza.
- Onde está o Marcos?
- Ali perto das árvores do rio, cortando estacas.
- Vocês precisam de ajuda?
- Não, não se preocupe. Podemos fazer isso sozinhos.
- Têm certeza?
- Sim.
- Ok. Está quase na hora do almoço; a cerimônia de abertura começará às 4 horas.
- Podemos nadar?
- Está frio agora. Só amanhã. Está na programação. Vamos nadar juntos. Não queremos acidentes, somos responsáveis por vocês.
- Entendi - disse Léo, completando em pensamento: Hora da disciplina. Aqui estamos nós!
André saiu. Marcos apareceu com uma dúzia de galhos de tamanhos diferentes.
- O que é isso? - seus amigos perguntaram.
- Boas notícias!
- Eles são muito finos - comentou Léo.
- Então vá e faça melhores!
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Meu primeiro acampamento - Maksym Krupskyl
EspiritualLéo não estava nada animado para aqueles dias no acampamento. Horário para acordar, regras para as atividades e comida bem diferente. Nada disso chamava sua atenção. O que ele não esperava é que, entre as caminhadas guiadas por bússola e as programa...