Borboletas do Arco-Íris

5. Fluttershy - Appletini

— Alô? — diz Rainbow atendendo ao telefone. — O quê?! Mas ela tá bem? Ah, ok, ok. Estou indo pra aí. Não precisa, ela tá comigo. Está bem. Tchau.

— O que houve? — pergunto preocupada.

— Se lembra de que o Big Macintosh estava levando a Applejack embora? Então, ela meio que fugiu quando ele não tava vendo, pegou o carro dele e foi pra estrada embriagada. Ela acabou batendo o carro numa guia.

— Mas ela tá bem?! — questiono assustada.

— A Pinkie disse que ela tá no hospital, mas não foi nada grave.

— Ah, que bom.

— Vamos dar uma olhada nela, pra ver se ela tá bem. — diz Rainbow se dirigindo ao quarto procurando uma roupa.

— Eu vou ver se minha roupa já secou... — digo saindo do quarto.

— Espera! — pede Rainbow me puxando pelo braço — Deve tá hiper molhada ainda. Vou ver se acho uma roupa para você.

Ela fuça em seu guarda-roupa até achar uma blusa que possa servir em mim: uma blusa larga de manga caída e um jeans claro.

— Veja se serve. — diz ela se virando para procurar uma roupa para ela.

Coloco a roupa que ela me deu e percebo que serviu perfeitamente. Viro para olha-la e ela está se trocando. Sem querer, consigo ver sua bunda quando ela tira seu short. E que bunda! Me controlo e me viro corando.

— Pronto — diz ela.

Olho para ela, que veste uma blusa branca com jeans rasgados. Ela pega sua jaqueta de couro preto e coloca. Rainbow me empresta uma sapatilha que ela ganhou de aniversário, mas não usa, e colocou seu coturno preto.

Ela pega as chaves do carro de cima da mesa e se dirige para a garagem. Eu a sigo. Rainbow abre a porta do carona para eu entrar e dá a volta para entrar pela porta do motorista.

— Você sabe dirigir? — pergunto espantada.

— Gata, temos 17 anos! Já passou da hora de você aprender também.

Ela da partida no carro e sai. A chuva não parou, mas está bem mais fina que antes, caindo apenas uma garoa. Rainbow acelera o carro.

— Rainbow! Não tá muito...?

— Que isso, gata. — diz ela me cortando — Tem coisa melhor que velocidade?

— Mas você pode bater...

— Não tem ninguém na rua essa hora, Flutter. E eu sou uma ótima motorista.

Não concordo, mas nada digo. Continuamos em silêncio até o hospital. Paramos no estacionamento e corremos para dentro. Pinkie e Rarity estão na sala de espera, impacientes.

— Aqui, Rainbow! — acena Pinkie, como se a sala de espera fosse enorme, e não desse para ver seus cabelos rosa fúcsia.

— E aí, como ela tá? — pergunta Rainbow.

— Ah, querida, foi um desastre! — choraminga Rarity — A pobre Applejack bateu na via, mas só quebrou um braço, graças a Deus. Ela está com alguns arranhões, mas vai ficar bem.

— Que ótimo — digo aliviada.

— Porque não vão visita-la agora? — Pergunta Pinkie.

— Sim, é uma ótima ideia. Vamos, Flutter.

Sigo Rainbow até a recepção para nos identificar e subimos para o andar onde Applejack estava. Rainbow entra na frente, dando batidinhas na porta. Encontramos Applejack deitada na cama. Ela sorri ao ver Rainbow.