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Quarta-feira, 14 de Setembro
7:30 da Manhã

     Filgeira teria acordado cedo aquela amanhã, deixaria a missão de arrumar o escritório para o outro dia. Sinceramente, ele não estava de bom ânimo ontem, concerteza deixaria a bagunça ainda pior.
     Passaria a manhã toda naquela sala, parecia que um furacão passou em seu escritório. Juntou papel por papel, teria que se certificar que não jogaria nada de importante fora, sendo esses relatório de sua investigação atual. O alívio tomou o seu peito ao ouvir Charlie chegar, teria uma pessoa para ajudá-lo, e pelo menos poderia desestressar a cabeça com conversas paralelas.

  — '' Você conseguiu descobrir quem fez isso, Quackity de Las Nevadas? – Slime perguntou, estaria juntando alguns papéis do chão.

  — '' Por conta daquele bilhete, eu tinha certeza que era Dream, fui diretamente conversa, com ele. – Respondeu, arrumando seus gorros na prateleira. — '' Então você me mandou aquela mensagem, eu estaria á frente dele nessa hora, então claramente era impossível ser ele.

  — '' Você já tem um novo suspeito, Quackity de Las Nevadas?

     Realmente, o detetive não se lembrava de ter colocado um segundo suspeito em seu relatório, logo sua mente trouxe a imagem dele, o cara que teria encontrado na delegacia, o pai de Fundy, qual era o nome dele mesmo? Talvez se ele estivesse prestando mais atenção nas falas do delegado, teria lembrado o seu nome.

  — '' Não, eu acho que não.

     Terminaram tudo por volta das 11 horas, não tiveram muito proveito para poder pesquisar alguma coisa. Se qqdespediu de Slime com um aceno, o observando sair pela porta principal.
     Voltaria para o escritório, agora totalmente arrumado e limpo. Possivelmente teria que falar novamente com Fundy, mas agora ele estaria em seu horário de almoço. Abriu uma gaveta de sua escrivaninha, em sua primeira vasculha pelo estabelecimento de Foolish, teria coletado um pedaço da luva que o invasor teria usado, esperaria até a hora que o delegado voltaria de sua pausa para que pudesse conversar com ele.

               .                    .                  .

     E foi exatamente isso que fez, esperou pacientemente enquanto dava uma última olhada nos papéis. Se levantou se sua poltrona, dessa vez se certificando de trancar a porta do escritório. Desceu do carro, entrando na delegacia. Seus olhos já procuravam o cabelo ruivo de Fundy, achando-o logo em seguida.

  — '' Ei, Qual era o nome do seu pai mesmo?

     O delegado travou, será que tinha deixado muito nítido que estava escondendo algo?

  — '' Ahn...Wilson, Wilson é o nome dele.

     Fundy respondeu, tentando ao máximo soar confiante e calmo. Mas o seu rosto ainda deixava escapar um pouco da aflição que sentia. Quackity o encarou, estreitando os olhos, como se tivesse analisando o delegado.

     — '' Quero conversar com ele. Chame-o, estarei esperando no interrogatório.

     Virou, de costas, caminhando em direção ao escritório de interrogatório.

  — '' Precisa ser agora..? Eles está meio ocupado, sabe.... – Tentou contorna a situação.

  — '' Agora.

     No momento que Fundy iria contradizer, Quackity já estava longe o bastante para que nem se quer pudesse ouvir. Suspirou pegando o seu celular e ligando para Wilbur em seguida.
     Quackity por outro lado, estaria fuçando toda rede social atrás de Wilson Viturino, mas nunca havia nenhum resultado, ou sendo esses de apenas pessoas chamadas Wilson ou com o sobrenome Viturino. Até que batidas foram ouvidas na porta.

  — '' Entre.

     Mandou, ouvindo a pora ser aberta, revelando Wilson, o pai de Fundy, entrando na sala. Ele estaria co—m roupas diferentes do outro dia, estava estranhamente atraente, estaria com uma blusa formal bege, um pouco larga, que mostrava seu pescoço, e uma calça preta. Se não fosse pelo outro iniciando a conversa, com certeza ainda estaria o encarando.

  — '' Por que você me chamou aqui? – o  perguntou, enquanto puxadava a cadeira para se sentar, seu semblante estaria calmo.

— '' Quero conversar algo com você. Com o que trabalha?

  — '' Sou músico.

  — '' Então porquê você usa luvas de couro? Ontem eu lhe vi com uma.

  — '' Eu tive que arrumar umas coisas no meu carro. – Wilbur respondeu a primeira coisa que pensou. Demorar falar uma resposta poderia torná-lo mais suspeito.

  — '' Você não acha estranho eu ter achado o mesmo material na cena do crime?

  — '' Sinceramente, não, muitas pessoas tem luvas parecidas com as minhas.

  — '' Por que estava cheio de poeira?

  — " Eu... eu sem querer cair no chão....?

     Quackity o olhou nos olhos, estreitando os olhos, pegando a caneta mais próxima, anotando num papel qualquer.

  — '' Algo de errado, detetive? – perguntou, devolvendo o olhar, porém com inocência. Logo deixando um sorriso de canto escapar de seus lábios.

     Filgeira não poderia negar, estava aproveitando esse momento para analisar o rosto do suspeito. Saiu de seu transe ao ouvir a possível provocação do outro.

  — '' Onde está a suas luvas?

  — '' Em meu carro. Você quer vê-la?

  — " As de para mim. – Quardou o papel em seu bolso, junto com a caneta.

  — " irei lá buscá-la. – Falou Wilson enquanto se levantava.

  — " Só me mostre o carro, deixe que eu a pegue para você. – Se levantou, saindo primeiro pela porta, esperando-o.

     Os dois caminharam lado a lado, nenhum deles teve a coragem de quebrar o silêncio. Viturino puxou as chaves do bolso, abrindo o carro, apontando diretamente para onde ficava quardado suas luvas. Filgeira logo as pegou com cuidado, colocando-as em um saco plástico, iria analisá-las com mais calma.

  — '' Era só isso mesmo, você já pode ir. – Falou, olhando diretamente para o outro, que o respondeu com um aceno positivo de cabeça. Wilbur estendeu a mão, esperando que o detetive o entregue suas chaves novamente, essas que foram jogadas com brutalidade de volta a ele.

𝙎𝙤𝙗 o 𝙨𝙚𝙪 𝙣𝙖𝙧𝙞𝙯 - TNT-DUO Onde histórias criam vida. Descubra agora