Domingo, 20 de setembro
22:58 da noite[🎲]
Wilbur olharia para Quackity com certo deboche, revirando os olhos rapidamente e cruzando os braços, seu olhar alternou para os arredores, como se estivesse se certificando que não tinha ninguém além deles dois naquele quarto.
—" Assim... eu até contaria, sabe? - Ele começaria, olhando para o lado, fugindo do olhar autoritário de Filgueira. –" Mas eu acho melhor um lugar mais privado, tipo... a minha casa.
Viturino continuaria, um sorriso travesso se formando no canto de seus labios, seu tom de voz era um de flerte, deixando confuso se ele estaria brincando ou não, mas Quackity estaria levando tudo aquilo a sério. E depois de alguns minutos pensando, o detetive cruzaria os braços, deixando um suspiro escapar.
—"Sua casa? Você provavelmente deve ter chamado seus amiguinhos e planejado uma emboscada.
Filgueira teria um tom neutro, como se realmente estivesse falando sério, o que não surpreendeu o bandido, ele já sabia que Quackity iria apenas recusar. Wilbur arregalaria os olhos em resposta, não iria admitir que era verdade, então sem reclamar, iria estender as duas mãos para que ele pudesse o algemar.
—" Calma, vida. Você não acha que apertou de mais?
O bandido continuaria usando seu tom sugestivo, o sorriso ainda estampado no canto de sua boca, estaria escondendo o nervosismo, afinal, estaria curioso se eles realmente iriam ter um caso. Quackity não responderia, apenas o olharia com o cenho franzido, o puxando para fora do quarto, em direção ao seu carro, jogando Wilbur no banco do passageiro.
—" Mas como você sabe onde eu moro?
—" Eh.... eu arrombei a sua casa.
—" Oque?
O bandido perguntaria, o cenho parcialmente franzindo enquanto olhava para Filgueira, ainda em choque, sua casa foi tão cara, não era mais fácil ter quebrado só uma janela? O detetive não respondeu, apenas continuaria a dirigir, deixando o viturino mais nervosos do que já estava, engolindo a seco, olhando para janela do carro, se perguntando silenciosamente em como Quackity sabia onde era sua casa. Provavelmente pelo motivo do detetive ter invadido a residência a poucas horas atrás.
O interior do carro era silencioso, apenas o baixo som do rádio poderia ser ouvido, então como uma forma de quebrar o gelo, Wilbur se viraria para o outro.—" A gente pode parar para comer algo? Eu estou com fome...
Ele murmuraria em um tom baixo, olhando para Quackity com os olhos caidos, claramente fazendo uma expressão 'pidona', usando a beleza ao seu favor. Um suspiro em resposta sairia do moreno, o cenho se franzindo enquanto apertava o volante do carro, olhando de rabo de olho para o bandido, sua tática teria funciona.
Filgueira entraria no primeiro drive tru de fast food que iria ver na estrada, pedia, esperava e pega o pacote com o hambúrguer com uma caranca do rosto, talvez teria sido melhor deixar ele desacordado ou tranca-lo no porta malas.—" Não me perturbe mais.
Viturino piscaria, agradecendo e concordando com um aceno de cabeça, inquieto como era, não iria comer em silêncio e muito menos quieto, propositalmente fazendo barulhos altos de mastigação e com bolhas no refrigerante com o canudo. Em nenhum momento olhando para Quackity, se fazendo de desentendido.
E depois de algum minutos, Wilbur iria apenas ouvir o detetive limpar a garganta, uma forma funcional de chamar a atenção do outro. O bandido não se importou muito, e continuou com os barulhos irritantes, esse seria seu primeiro aviso para calar a boca.—" Porfavor, faça silêncio.
Filgueira falaria com um tom neutro e um sorriso forçado, seria a segundo vez pedindo silêncio para Wilbur, mas mesmo assim ele pareceu não se importar e não obedeceu. Deixando Quackity mais irritado, o gatilho seria quando o bandido iria novamente fazer bolhas no refrigerante, dessa vez, irritantemente mais alto. O detetive iria estendendo a mão, pegando o canudo com força, o esmagando, possuindo um claro semblante irritado e estressado, não estava mais suportando as brincadeirinhas bobas do outro.
—" O que foi?
Wilbur perguntaria com um tom de voz inocente, virando a cabeça sutilmente para o lado, se fazendo de desentendido novamente.
—" Da' pra você calar a porra da boca?
Quackity responderia logo em seguida, possuindo um tom agressivo na voz, virando a cabeça para olhar para Wilbur, esse que cruzaria os braços de uma forma debochada.
—" Vem calar.
[💬]
E com isso, Filgueira viraria brutalmente o carro para o lado, parando o carro no acostamento da rodovia, Viturino achou que iria apenas receber um soco, então fechou fortemente os olhos e antes mesmo que pudesse falar que era brincadeira, iria sentir seu estômago cair ao perceber os lábios do detetive entrando em contato com os seus. Ele arregalaria os olhos, ficando em choque por alguns segundo, mas lentamente começando a seguir o ritmo, um suspiro saindo de seu nariz enquanto relaxava o corpo, os olhos ficando semicerrafos.
Wilbur tinha as mãos em punho, não sabendo se tinha permissão ou consentimento para colocá-las em outro local, na verdade, ele estava algemado, então não tinha muito como mover as mãos. Ele iria tomar coragem e lamber sutilmente o canto dos lábios do outro, um ato silencioso, tentando descobrir se tinha permissão para ir além. Sua boca tinha gosto de carne e refrigerante, afinal, teria acabado de comer e o gosto do hambúrguer permanecia em sua boca, mas Quackity não pareceu ligar muito para esse fato.
O detetive não deixou claro se tinha dado a permissão ou não, mas, para terminar o beijo, ele iria morder o canto dos lábios de Viturino, os puxando gentilmente, apenas para receber um pequeno e quase inaudível gemido como resposta.—" Injusto.
Essa seria a única coisa que ele falaria após eles soltarem do beijo, ainda em um estado de choque, achava que beijá-lo seria a última coisa que aquele detetive faria, e estava enganado, afinal, Quackity tinha uma certa queda por caras mais velhos. Aquela forma de "cala a boca" tinha funcionado, o bandido ficaria o resto da viagem calado, de cabeça baixa, e comendo silenciosamente. Filgueira, por outro lado, parecia feliz, tanto pelo fato dele ter finalmente calado a boca, quanto pelo fato de tê-lo beijado. Finalmente começando a dirigir até o local onde Filgueira teria escolhido, que no caso seria uma boate.
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𝙎𝙤𝙗 o 𝙨𝙚𝙪 𝙣𝙖𝙧𝙞𝙯 - TNT-DUO
FanfictionQuackity Filgueira, um detetive rude foi convocado para uma investigação na loja de seu amigo mercenário, Foolish Fontes, que havia sido roubada a uns dias atrás. Wilbur Viturino, um ladrão esperto, que em seus roubos, nunca deixou rastros, acaba po...