A Caçada: Banho de Sangue

Capítulo 5 - Quem é mais forte.

" Querido Diário

Este já é o 5° dia que estamos a andar, às vezes eu e Sarah paramos para comer e descansar um pouco, mas logo voltamos a andar. Ultimamente temos encontrado alguns vampiros, mas isso já era de se esperar. Passamos despercebidas por alguns, já que Sarah podia conversar com eles, mas outros eram mais inteligentes e logo sentiam meu cheiro apesar de tentar disfarçar, esses nós tínhamos que matar.

Me surpreendeu o fato de Sarah não se sentir mal após matar alguns deles, acredito que seu lado vampiro afete um pouco, então não sente tanto remorso, mas por conta disso, tenho medo que isso acabe afetando ela mais do que parece, por tanto, normalmente sou eu que acabo com a vida deles. Não me orgulho muito disso, mas conforme os dias passavam, acabei me acostumando.

Acredito que daqui a alguns dias, estaremos perto da metade do caminho, então não podemos parar agora. Irei continuar a escrever mais quando fizermos avanço, enquanto isso, apenas vou atualizar meu ranking de mortes. Sarah está perto de mim, mas eu sou muito melhor, se bem que não deveria me gabar disso.

Quando tiver atualizações, vou escrever, agora por enquanto é só isso.

Att.: Abby Carvalho"

As garotas estavam descansando um pouco após longos dias andando, Sarah estava a beber um pouco de sangue para não ficar com fome mais tarde, algo que era até fácil de encontrar por lá, já que sangue era muito comum de se encontrar por aqueles lados. Abby limpava sua faca enquanto Sarah se alimentava, mesmo que tivessem que lutar contra os vampiros e quase sempre ficavam sujas, ela ainda se preocupava de manter suas armas limpas, claro que se fosse no início, Abby nem se quer iria querer ver sangue, mas de uns tempos até lá, já tivera se acostumado com aquilo tudo.

Após terminarem, a jovem se levantou e logo chamou a irmã, limpando o canto de sua boca que estava suja e então cobrindo o rosto da pequena para as duas voltarem com sua caminhada incessante.

As duas começaram a conversar enquanto andavam, já que andar longas horas diante de um silêncio era muito entediante.

— Abby.

— Sim?

— Em quanto tempo você acha que vamos chegar?

— Se diminuirmos as paradas que fazemos, talvez só mais alguns dias.– a jovem estendeu a mão fazendo carinho na cabeça da menor.

— Eu quero logo chegar, assim o papai e a mamãe vão voltar ao normal mais rápido.

— Não se preocupe Sarah, logo tudo voltará ao normal.

As duas continuaram a seguir seu caminho enquanto relembravam de suas memórias, rindo das histórias que cada uma passou e sentindo seus corações ficarem quentes com isso. Era de fato bom para as duas, já que se distrair um pouco agora não seria tão ruim, até porque estavam seguras e o lugar ainda estava vazio, ou estaria se não fosse pelo sons que começaram a ouvir, fazendo ambas pararem de rir e ficarem quietas.

— Sarah, vai olhar lá rapidinho.

— Ok.

A pequena foi ver, rapidamente voltando e contando para a irmã o que havia lá. De acordo com a pequena, aquela parte da cidade tinha mais vampiros, como se fossem famílias assim como os humanos, Abby com certeza ficou chocada, mas mesmo que soubesse que daquele lado realmente teriam mais vampiros, não podia negar que sentiu um frio na barriga.

Naquele momento, a jovem começou a pensar no que ambas deveriam fazer, claro que Sarah passaria despercebido, mas se um deles sentisse a presença de Abby e soubesse que ela não era um deles, com certeza as duas iriam acabar tendo o seu fim, no entanto, poderia ser útil, já que Sarah poderia falar com um deles e conseguir alguma informação sobre a cura e onde se localizava, já que os vampiros poderiam muito bem ter escondido a mesma, pelo menos era o que ela esperava, pois pensar que eles destruíram a cura, era a pior coisa para ela.