Capítulo 6 - Detesto pessoas

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— Não.– o vampiro falou sério.

— Como assim, não?

— Não sei se você percebeu, mas a gente acabou de se conhecer, você tentou me matar e agora que sabe quem eu sou, está me perguntando se posso te ajudar? Então não.

— Mas você me deve, até porque também tentou me matar.

— Nós já estamos quites, eu não te devo nada. Na verdade, seria mais fácil se você só morresse logo.

— Olha aqui! Eu não vim pra cá e matei vários vampiros a toa, eu preciso de ajuda e você vai me ajudar, se não acabo com sua vida agora mesmo.

— Então pode me matar.

— Seu...‒ Abby falou irritada.

Não podia negar que a personalidade da jovem era forte, mas mesmo que ela provavelmente estivesse falando a verdade, Draven ainda iria negar qualquer coisa. A jovem irritada mas ainda ciente da situação, resolveu apenas respirar fundo e se sentar na cama, deixando o vampiro curioso com sua atitude repentina.

— Desistiu?

— Não, mas estava pensando... você é diferente dos outros, é bem conciênte e mesmo que tenha tentado me matar, você ainda não é do tipo louco por sangue como os outros.

— Nossa, como chegou a esse ponto?‒ ele falou irônico.

— Sou perceptiva. O que aconteceu com você?

— Não é da sua conta.

— Olha, se você não vai me ajudar, pelo menos fale sobre você. Por favor?‒ ela falou juntando as mãos e fazendo bico.

— Tsc.

O vampiro se sentou na cama também, e logo a jovem se virou para o mesmo, seu corpo grande poderia facilmente ocupar toda a cama de casal, mas devido a presença da garota, ele se contentou em ficar sentado em uma parte apenas. Não era de se surpreender que provavelmente a história iria começar com o surto e tudo mais, mas na verdade a história do grande vampiro começava bem antes daquilo tudo.

Nesse caso, vamos voltar no tempo para relembrar a história dele, assim será mais fácil de entender.

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Era uma madrugada como todas as outras, mas em uma cidade distante, na sala de cirurgia, uma mulher estava se esforçando e sofrendo para dar a luz ao seu bebe, de fato, mesmo com a dor absurda que sentia, não podia negar que estava muito feliz pelo nascimento do pequeno, havia esperado meses para isso e agora seria a hora de finalmente segurar seu pequeno bebe em seus braços. As enfermeiras ajudavam a mulher enquanto o doutor dava as intrusões, a mulher fazia força para empurrar o bebe e a cada esforço, parecia que nada daria certo, mas de fato, após horas, o bebe finalmente nasceu, e no momento em que nasceu, uma das janelas abriu de repente e soprou um ar gélido, as enfermeiras correram e fecharam a janela e logo se aproximaram para ver o bebe.

— É um menino.

O doutor pronunciou as palavras, mas estranhamente, o bebe não chorou como o esperado, todos acharam então que estivesse morto, mas não era isso, ele respirava, o médico sentiu a respiração do pequeno. Sem pensar muito mais, enrolaram o pequeno e deram para sua mãe, ela estava fraca mas mesmo assim ergueu seus braços e pegou seu bebe no colo, passando um dos dedos devagar e gentilmente pelo pouco cabelo que havia em sua cabeça, ele era lindo, apesar de não ter chorado e estar bem quieto, o nenem abriu os olhos revelando duas pequenas orbes verdes, que encantaram a sua mãe, pois não esperava que o neném nascesse com aquela cor de olhos, até porque, sua mãe era branca, tão branca como a neve que se viam em filmes, com olhos cor de mel e cabelos ruivos como as folhas do outono.

A Caçada: Banho de SangueOnde histórias criam vida. Descubra agora