23 | Jogo

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— Você a levou junto com você para o Racha? – Bill abre fortemente a porta do escritório espumando de raiva

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— Você a levou junto com você para o Racha? – Bill abre fortemente a porta do escritório espumando de raiva.

Nossos encontros sempre serão no escritório?.

Larguei a caneta que está em minha mão e levantei meu rosto para encara-lo com o meu olhar mais cínico possível.

— Sim – Respondo simples – Algum problema? – Arqueio uma sobrancelha o dando um sorriso sugestivo – Ela estava linda – Digo para provoca-lo.

— Então é isso, vai querer disputar ela comigo? – Ele diz nervoso e solta uma risada nasalada parecendo se segurar para não surtar.

— Não me sinto em uma disputa – Digo me encostando na cadeira e cruzando os braços – Para ser uma disputa, o meu adversário deveria estar ao menos jogando.

— Você ficou com ela? – Ele pergunta.

— Não, irmão – Minto dando um sorriso ladino, mas ele não pareceu acreditar. Na realidade, eu não ligo. Estou apenas fazendo ele achar que tem alguma chance.

— Eu estava tentando respeitar o tempo dela, ela superar os traumas dela e se acostumar com a gente. Mas pelo jeito, eu estava apenas deixando a passagem aberta para você – Ele diz me encarando com um semblante de total ódio – Eu te pedi, como amigo, que você deixasse eu ficar com ela. Mas você sempre tem que roubar tudo que é meu, não é?.

Agora o assunto não é mais sobre apenas Layla, ele está falando dela.

— Não compare Layla com ela – Aponto em sua direção – Pare de agir como se gostasse de Layla, nós dois aqui sabemos o que você realmente quer com ela – Ignoro seu comentário anterior – Você quer se aproveitar dos traumas dela, sabe que ela tem raiva em suas veias e o quanto isso pode ser poderoso. 

— Você deveria estar pensando na gangue, assim como eu. Em como ter uma mulher forte como ela pode nos ajudar com algumas missões – Bill diz cruzando os braços – Eu vejo nos olhos dela uma fera que podemos despertar.

— Mulheres só servem para o nosso prazer – Pontuo – Na gangue, só causam problemas com seus dramas.

— Você não pensava assim.

— E Layla ser sua, o que isso teria haver com a gangue? – Indago acendendo um cigarro.

— Porque eu a quero, Tom. Eu tenho tudo o que eu sempre quero. – Bill diz dando um sorriso diabólico – Eu quero que enquanto ela esteja em baixo desse teto, ela seja minha. Quero que ela esteja ali sempre que eu precise me aliviar.

— Então você quer usa-la? – Pergunto arqueando uma sobrancelha com o seu comentário – Quer meter uma garota na gangue e usa-la como objeto sexual?.

— Não será objeto sexual se ela também estiver gostando – Ele diz como se isso aliviasse suas falas anteriores – Vocês também vão poder tirar uma casquinha dela, porém o meu pedido é que eu seja o primeiro. Por que é tão difícil para você esperar? – Ele diz me olhando tragar o cigarro – Você acha que eu vou desistir dela com essa sua cara demonstrando que você também a quer, mas só deixa isso mais divertido. Dessa vez, você não vai ganhar.

— Eu não a quero – Digo e solto uma risada nasalada enquanto levo meu cigarro novamente até  meus lábios – Mas você está começando a me deixar intrigado – Pisco para o meu irmão gêmeo.

Acho que Bill está louco da cabeça, tudo isso é rancor de acontecimentos do passado. Eu achei que ele já tinha superado.

— Não vou ficar disputando com você apenas para ser o primeiro a tocar em Layla – Informo.

Até porque eu já toquei.

Bill quer por Layla na gangue para usa-la em nossas missões como armadilha para homens tarados, eles nunca suspeitam de uma mulher gostosa com um belo par de pernas e de bônus a quer aqui dentro por prazer sexual, ele quer que ela seja a marmita da gangue como a anterior anos atrás foi.

Mas pelo pouco que conheço Layla Klein, sei que esse tipo de ousadia não combina com ela. Então Bill quer ser o primeiro, ele quer que se ela for ficar apenas com um, seja o qual ela se sentiu confortável primeiro. O pensamento do meu irmão é inteligente, mas eu pensei antes dele.

Layla Klein já é minha, com isso, Bill nunca vai toca-la. Mas admiro sua persistência.

Eu não costumo a tornar mulheres como minhas, até porque não quero vadia nenhuma presa a mim. Nunca transei com a mesma mulher mais de uma vez, depois da primeira foda as outras são como reprises das anteriores. Como comer todo os dias o mesmo pedaço de bolo velho. Eu gosto apenas da sensação da primeira vez.

Nunca me apeguei a nenhuma vadia, e nem me vejo dessa forma. Nunca me apaixonei por alguém. Na realidade, eu amo todas as mulheres se for para falar sobre desejar algo. O único amor que eu acredito é de apenas uma noite, o momento em que estou dentro daquela mulher pela primeira vez, depois disso, o desejo acaba, o amor acaba também.

Sempre apenas uma vez, nem tem necessidade de mais vezes se tem outro novo sabor de bolo esperando para ser comido por mim.

Eu admiro a forma como estou conseguindo me segurar e ainda não fodi Layla de todas as formas que minha mente conturbada consegue imaginar. Nunca precisei enrolar tanto para comer alguém. Mas essa garota torna a situação diferente, eu gosto de brincar com ela, gosto de ver como ela fica com o meu toque, gosto de ver ela tremendo em meus dedos enquanto os meus pressionam seu clítoris. É como se ela nunca tivesse sido tocada da maneira certa antes. Não quero acabar com isso, pois quando eu finalmente foder essa garota, acabou. 

Mas enquanto essa garota estiver no meu radar, ela será minha. É como se eu estivesse experimentando a cobertura do bolo antes de come-lo por completo. E Klein parece ter um gosto tão saboroso, não quero perder isso ainda.

E ela está morando em minha casa, não tem como perde-la de vista. Só não sei mais quanto tempo vou aguentar, esse desejo está me sufocando. Também não quero ir com pressa, não quero depois ter ela se arrastando atrás de mim por essa casa sem eu querer mais ela. Esse jogo é melhor para os dois dessa forma.

E Bill, está apenas sonhando em pensar que vai tê-la. Com certeza aquela garota ao qual dorme no quarto ao lado do meu, sonha todos os dias com os nossos corpos juntos. E minhas investidas, só irão aumentar o desejo dela por mim, ela vai querer apenas eu enquanto isso acontecer.

— Não vamos brigar por mulher, certo? – Bill diz se virando para por a mão na porta – Você nunca precisou disso – Olha para mim – Não vai ser uma garota filhinha de papai de 19 anos que vai atrair tanto sua atenção, né?.

— Atraiu a sua – Digo apagando o meu cigarro no cinzeiro.

— É apenas uma oportunidade – Ele diz me olhando com seus olhos escuros e sai do escritório.

Por que eu quero tanto jogar o jogo dele? Ou será que é meu?.








notas da autora

Admito que amo escrever pov do Tom, é muito bom escrever a forma como ele pensa.

Será que sai mais um hoje?.

Será que sai mais um hoje?

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FAVORITE CRIMEOnde histórias criam vida. Descubra agora