SALT AND THE SEA | TAYLOR SWIFT X OC | BOOK II

won't stop running 'til we reach the sun

Na manhã anterior à hora de pegar a estrada para Ancara, Jamie encontrou Ayse sentada em um colchão fino enquanto ela brincava com um pequeno polvo de pelúcia em tom laranja, seus olhos observando curiosamente enquanto a mais velha se abaixava para se sentar com ela no colchão apoiado no chão.

Jamie ofereceu-lhe um sorriso gentil e recebeu outro em troca. Os olhos de Ayse encontraram os de Jamie, um brilho de curiosidade em sua inocência. Ela acenou com a cabeça, um pequeno gesto, e então apontou para o bichinho de pelúcia que estava segurando, como se perguntasse se Jamie queria segurá-lo e depois brincar com ele. A mais velha acenou de volta em concordância.

Elas não eram as únicas ali. A pequena tenda talvez estivesse mais lotada do que em uma situação normal. Onze pessoas ao todo. Com tapetes no chão, quatro ou cinco colchões, uma pilha de roupas e mais tecidos pendurados em um varal improvisado. Ainda havia restos do café da manhã, bem no canto, em uma mesinha, com alguns copos e o que pareciam alguns pedaços partidos de simit - um pão que lembrava um bagel.

Em inglês quebrado e gestos com as mãos, duas das mulheres ali conversaram com Jamie, tentando se comunicar da melhor maneira possível. Com Ayse ao seu lado, a garotinha logo pareceu realmente resolvida, e entrando em um mundinho só dela, achou divertido brincar com a mão de Jamie, parecendo muito concentrada na pulseira de contas que a inglesa havia ganhado de Leo, filho de Birdie. A criança de cinco anos deu a Taylor uma muito parecida, com letras pequenas que diziam "Auntie T", a de Jamie tinha quase a mesma escrita - "Auntie J".

Com a cadência de sua voz lenta, para ser compreendida, Jamie manteve o assunto vivo e foi aí que pôde ouvir mais sobre o que havia acontecido com Ayse. Ela ficou presa sob os destroços por quase 50 horas antes de ser finalmente resgatada. Ela estava com a mãe e parecia um milagre não ter tido o mesmo destino da mulher mais velha. Ela parecia tão bem quanto podia, dadas as circunstâncias.

Quando Jamie saiu da barraca, depois de tirar uma foto muito fofa de Ayse, ela a enviou a Taylor com uma legenda como: "os olhos são mais ou menos os mesmos". Taylor não pôde deixar de concordar, o tom azul era de fato o mesmo, e parecia especialmente próximo dela em contraste com os cachos mais claros da garota. Havia uma filmagem de Taylor quando bebê, segurando um telefone e falando animadamente sobre qualquer coisa, uma filmagem que Jamie havia visto mil vezes, e olhar para Ayse era quase como olhar para a mesma garotinha naquela fita antiga.

Jamie se viu algum tempo depois se aproximando de Cenric, logo à frente, conversando com alguns outros voluntários. Ele virou o rosto assim que percebeu a garota caminhando em sua direção e sorriu suavemente, comentando o que havia dito segundos antes. Ele a avisou que sairiam de lá e seguiriam para Ancara um pouco mais cedo do que o esperado, pois as vans retornariam à cidade durante a noite, o que lhes daria a oportunidade de voltar a Londres na manhã daquele dia 23.

Em uma manhã passada entre um espaço e outro, Jamie acabou encontrando seu lugar trabalhando ativamente em um galpão próximo à região afetada. Com mais centenas de voluntários para ajudar, ela auxiliou aqueles que descarregavam suprimentos de socorro a contá-los e colocá-los em seus slots de distribuição nos armazéns.

Quando chegou a hora do almoço, Jamie aproveitou para ligar para Taylor. Ao contrário do dia anterior, ela atendeu antes mesmo do segundo toque, e então sua imagem apareceu na tela. Ela estava do lado de fora, aproveitando o fato de que o sol estava brilhando, caminhando de volta para a casa principal, a caminho da Gatehouse.

— Blake, Ryan e as crianças partiram esta manhã — comentou Taylor. Eles ainda estavam lá, mas com o Natal se aproximando, eles seguiram para Bedford, Nova York, onde passariam a data com a família de Blake, a mãe e os irmãos de Ryan — Ryan disse que espera você em Wrexham em duas ou três semanas.