Quando o Lilás encontrou o Rosa

Encontro

NOTAS DA AUTORA:

Boa noite :)

Capítulo postado!

"Eu sei que você deve ter gosto de doce"

Clairo

GRACIE P.O.V

— Nós deveríamos marcar algo pra fazer esse final de semana — disse Conan.

É uma boa ideia. Nós nunca saímos os quatro juntos, sei lá, para o shopping ou um clube.

— É aniversário da minha prima mais nova — respondeu Sabrina —, deixa pra próxima.

— Você nunca pode sair — falou Conan, revirando os olhos.
— Você sempre chama nos dias que eu vou fazer alguma coisa!

— Então vamos nós três — ele olhou para mim e para Olivia —, não é?

Assenti e Liv também.

— Ótimo. Agora é só respirar — ele bufou — e iniciar o dia.

Ouvimos passos rápidos saindo da sala e me assustei quando nós quase nos esbarramos. Eram Sophia, Beatrice e Marie.

— Não entrem na sala. Chamem a coordenadora. — falou Bea.

Eu e meus amigos nos entreolhamos sem entender.

— Por que? — perguntou Sabrina.
— Só não entrem. É melhor chamar a coordenadora. Você já tem problemas demais. — falou Beatrice olhando Olivia.

Ah, não.

Olivia franziu a sobrancelha sem entender, quase passou na frente mas Conan segurou ela pela mochila.

— Me solta — disse ela em um tom sério.

— Chamem logo — agora foi Marie quem falou.

Sabrina foi na frente, em direção a coordenação. Olhei para o lado e não vi mais Olivia, pedi espaço às meninas para passar e entrei na sala. Minha amiga estava parada vendo alguma coisa na lousa. Os outros alunos estavam quietos.

"OLIVIA É BURRA. E BARRAQUEIRA"

As letras enormes estavam escritas com um piloto preto. Fui até Olivia tocando seu braço, ela tinha o olhar de raiva.

— Espera Sabrina chegar com a coordenadora.

Ela negou com a cabeça e se voltou para olhar a turma.

— Que porra é essa? Quem fez isso? — a voz de Liv estava firme.

Ninguém respondeu. Ela olhou Theo, que desviou o olhar.

— Não fui eu! Cheguei aqui tem pouco tempo!

Pensei em quem poderia ter feito isso. Não foi Theo, nem McConnell. A última vez que discuti com alguém foi com Diana, no final da aula de inglês. Mas ela não parece alguém que faria algo assim.

Olivia encarou o canto da sala, onde Diana ficava.

Ela nem sequer olhava para frente. Nem para a lousa, nem para mim ou Olivia. Ela estava usando os fones de ouvido e mexendo no celular.

Olivia foi até a mesa dela mas consegui passar na frente.

— Foi você? — perguntei e ela tirou os fones me encarando.

— Você acha que fui eu? Tenho coisa muito mais importante pra fazer, do que ficar escrevendo na lousa sobre sua amiga. Me poupe! — ela riu com deboche — Além do mais, pode ter sido qualquer pessoa.