Coração Rebelde

168 11 10
                                    

NOTAS DA AUTORA:

Boa noite!

Capítulo postado :)

(Obs: Escutem a música "Unruly Heart" do filme THE PROM. Eu vou deixar um * na parte que for começar. E eu alterei algumas partes da tradução!)

"Ninguém lá fora deve definir a vida que devo levar com esse meu rebelde coração"

Jo Ellen Pellman


OLIVIA P.O.V

Sexta-feira, primeiro dia de agosto. Cheguei em casa da aula e me enfiei no quarto porque hoje eu tomei uma decisão. Vou falar para meus pais que eu sou lésbica.

Nellie está deitada aqui na minha cama e fecha os olhos quando faço cafuné em sua cabeça, quando tiro a mão ela me dá cabeçada pedindo mais.

Eu não falei nada ainda a meus amigos, nem Gracie que decidi fazer isso hoje. Mas Gracie percebeu meu nervosismo durante o dia e parecia ler meu comportamento, sei que ela é observadora. Deve ter percebido que eu estava nervosa. Ainda estou pensando em ontem, quando estávamos na sala de aula, não sei se é paranoia, mas senti que ela queria me dizer alguma coisa.

Acho... que vou esperar até umas 17:00. Tirei o forro de cima da cama e deitei a cabeça no travesseiro, Nellie se enfiou debaixo do cobertor. Tentei pegar no sono.

13:51, nada.
14:30, nada.
15:03, senti o sono chegando e capotei.

Acordei com minha cachorrinha mordendo meu dedo, pisquei e vi o céu do outro lado da janela. Estiquei o braço e peguei o celular debaixo de mim. 17:01.

— Na hora certa — murmurei.

Olhei a porta do quarto e fiquei pensando que assim que eu chamar eles, não sei o que vai acontecer depois da conversa. Meu coração estava batendo normal, sem estar acelerado. Foi bom ter cochilado.

Passei pela porta e Nellie vinha atrás de mim, desci as escadas e eles estavam no sofá. Meu pai assistindo filme, sentado e minha mãe deitada com a perna em cima dele, mexendo no celular.

— Oi. Eu quero... conversar com vocês.

Se antes eu disse que não estava nervosa, agora estou. E meu coração voltou a bater rápido. Meu pai me olhou de lado e percebeu que eu estava preocupada com algo, ele tirou o óculos e me encarou com atenção.

Minha mãe abaixou o celular e me olhou séria, com o óculos na ponta do nariz, eu acharia a cena engraçada se estivesse em outra situação que não fosse essa agora.

— Aconteceu alguma coisa? — perguntou meu pai, sério.

Dei de ombros e arqueei a sobrancelha rápido. Eu ri de nervoso, baixinho.

— É... — gesticulei com as mãos tentando explicar — É. Aconteceu.

— Olivia?
— Oi.

Quando olhei assim que ele chamou, percebi que antes eu olhava para baixo. Senti meu olhar tenso e provavelmente minhas expressões também mostraram isso.

— Quero conversar — falei, quase gaguejando — Lá em cima.

Não olhei para trás, adiantei os passos e subi a escada. Ouvi o barulho das patinhas de Nellie subindo a escada. Entrei no quarto e respirei fundo. Sentei na cama e encostei na parede.

Quando o Lilás encontrou o RosaOnde histórias criam vida. Descubra agora