Quando o Lilás encontrou o Rosa

Le Petit

NOTAS DA AUTORA:

Boa tarde!!!

Capítulo postado :)

"Para sempre é composto de agoras"

Emily Dickinson.

O

LIVIA P.O.V

— Restaurante chique?
— Não tenho dinheiro.

Perguntava Conan girando na cadeira com um caderninho na mão enquanto eu ia respondendo, deitada na cama.

— Eu dei  a opção do jantar ser lá em casa mas você não quis...
— Não é que eu não quero. É que vai ficar muito estranho, eu pedir ela em namoro na sua casa e fazer a cozinha de restaurante. — falei levantando um pouquinho a cabeça para responder.

Ele marcou um "x" na opção e continuou pensando.

— Um piquenique?

Não era uma péssima ideia. Eu ainda acho que Gracie preferia isso, mas quero pensar em algo que eu e ela goste.

Sabrina abriu a porta do meu quarto com Nellie no colo.

— Ah, olha, ela gosta de você.

Nellie balançou o rabinho quando me viu mas não saiu do braço dela.

— É — respondeu minha amiga, se sentando numa cadeira perto da janela.

— Hmmm... eu não sei mais o que colocar — falou Conan olhando do papel para mim.

Me sentei na cama e fiquei pensando se isso daria certo. Se esse esforço daria certo. Não em relação à Gracie, sei que vale a pena fazer qualquer esforço por ela, porque eu amo ela, mas nem sei se ela vai aceitar o pedido de namoro.

— O que foi? — perguntou Sabrina e olhei ela rápido, desviando o olhar.

— Liv, volta.

Pisquei quando ouvi a voz de Conan. Senti a realidade voltando. Respirei fundo.

— Tenta não pensar muito nisso, vo...
— Conan, é amanhã.
— Você precisa deixar fluir naturalmente! Digo, eu sei como é isso, quando você pensa muito em uma coisa que ainda vai acontecer, você começa a planejar até o que vai falar, como vai agir. Esses momentos precisam ser espontâneoos e eu sei que é isso que você quer.

— Você tá parecendo minha psicóloga — disse Sabrina.

Conan se virou sério respondendo:
— Eu tô falando como um amigo. O que eu acho que seria melhor. É isso.

Ele me olhou e eu assenti com a cabeça.

— Não tô te pressionando a nada. Mas se você quer ser uma espontânea apaixonada, tenta não pensar muito nisso.
— Certo. Acho que decidi onde vai ser.

Os dois se entreolharam e voltaram o olhar para mim com atenção.

— Tem um restaurante que eu conheço, mas preciso que vocês procurem o nome na internet, ou no instagram, peguem o número e entrem em contato para fazer a reserva.

— Que horário?

Se é um jantar...

— Às 21:00? — perguntei.
— Não tá muito tarde? — indagou Sabrina.
— Eu não sei, pensei que seria uma boa hora.
— Então coloca.

Conan arrancou uma folha, fez uma bolinha e jogou no chão. Começou a anotar.

— 21:00? — perguntou ele.
— É.
— Ok. Qual o nome do restaurante?
— Le Petit.