Reconhecimento

203 17 2
                                    

NOTAS DA AUTORA:

Boa tarde!

Capítulo postado!

"A maior recompensa para o trabalho do homem não é o que ele ganha com isso, mas o que ele se torna com isso."

John Ruskin

OLIVIA P.O.V

Logo depois que o ensaio acabou fui falar com Gracie. Desde que Beatrice disse que precisaríamos escrever uma música individual, Gracie ficou tensa. Eu sabia disso e achava que ela também já estava sabendo antes, mas pela reação dela, não.

— Quer ajuda na composição? — perguntei.
— Claro que eu quero.
— E você é boa com palavras. Vai ser como escrever uma poesia — falei, sorrindo entre os lábios.

— Mas não tenho essa habilidade com música.
— Por isso eu vou te ajudar, Grace.

Meus amigos conversavam logo atrás da gente. Parei para encher meu copo com água e fomos direto para o estacionamento da escola, Conan tinha deixado lá o carro.

— Eu posso não ser boa em matemática ou química, mas você sabe que eu sou ótima música.

Ela pegou na minha mão discretamente e me puxou para perto. Fico feliz com essas demonstrações de carinho com toque físico mesmo sabendo que ela não gosta mas faz porquê sabe que é minha linguagem de amor.

Fomos o caminho inteiro ouvindo música no fone. Meu amigo deixou Sa primeiro em casa, depois Gracie. Recebi um beijinho na testa de despedida, o qual fiquei sorrindo o caminho inteiro toda vez que lembrava.

De noite fiquei conversando no grupo com meus amigos e com Gracie. Naquele dia eu vi a mensagem:

"esqueci de sair do grupo 😅
desculpe"

"Joshua saiu do grupo"

Tinha esquecido que ele ainda estava nesse grupo.

conan: será que ele leu nossas conversas anteriores?

sabrina: meu deus e vc estava falando que eric era gostoso e sei lá mais o quê 💀

conan: jesus, é o fim da picada

Desliguei o celular e fui jantar, tomei um banho rápido fui dormir logo em seguida.

Quinta-feira.

Eu esperava tudo menos outra lista de atividades. Quis chorar, espernear, igual uma criança de 6 anos. Fiquei parada, olhando um ponto fixo dentro da sala de aula.

— É sério, dá um tempo com essa cara — disse Conan.

— Nem deve ser tantas questões. Tenta ficar de boa. — respondeu Sabrina.

Não respondi. Continuei olhando um único lugar. Simplesmente não acredito e não aceito fazer uma outra lista de atividades que vai acabar com a minha cabeça e perder os únicos neurônios que ainda me restam. Eu não vou me submeter a isso de novo. Não vou.

— Você vai ficar assim? É sério? — vi no canto do olho o rosto de Conan franzido — Não é como se você fosse morrer. Digo, a gente morrer. Eu também não quero fazer mas o que podemos fazer? Nada. É isso aí.

Quando o Lilás encontrou o RosaOnde histórias criam vida. Descubra agora