amaríneo

3 0 0
                                    

Brindo com doses diárias

Ao meu declinio, solidão, fragmento

Brindo com o veneno amargo

Que escorre por meus lábios

Em cada resposta áspera que não consigo conter


Às vezes tenho essa sensação de que tudo em mim é amargo

Me pergunto se há espaço para algo além da raiva

Que administra cada parte de mim

Mas que não ouso soltar

Talvez se eu fingir, ela deixe de existir


A compressão de que essa raiva herdada talvez nunca vá embora

É o que me mata a cada manhã

Bilhetes EsquecidosOnde histórias criam vida. Descubra agora