Brindo com doses diárias
Ao meu declinio, solidão, fragmento
Brindo com o veneno amargo
Que escorre por meus lábios
Em cada resposta áspera que não consigo conter
Às vezes tenho essa sensação de que tudo em mim é amargo
Me pergunto se há espaço para algo além da raiva
Que administra cada parte de mim
Mas que não ouso soltar
Talvez se eu fingir, ela deixe de existir
A compressão de que essa raiva herdada talvez nunca vá embora
É o que me mata a cada manhã
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Bilhetes Esquecidos
Poésiebilhetes que escrevi nas minhas noites acordada, destinados a ninguém em especial