Porta trancada

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Ele me pediu desculpas por ter segurado meu braço tão forte.

Ele então finalmente subiu comigo até o quarto, ele apenas se deitou na cama e ficou me olhando, por um minuto eu não tinha entendido o porque, mas então lembrei da última regra da lista.

Brahms: beijo *voz infantil*

Eu me senti estranha com o pedido dele.
Eu me aproximou e me abaixei, por um minuto eu hesitei, e ao dar um beijo naquela máscara de porcelana gelada, eu saí do quarto e corri pro meu onde me tranquei.
Minha cabeça estava a milhão, eu tentava de todas as formas encontrar uma forma de sair, mas nenhuma ideia me vinha a cabeça. Eu queria dormir, mas sabendo que Brahms poderia estar me observando, eu não estava conseguindo.
Eu continuei tentando dormir, mas sempre ficava olhando pra todos os lados pensando que a qualquer momento ele poderia aparecer e tentar algo contra mim.
Eddie está morto, e sinceramente não me importo, apenas sinto pela morte de Malcolm, ele não tinha culpa de nada, e me ajudou todo esse tempo, e agora morreu por minha culpa, o que me causava uma grande tristeza e peso na consciência.
Eu lutei contra o sono, mas acabei me rendendo.

Dia seguinte 07:26

Meu despertador não tocou, eu acordei com fortes batidas na porta.

Brahms: Melody?! *Voz grossa*

Melody: o que?

Ele girou a maçaneta tentando abrir.

Brahms: Melody, por que a porta tá trancada? *Voz infantil*

Eu Não sabia o que responder.

Melody: é... eu... me acostumei a trancar

Brahms: abre *voz infantil*

Ele deu uma pancada mais forte ainda na porta, eu tomei um grande susto, e corri até a porta. Quando destranquei a porta, ele ficou me encarando daquele jeito bizarro.

Melody: desculpa...

Brahms: não precisa ficar com medo de mim *voz infantil*

Não precisa?!
Eu tive vontade de gritar toda a verdade pra ele, mas eu não sou louca e não quero morrer. Tudo que quero e voltar pra casa e abraçar forte a minha amiga.

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