Sweet Revenge - 10.

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Eu esqueci de atualizar ontem galera, for mal 🤡. Boa leitura!!!

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Capítulo 10

Respirar me custava. Minha visão era turva e eu só via flashes do que eram pessoas em minha volta. Sentia meu corpo sendo levado por uma maca, passando por um longo corredor. Só podia me concentrar nas luzes do teto, que batiam em meus olhos, revezando entre uma mais fraca e outra mais forte conforme o trajeto.

— Esse caso é grave, Doutor... - ouvia uma voz funda dizer, enquanto tentava buscar ar para respirar. Senti o medo se instalar em mim ao ouvir:

— Ela pode morrer a qualquer momento - afirmou uma voz rouca.

Meu coração de repente disparou, o que me fez ouvir um aparelho apitar alto e seguidas vezes. A minha visão ainda estava um pouco embaçada e tudo parecia girar em torno de mim. Eu voltava a recobrar a minha consciência e a ficha de que tinha sido atropelada ainda não havia caído. Estou na ala de emergências do hospital...o nervosismo tomou conta de mim.

Fui colocada numa cama acolchoada cercada por múltiplos monitores e equipamentos médicos. Eu tentava me mover ou falar, mas minhas tentativas eram em vão, pois o tubo de intubação impediu-me de falar e a dor era quase insuportável. Os médicos e enfermeiras corriam em volta de mim, ajustando as máquinas e injetando medicamentos em minhas veias. O som dos bipes dos monitores, juntamente com as vozes sussurrantes da equipe médica, parecia longe e silencioso. Estava tudo em um borrão.

Era difícil me concentrar em qualquer coisa além da dor. Ela parecia estar vindo de todas as partes do meu corpo, uma dor intensa, que me fazia querer gritar e eu simplesmente não conseguia. Eu lutei para manter os olhos abertos enquanto os médicos me examinavam, tentando encontrar uma maneira de me ajudar.

De repente me sinto assustada e sozinha. Tinha medo do que poderia acontecer comigo. Mas ao mesmo tempo, senti uma pequena esperança de que a minha vida pudesse ser salva. Era tudo tão desconfortável e caótico, mas tudo o que eu podia fazer era fechar os olhos e esperar que aquela situação passasse. A única coisa que eu sabia, era que a minha vida iria ser diferente dali em diante, mesmo que eu sobrevivesse. E eu apenas cedi a vontade incontrolável de fechar os olhos.

— Ela pode morrer a qualquer momento...

Becky estava em choque. A mulher correu em direção a Freen como instinto, entretanto não conseguia processar tudo aquilo. Ela encarou por segundos Sarocha, que jazia inerte no chão. Olhou para os lados em seguida e notou que o carro já não estava mais lá. A pessoa havia fugido.

Rebecca pegou o celular e ligou para a emergência, tentando manter a calma enquanto esperava pela ambulância. Envolveu Freen em seus braços com muito cuidado, visualizando seu rosto apagado. Sua testa continha um corte não tão grande e por seu nariz saia sangue. E naquela instante Becky se perdeu em lágrimas e gritou com todo o seu ar, que sentiu seu peito arder. A ficha havia caído.

— DESGRAÇADO, MIL VEZES DESGRAÇADOO - seu corpo tremia.

Quando a equipe médica chegou, Becky entrou junto com a detetive na ambulância, sentando-se ao lado dela e segurando sua mão com força. Ela não conseguia parar de chorar, tentando entender como tudo isso tinha acontecido tão rápido. Um pingo de esperança bateu em seu peito, quando viu que a detetive agora estava acordada.

A ambulância seguia em alta velocidade, sirenes ligadas, e Becky tentava manter Freen acordada, conversando com ela e pedindo para que ela ficasse firme. Mas quando chegaram ao hospital, Freen foi rapidamente levada para a ala de emergência, com uma série de lesões graves. Becky ficou olhando, paralisada, enquanto a equipe médica trabalhava para cuidar de Freen.

Criminal Kiss - FreenBeckyOnde histórias criam vida. Descubra agora