Criminal Kiss - FreenBecky

One, two, three... - 4.

Capítulo 4

Freen estava a caminho de se encontrar com o Senhor Saetang. Enquanto o táxi a levava até seu destino, ela estava atentamente lendo as 120 mensagens deixadas por Rebecca, sentindo o leve gosto amargo do arrependimento na boca. Se ela soubesse que a Senhorita Armstrong fosse ser assim, nem se quer ousaria em ter pensado em passar seu número de telefone. Rebecca estava preocupada com a sua segurança, então não pensou duas vezes ao mandar mensagens sem parar para Freen.

FREEN: Eu estou trabalhando agora, Senhorita Armstrong... –10:35.

METRALHADORA DE MENSAGENS: O que faz trabalhando em pleno domingo? – 10:35.

FREEN: Gostaria de informar que crimes não param para descansar. –10:35.

METRALHADORA DE MENSAGENS: Com toda certeza, mas a Senhorita para e deveria! – 10:36.
Por que não vem aqui para a minha casa? – 10:36.
Tenho uma hidromassagem...=) – 10:36.

FREEN: Se não estivesse quase me implorando pelo meu serviço de proteção por puro medo, diria que estaria dando encima de mim, Senhorita Armstrong! – 1037.

METRALHADORA DE MENSAGENS: Essa nunca deixou de ser uma opção... – 10:37.

POV FREEN

Olhei para aquela última mensagem e gelei. Quando notei, vi que prendia a respiração. Por que eu disse aquilo e por que ela respondeu de tal forma?

— Senhorita? - ouvi o taxista me chamar, me fazendo voltar para a terra.

— Pois não? - o encarei envergonhada, bloqueando meu celular em seguida.

— Já chegamos - afirmou. O rapaz informou o valor e então o paguei.

— Obrigada - saí do carro, olhando para lugar e logo para a casa em minha frente. Caminhei até o portão e pressionei a campainha. Por incrível que pareça, não houve nenhuma contraposição por parte de Saetang. Estava aliviada por isso, seria menos uma dor de cabeça para mim.

Depois de esperar por alguns segundos, vi o portão se abrir e aparecer uma Senhora de cabelos quase grisalhos.

— A Senhorita deve ser a detetive, certo? - questionou.

— Sim, Senhora - respondi - sou a detetive Freen Sarocha, muito prazer.

— Ohh, pode entrar Senhorita, meu marido está a esperando, por favor entre - me chamou, então entrei. A segui até a entrada da casa, sendo recebida pelo um delicioso cheiro de biscoitos assados - eu fiz alguns biscoitos, gostaria de alguns com uma xícara de chá?

— Claro - concordei com um sorriso nos lábios.

— Perfeito - sorriu de volta - meu marido está no escritório, segunda porta a direita - afirmou ao apontar para o corredor.

— Obrigada - me curvei. Assim que a Senhora se retirou, dei as costas e fui em direção daquele escritório. Segunda porta, a direita. Dei três batidas e logo a porta foi aberta.

— Olá Senhorita, pode entrar, por favor - indicou. Comecei a reparar no ambiente, um escritório simples e aconchegante. Sem luxos, apenas o necessário. O tom de creme nas paredes trazia uma sensação de uma paz muito grande. Desviei meu foco para o Senhor que estava sentado em sua poutrona - por favor, sente-se.

— Olá Senhor, como vai? - perguntei ao me sentar. O Senhor Saetang é um homem no auge dos 63 anos, cabelos crisalhos e óculos redondos. Parecia uma boa pessoa, se julgar apenas pela aparência.

— Muito bem, obrigado - sorriu - e a Senhorita?

— Muito bem também - sorri de volta - muito obrigada por colaborar com a investigação.