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Naruto

A vida é engraçada né ?

Quando você acha que não pode piorar, a vida rir da sua cara e fala "se fudeu otário".

Meu nome é Naruto Namikase. Filho caçula do 4° hokage da vila oculta da folha.

Eu preferia ser filho de um civil qualquer do que ser filho do hokage.

Não me levem a mal, não é que meu relacionamento com meu pai seja ruim.

Na verdade nem existe relacionamento.

A gente se cumprimenta, tira foto de família feliz, ele manda e eu obedeço.

Nunca trocamos mais do que 10 palavras por dia. E isso é desde sempre. Não é algo que surgiu agora.

Eu tenho 19 anos e não sou lá um exemplo de pessoa não.

Talvez eu seja um pouquinho rebelde.

Lembra que eu falei que ele manda e eu obedeço?

Eu obedeço, em partes. Eu faço as coisas do meu jeito e isso ninguém nunca vai conseguir mudar.

Minha mãe se chama Kushina, ela é uma boa pessoa, ela só não sabe ser mãe.

Vive trabalhando, ela é uma empresária, e nunca para em casa.

Não é como se eu me importasse também.

Ela me trata mais como um conhecido do que como filho dela.

Eu tenho um irmão mais velho também.

Antigamente era eu e ele contra o mundo.

Mas aí meu pai decidiu arranjar um casamento pra ele, e o casou com o filho mais velho da família Uchiha, um clã muito poderoso aqui na vila.

Meu irmão foi tirado de mim a força e eu não pude fazer nada.

Isso é um dos motivos que eu odeio ser filho do hokage.

As pessoas de elite tratam seus filhos como mercadorias que só servem para unirem clãs.

Isso é um absurdo!

Hoje eu acordei e estranhei a movimentação na casa, os empregados estavam todos eufóricos e andavam de um lado para o outro, creio que vai ter algum visitante importante aqui.

Mas não era da minha conta, então eu nem dei moral.

Iria passar a tarde na casa do Sasuke, meu ficante fixo.

A gente transa de vez enquanto, e nenhum de nós dois quer ter um relacionamento, então combinamos de ser só ficantes.

Passamos a tarde fazendo sexo, como de costume, mas ele estava meio avoado.

E antes que eu fosse embora ele me chamou para conversar.

-preciso te contar uma coisa- diz.

-pode falar- digo estranhando.

-a Sakura tá grávida- diz sério.

-tá e o quê que eu tenho haver com isso?- pergunto confuso.

-o filho que ela está esperando é meu, e meu pai quer que eu case com ela. Ele já até marcou o casamento, é daqui a um mês- diz.

-perai que eu acho que não entendi . . . Como assim o filho é seu? A gente não ficava sério?- digo.

-foi uma recaída. Você não tava disponível, ela tava na boate toda gata eu não resisti, mas não precisa se preocupar, a gente pode continuar ficando escondido- diz na maior cara de pau.

-eu não acredito nisso! VOCÊ É IDIOTA? não, melhor, você acha que EU sou idiota? Você engravidou uma mina, vai casar com ela, e ainda quer que eu seja seu amante?- digo indignado.

-não é bem assim, e eu não devo nada a ela- diz dando de ombros.

-você deve sim! Seu filho da puta! Você deve respeito a ela e ao filho que você fez nela!- digo.

-eu não a amo e não sou obrigado a ficar só com ela- diz.

-foda-se se você a ama ou não! Você deve no mínimo a respeitar e não a trair na primeira oportunidade! Você me traiu! Eu não fiquei com ninguém além de você durante esses meses e você me trai na primeira oportunidade! E ainda tem a cara de pau de me propor para ser seu amante enquanto sua futura esposa sofre com a gravidez que ela não planejou e que ela não fez sozinha!- digo irritado.

-eu não te trai! Não namoramos, eu não tinha a obrigação de ser fiel a você, você só é um corpo gostoso que eu gosto de me divertir-diz.

-meu Deus! Como eu pude ser fiel a alguém como você? Eu tenho é pena da Sakura e do filho dela- digo saindo da casa daquele garoto.

Eu não acredito nisso.

Como eu pude ser tão otário?

E eu ainda estava criando sentimentos!

Fui pra casa arrasado.

Não quero saber de nada por hoje.

Assim que cheguei em casa, antes que eu pudesse sair correndo pro meu quarto, meu pai e minha mãe me pararam.

Os dois em casa a essa hora?

Isso não é nada bom.

-se arrume que hoje teremos um jantar muito especial aqui. E eu quero você muito bem vestido- diz meu pai.

-o que eu tenho haver com o jantar?- digo confuso.

-é o jantar do seu noivado, você tem que se vestir a altura para impressionar seu noivo e o pai do noivo- diz.

-perai, como assim noivo?- pergunto com meu coração batendo muito acelerado.

-você se casa em uma semana. Já está decidido, não tente nenhuma gracinha. Sua roupa já está em cima da cama para a noite de hoje. Se comporte e impressione seu noivo- diz minha mãe saindo da sala com meu pai logo em seguida.

Quando eu consegui ter uma reação, eu corri pro meu quarto e liguei para o único que poderia me consolar no momento.

Liguei para Deidara, meu irmão.

Esse dia não tem como piorar.

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