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O número chamado não pode receber ligações temporariamente...- Desligou o celular pela décima vez naquela manhã yanli estava preocupada com o irmão que não havia mandado mensagem, muito menos ligado para avisar que não iria, faltar no trabalho aquilo nunca havia acontecido. Más tentando afastar os pensamentos ruins da cabeça voltou a fazer seus deveres no estabelecimento dos pais.

O homem de chapéu preto na última mesa, ficava olhando todo o movimento e desde que chegou ali apenas pediu para saber como estava wuxian, yanli não sabia o que ele era de seu irmão adotivo maís ele não parecia o tipo de pessoa que o rapaz iria se envolver, alguém opaco e sem vida, era daquela forma que a mulher descrevia Lan zhan. Ele escreveu algo no papelzinho {"Bom trabalho"} e deixou sobre a Mesa com uma pequena gorjeta, a mais velha dona do estabelecimento mãe adotiva de yanli, wuxian e Sicheng, levou uma sacolinha branca pro mesmo antes de sair que agradeceu e seguiu seu caminho tranquilamente.

Talvez.

Andou com muita cautela, olhando para todo o território, não queria ser descoberto, pelo menos não agora no começo da brincadeira que ele planejou. Alguns quarteirões ele ultrapassou em silêncio absoluto olhando discretamente para os lugares e lados que podia vim alguém que conhecia seu refém. Na rua de Wei wuxian ele caminhou mais rápido, sua respiração pesada, os passos largos e logo ele estava em seu destino.

A casa do refém.

Pegou a chave, abriu a porta e adentrou o local, o cheiro era totalmente agradável ao seu oufato, más é claro que isso não muda o fato de que o dono daquele cheiro havia abandonado ele no orfanato até seus 18 anos de idade. Balançou a cabeça e andou até perto da escada, más ao invés de subir, abriu uma pequena porta. "Wuxian havia mesmo feito um esconderijo como tinha dito."

(...)

Qual seu sonho weiwei ? - O garotinho de pele clara perguntou comeu um pedaço de bolo, enquanto espera sua resposta. - Bom, eu quero ter uma família e ter minha casinha más, terá um segredinho apenas meu zhan-zhan.

Os olhos do menino se arregalaram e seus dentinhos apareceu ao ouvir o outro, curiosidade era o que estava estampado em sua face. - O que weiwei? - Pergunta ele todo agitado e o outro responde - Um esconderijo que só eu irei saber, se minha casa tiver uma escada..hum, será a baixo dela.

Uau!! Weiwei...

O moreno com dentinhos de coelho Confessou ao outro, eles eram amigos desde que o pequeno Lan zhan chegou no orfanato, ambos nunca tiveram descontente com a amizade, por mais que sejam opostos um do outro eles pareciam imas.

Até o dia mais triste de lan zhan..

(...)

Era tudo bem organizado a baixo da escada, não emitia som nenhum, a luz fraquinha da entrada não entrega o local aconchegante do lado de dentro do lugarzinho, era sim a cara do rapaz. Adentrou mais fundo e lá estava o corpo magro sentado no chão sobre encostado no sofá, ainda mexendo a cabeça, como um suricato, de um lado para o outro.

Por que tá fazendo isso? - Wei wuxian, questiona assim que sente a presença de alguém junto a ele ali. - O que eu te fiz? pra querer me machucar desta maneira ?

Sua voz saia fraca, chorosa, havia medo nela o Lan sentia isso, ele gostava do que estava vendo, por mais que seu coração tentasse dizer ao contrário, sua mente ainda sentia vontade de causar mais desse medo ao moreno a frente. Então só depois de alguns minutos de silêncio ele pode responder.

Você me roubou algo... - Deu uma pausa suspirou e terminou. - algo muito valioso.

O que eu tinha roubado daquele homem? Quando eu fiz isso, não me lembro nem de quem ele seja imagina agora sobre ter roubado ele....essa coisa valiosa. Era o que se passava na mente do rapaz ele não sabia o que tinha acontecido, nem ao menos conhecia o outro, coitado mal sabia.

Como assim? Roubei algo? — perguntou wei com medo, os olhos do homem de pé a sua frente lhe olhava como se fosse uma presa, preste a ser devorada.

Você ainda me pergunta! — bateu a mão no abajur com ódio, os olhos de wei se abriram mais olhando tal cena a sua frente, o rapaz ficou revoltado com sua pergunta. — Não se lembra mesmo?

Balanço a cabeça em negação.

Suspirou, tirou o chapéu os fios do cabelo acastanhado estava sobre o rosto alheio, os olhos do moreno amarrado se estreitou olhando fixo naquele rosto, que por sinal era mais bonito do que imaginou, os dedos fino do rapaz passaram os fios grandes pra trás e deixou o rosto a mostra junto com uma cicatriz em sua boca do lado.

Ele .... Os olhos que estavam estreitos arregalaram quando desceram para os lábios chamativos e carnudos extremamente convidativos.

Didi — Sua voz saiu fraca, o coração estava quase parando, ele batia tão rápido parecia que faltava ar sobre meus pulmões porque ele tá fazendo isso comigo... — É você, não é Didi ?

Lan wangji é meu nome!! — Gritou — Não me chame por esse nome ridículo.

Ele... É ele mesmo, a cicatriz dos seus lábios foram quando as dona do orfanato pegou ele comendo doce elas cortaram sua boca do lado sem ao menos anestesia, isso tudo na minha frente eu sentia toda sua dor apenas por ouvi-lo grita caído no chão com as mãozinhas sobre a boca enquanto saia sangue...eu que havia lhe dado já que nunca havia comido na vida, ele era uma criança sozinha eu me envolvi tanto com ele, por que ele tá dessa forma.

Wangji, certo perdão! — Engoliu seco — Por que eu ? O que eu te roubei ?

As mãos saíram dos fios e novamente o rosto tampado pelo cabelo, ele sentou sobre o sofá e me olhando suspirou um ar que ele e eu não sabíamos que estava preso em seu peito, a cabeça ficou cada vez mais baixa e sua voz grossa e confiante ficou embargada e vazia.

Você foi embora, me deixou pra trás lembra do que tinha me prometido? — Ele estralou os dedos e riu, um riso amargo. — Mentiu, como eles.

Não, eu não menti.. pensei

Roubou minha luz e com ela você se foi..— Ele disse e parou de sorrir. — Depois disso olha o que me tornei, um monstro sem nenhum sentimento principalmente sem remorso.

Ele disse essa parte e me olhou, pude ver sua cabeça se erguer e seus olhos marejados estavam escuros como um céu negro sem estrelas, suas mão foram para o bolso e de vazias voltaram com uma faca pequena, engoli em seco.

Você não pode. — Comentei e mais uma vez ele riu e olhou para a lâmina. — Sim eu posso, estamos sozinhos e ninguém sabe de nós... más não quero, não agora.

Isso por mais que não seja uma negação dele, me fez ficar tranquilo, mais ele não tinha uma áurea calma e sim macabra como ele chegou a esse ponto. Me perdi nos meus pensamentos enquanto olhava para ele a minha frente e só percebi isso quando ele termina sua frase.

Vou te fazer sentir a dor que eu senti, quando se foi — Ele diz e sai andando para fora de onde estávamos, me deixando sozinho ali.

Preciso contornar isso, urgentemente.

𝑷𝒔𝒚𝒄𝒉𝒐Onde histórias criam vida. Descubra agora