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Existem segredos que nem os céus sabem

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Existem segredos que nem os céus sabem...
   Mas eu sei.
                        ☆

          Estava disposta a despejar tudo, estava disposta a me colocar como prato principal em uma mesa perfeitamente arrumada, eu era a encurralada da vez.
    apoiei minha mão no braço da cadeira e me levantei, meu coração acelerou, os olhos de Rhys focaram em mim, meus ossos racharam, minhas pernas quase bateram os joelhos um no outro, parecia que eu havia engolido cacos de vidro, minha voz não saia, uma batida recorrente que me assombrava se fez presente em minha mente, a batida de um coração, a batida do coração dele, meus olhos se embaçaram, meu corpo congelou)

-Eu ainda escuto...
(Rhysand se esgueirou até mim)

-Oq?
(Ele perguntou segurando em meus onbros)

-Ainda consigo escutar o coração dele. Toda noite,toda hora, no silêncio, no barulho, seja aonde for, eu ainda consigo escutar.
(Rhys segurou em meus braços trêmulos, eu recai derrotada sobre a cadeira, "não era isso que eu ia falar, não era isso,não era isso", a porta foi aberta bruscamente, Azriel estava lá na porta, o peito subindo e descendo, os olhos não se encontraram com os meus, eu não deixei que ele me visse o suficiente, as mãos de Rhysand alisaram meus onbros expostos, uma gavinha de sombra se enroscou em meu pulso, era como um carinho silencioso, um apoio fantasma)

-Oque houve irmão?
(Eu não conseguia sentir o cheiro dele, estava tão perto e tão longe, eu me virei sentindo um arrepio subindo a espinha
  Freyre.
               Me levantei da cadeira encarando os olhos dele, respire. Respire.respire.
    Me obriguei a destravar meu corpo, me obriguei a respirar e inspirar, aos poucos eu mesma vou me sufocar, eu sei disso, eu sinto o sangue cobrindo meu corpo, eu sinto o cheiro do terror e da dor e saio correndo em disparada até o quarto de Freyre, ela está lá suando frio.
      Meu coração se tornou implacável, como um cavalo em corrida, minha mente é um turbilhão de palavras juntas sem tempo de pausa, o momento é dessesperador, por um momento eu não soube oque fazer mas eu me movi rápido, gritei por Nuala e Cerridwen.
pela mãe!
  tudo passava muito rápido, colocando e tirando panos molhados na testa de Freyre, não achei que tudo aconteceria em um momento tão ofuscante, tão sufocante, eu mal conseguia pensar, meu corpo fazia todo o trabalho sozinho, Azriel mantinha Rhys fora do quarto com o maior esforço.
  Eu rezei.
Usei tudo oque eu sabia, tudo oque eu conseguia lembrar e tudo que pude usar na batalha contra a morte, foi então que em um lampejo de luz silencioso o choro ecoou pelo quarto, lágrimas ousaram cair, em minhas mãos além do sangue, estava o lindo bebê de Freyre e Rhys, ele parecia uma estrela, as asas escolhidas em volta do corpinho, ele chorava a plenos pulmões, tão lindo, meus olhos se voltaram para freyre, eu o levei até ela, ela estava radiante, quase brilhando, ela o segurou, chorando)

-Parabéns,Freyre. Ele é lindo.
(Antes que eu me afastasse freyre segurou forte minha mão escorregadia)

-Você vai cuidar dele e de Rhys,não é?
(Meu corpo travou,eu me aproximei dela)

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