◇11◇(my eyes, your eyes)

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Po'v AUTORA

CASA DOS GRÃO-SENHORES...

    A pequena Astrea havia acordado no meio da noite procurando o corpo quente da mãe mas não o encontrou, a pequena saiu da cama andando pelo corredor frio chamando por Astrid, foi então que os lindos olhos roxos se encontraram com a porta entre aberta do quarto dos Grão senhores, Astrea empurrou a porta devagar e avistou Rhysand, adentrou o quarto na ponta dos pés e tocou a mão caída de Rhysand)

-Tio Rhys, Tio Rhys.
(Ela sussurrou, Rhysand abriu os olhos focando no ambiente a frente mas logo sentiu a pequena mão que se encontrava sobre a palma da própria mão, ele olhou para o lado encarando os olhos encantados de Astrea, para Rhys são pares de olhos castanhos claro, o rosto de Astrea estava vermelho pelo frio, os pés descalços sobre o chão gelado, os cabelos arrepiados e os olhinhos entre abertos,
"ela é a coisa mais fofa do mundo"
Pensou Rhysand)

-Oque houve pequena?
(Astrea se enclinou e sussurrou)

-Mamãe não esta na cama.
(Rhysand estranhou, ele olhou para o lado vendo Freyre dormindo tranquila graças aos cuidados de Astrid, Rhysand se levantou da cama e se abaixou pegando Astrea no colo, ela coçou os olhos, estava sonolenta)

-oque te acordou em?
(Rhys perguntou enquanto andava com Astrea em direção ao quarto)

-Fiquei com frio, mamãe sempre me esquenta quando fico com frio mas ela não estava na cama.
(Para Astrid não estar na cama deveria haver um bom motivo, ela parecia o tipo de mãe que arrancaria a mão de quem chega-se perto da pequena Astrea sem autorização.
   Rhys adentrou o quarto e colocou Astrea na cama, ele sentou ao lado dela na cama, Astrea segurava três dedos de Rhysand suas mãos eram pequenas demais para segurar a mão dele por inteira)

-Tio Rhys aonde a mamãe foi?
(Rhys sorriu olhando para Astrea, ele passou a mão sobre os cabelos ruivos dela, por um momento Rhysand lembrou de outra pessoa que tinha aqueles mesmos cabelos, um calafrio percorreu a coluna de Rhysand e ele afastou a mão do cabelo da garota, ele viu Astrid franzindo a testa, as emoções dele)

-Tio Rhys...do que você tá com medo? E de min?
(Os olhos curiosos e sinceros de uma criança não mentia, os olhos de Astrea diziam que a resposta que Rhysand poderia dar a seguir a faria uma criança menos brilhante, Rhysand engoliu em seco, o coração acelerou)

-Não pequena. Vem vamos dormir e logo logo sua mãe vai estar de volta.
(Rhysand deitou encostado na cabeceira da cama, Astrea aninhou o pequeno corpo ao corpo de Rhysand, Rhys percebeu que o quarto realmente era meio gelado usou magia para esquentar, astrea levantou o rosto o olhando)

-Não é pra usar magia tio Rhys.
(Ela o repreendeu, Rhysand abriu um sorriso genuíno)

-É pra abraçar tio Rhys. Você não sabe fazer um abraço de urso?
(Ela entortou a cabeça para o lado em duvida)

-Bem...acho que não.

-Vou te ensinar Rhysinho.
(Rhysand se espantou com o apelido)

-Quem te ensinou esse apelido?
(Astrea recaiu sobre os braços de Rhys o apertando em um abraço caloroso e quentinho)

-Titio Cass. Eu amo ele.
(Ela bocejou no fim da frase, Rhysand continuou a segurando no abraço,  ele sabia que ela estava quase dormindo)

-Temos olhos iguais...
(Ela adormeceu. Rhysand se perguntou o porquê dela dizer aquilo sobre os olhos, mas ele absorveu era coisa de criança, Rhysand deitou Astrea na cama e a cobriu com a coberta, ele admirou o rostinho lindo dela, e se perguntou se estava ficando louco, uma criança doce como Astrea nunca poderia lembrar o monstro da Amarantha, ele saiu do quarto com o coração apertado, não queria deixar a pequena lá sozinha, e se ela ficasse com frio de novo? E se ela ficasse com medo?, foi nesse momento que Rhysand percebeu que parecia um pai super protetor e histérico, Rhysand voltou para o próprio quarto ainda pensando na pequena, ele deitou abraçando Freyre se perguntando onde estava Astrid, a última pessoa a vê-la foi Azriel, então....Talvez..., o corpo de Rhysand gelou e um sorriso se formou no rosto, ele não conseguia acreditar que talvez os dois estivessem juntos, mas ele iria descobrir, Rhysand começou a chamar Azriel sem parar pela mente até que o mesmo respondeu

Oq houve Rhys?

Astrid está com você?

...
(Silêncio, vago silêncio)

Responda Azriel! Está?

Sim. Porque?
(O sorriso de Rhysand cresceu)

Astrea acordou procurando por ela.

Já estamos voltando...

Você não vai acreditar Az.

No que?

Astrea disse que ama Cassian.

Ela disse que me ama primeiro.

Não esperava essa disputa de você irmão.
(Azriel não podia evitar, a pequena havia roubado seu coração no momento em que sentou ao lado dele para comversar curiosamente sobre as asas)

Boa noite Rhys.

Uma ótima noite para vocês dois.

   Rhysand com certeza fofocaria isso para Cassian, sem sombra de duvidas ele Freyre e Mor saberiam da noite dos dois pombinhos, Rhys não conseguia esquecer que se seu filho com amarantha estivesse vivo talvez ele fosse bom igual a Astrea ou talvez puxasse a amargura fria do coração de amarantha,ele seria mais novo que a pequena Astrea? Teria a mesma idade que ela? Ele conseguiria olhar nos olhos do próprio filho sem lembrar dos horrores que sofreu? Ele o amaria? Para essa ele tinha a resposta,sim. Ele o amaria muito,quando escutou o choro naquela noite Rhysand se sentiu em um misto de emoções, se sentiu estranhamente feliz e aterrorizado, talvez fosse pelo fato de que seu filho talvez fosse morto pela própria mãe? Talvez o fato de que ele sentiu mais a si naquela criança do que sentiu amarantha, o cheiro, ele lembrava do cheiro, o cheiro do filho que era estranhamente parecido com o cheiro e exalava da garotinha dorminhoca no quarto a poucos passos de distância, Rhysand não conseguia esquecer que em algum momento naquela noite ele derramou lágrimas pela partida do bebê, quando viu o rostinho pálido já sem vida sentiu que o fio que conectava ele a aquele ser inocente havia sido rompido de uma forma tao cruel que ele sentia que havia dedo de amarantha lá,talvez ela tenha sufocado o bebê com o poder? Talvez tenha feito algo contra ele em seus piores pensamentos que ganharam vida e fizeram oque fizeram, mas vários "talvez" não responderiam as milhões de perguntas que atanazavam sua mente como urubus encima se uma carcaça fresca, Rhysand queria perguntar a Astrid oque havia feito com o corpinho do anjinho que mal havia respirado o ar mágico de Prythian, o bebe que nunca pôde ser pego nos braços pelo pai nem pelos tios, a criança que nunca correu pelas ruas de vellaris, a pequena criatura que nunca aprendeu a voar nem a andar nem a falar, Rhys imaginava a sensação de escutá-lo falando "papai" pela primeira vez, rezando para que Freyre e o bebê sobrevivam Rhys se afastou da cama e foi para a sacada, os olhos estrelados se enchendo de lágrimas, ele se abominou por não parar de pensar naquela criança que já havia partido a tanto tempo...mesmo assim ele se perguntou se ele teria os mesmos olhos que o pai, imaginou que veria a alma cristalina do bebê nos olhos roxos como os dele,olhos que teriam amor,esperança, sonhos e felicidades tudo que Freyre disse ver nos olhos de Rhysand, ele imagina que também teria nos olhos daquela criança se ela ainda fosse viva,se fosse sua pequena e doce criança...

   🌙Terceira pessoa

       Rhysand nunca imaginaria que aquela criança está viva,tão perto dele, ela o abraçou, aquele bebezinho estava com ele e ele não percebeu, a vida não é justa,de fato não é, o caos não é completo, a tristeza não é solitária e a felicidade não vem acompanhada, Astrid nunca mais vai querer guardar um segredo...nunca mais.

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O cap foi pequeno mas bem tenso...

🦋Não esqueçam de votar e comentar, eu espero que tenham gostado!
Até o próximo cap,
Bjss🦋💫

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