CONVIVER com quatro garotos, com seus sentimentos a flor da pele, era extremamente difícil.
Qualquer resquício de inocência que existia em mim, foi embora e infelizmente nunca mais vai voltar.
Já era comum pra mim encontrar eles assistindo pornô pelos cantos, ou escutar seus gemidos dentro do banheiro.
No começo foi constrangedor e totalmente novo para mim, eu mal sabia o que era sexo.
Mas com o tempo eu fui me acostumando.
Tudo ficava entre nós, com certeza minha mãe me mataria e nunca deixaria eu ser amiga deles se soubesse de tudo.
O que entrou para mais uma coisa de coisas novas na minha lista, mentir e omitir coisas para minha mãe.
Antes ela sabia se tudo, ela era sempre a primeira e única a saber da minha vida, já que ela era minha única amiga.
Mas depois dos meninos as coisas foram mudando, mas nossa relação continua extremamente forte.
Eu ainda conto coisas simples da minha vida para ela, conto dos meninos que eu beijo por aí ou sobre como a nossa banda esta crescendo.
Mas não conto que eu comecei a beber no auge dos meus 13 anos, e raras vezes fumava algum cigarro.
Foi nisso que eu me tornei, uma adolescente rebelde que não liga para seu pulmão e vida futuramente.
Talvez eu tenha deixado de contar muitas coisas para vocês, mas fiquem tranquilos, eu irei explicar tudo.
Desde que eu entrei para a banda, eu passo praticamente o dia inteiro com os meninos, já que meus pais trabalham a tarde toda.
Amélia conseguiu um trabalho simples em uma loja de roupa, mas que a deixa ocupada já que meu irmão entrou para a escola.
Então meus dias são resumidos em dormidas a tarde, junto com ensaios, e estudos a noite, que é o tempo em que eu não consigo dormir.
Eu não sei quando me tornei tão fudida sendo tão nova, e sei que estou acabando com minha vida.
Mas a adrenalina de estar fazendo a coisa errada é muito satisfatória.
As coisas na escola só pioravam, o bullying se tornando mais presente desde que nosso CD saiu.
Sim, lançamos um CD e foi assim que Bill foi descoberto por aquele programa.
Devilish era escutada por alguns jovens da nossa cidade e região, tocávamos mais em festas clandestinas e as pessoas pareciam gostar do nosso som.
Eu estava muito feliz de estar ao lado deles.
Fomos chamados pra fazer uma entrevista pequena, e eu estava me arrumando para ela.
Meu estilo foi totalmente influenciado pelo Bill, minhas roupas variavam de justas ou largas, e amava usar correntes pelo meu corpo.
Desço as escadas e vejo que o padrasto dos Kaulitz estava ali, dou tchau para meus pais e sigo para fora de casa.
Foi uma coisa mais simples mas foi legal, o entrevistador mostrou como era nosso dia, respondemos algumas perguntas e demos muita risada.
Fizemos algumas cenas bem divertidas também, como nós dentro de um carrinho em um supermercado.
Eu iria dormir nos gêmeos hoje então nem fui para casa.
Já estava acostumada com a bagunça do quarto deles, roupas e cuecas jogadas no chão, caixas de pizza e latinhas de coca.
É claro que se acostumar não é aceitar, e sempre que eu podia dava uma bronca neles por serem tão bagunceiros e fazia eles arrumarem.
Mas nunca funcionava, uma hora depois estava uma bagunça de novo.
— Nós deveríamos lançar um álbum novo, tenho várias letras novas la em casa. - Digo enquanto estava lendo uma revista.
Já se passavam das 2 da manhã, estávamos comendo brigadeiro e tomando refrigerante.
Os dois estavam sentados no chão e eu estava de bruços na cama de Bill.
— Meu Deus eu amo comidas brasileiras. - Tom diz.
— Chloe ter entrado nas nossas vidas foi uma benção, tipo um anjo que caiu do céu. - Bill fala e eu dou risada.
— Cruzes, quem caiu do céu foi Lucifer, não me compare com um demônio.
— Schrei. - Bill fala do nada.
— Tá maluco? Sua mãe está dormindo. - Digo fechando a revista e sentando ao lados dele no chão.
— Não, não estou mandando você gritar, to falando que Schrei vai ser o nome do nosso álbum novo.
Tom começa a rir sem parar, olho para ele e começo a rir também.
— Que nome mais imbecil. - Tom fala entre as risadas.
— Vamos sair gritando pela rua para divulgar o álbum daí. - Eu falo não conseguindo parar de rir.
— Parem de rir, é uma ideia ótima, olhem essa música que eu escrevi.
Ele pega um papel e entrega para nós, mas ficamos rindo por uns 3 minutos até realmente prestar atenção.
Pegamos o papel e eu leio cada palavra, tinha muita emoção naquelas palavras, eu logo entendi que se tratava do bullying.
— Bill, isso tá incrível. - Digo olhando para ele.
— Está mesmo. - Tom continua.
— Eu ainda não tenho uma batida ou qualquer outra coisa, só a letra, mas acho que essa com mais algumas músicas que nós escrevemos sai um álbum e tanto.
Me animo com a ideia e me levanto dando pulinhos pelo quarto.
— Vamos fazer o melhor álbum que esse país já viu, todos vão saber quem nós somos e vão nos parar na rua pedindo autógrafos.
— Não viaja Chloe, no máximo vão nos chamar para tocar em uma festa dos adolescentes no fim da rua. - Tom diz.
Mas eu estava confiante, era isso que queria fazer da minha vida, cantar e mostrar para todo o mundo nossa música.
E eu iria fazer isso dar certo.
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Brünette | Tom Kaulitz
Fanfiction| TOM KAULITZ | Onde Chloe se muda de país e acaba vivendo a melhor fase de sua vida, e entre altos e baixos, se apaixona pelo guitarrista de sua banda. Início: 19/06/2023 Término: ??? Por: Ladyy_Starkk