Onde As Rosas Não Existem

- Capítulo 8 -

San Diego, Mansão dos Harris

— E agora pai o que a gente vai fazer? Todo mundo já sabe da garota a polícia tá revirando a cidade toda!

— Calma Travis, a gente não vai entrar nessa o Capitão me garantiu que nós estávamos fora da operação, a prioridade deles e o Marvyn não a gente.

— Em quanto a garota? O que a gente vai fazer com ela?

— Resolva isso.

— Mas ela tá dando um bom lucro no site, não temos uma substituta.

— A gente arranja outra, o mercado asiático tá crescendo vamos precisar de algumas meninas de lá pra fornecer a eles.

— E se ele voltar?

— Ele não vai voltar Travis, tem meio mundo de polícia atrás dele você acha que ele vai vim justo pra cá? Faça o que eu disse, livre-se da garota e pronto.

— É pra levar pro Rio Murray?

— E pra onde mais seria filho. Vai anda!

New York

Hendra.

Depois de mais um dia de aula eu estava exausta liguei centenas de vezes pro Albert pra avisar que hoje eu não iria ajudar nas buscas, mas até agora ele não retornou.

Me sentei um pouco na escadaria que levava até minha casa e fiquei imaginando onde ela poderia estar, se estava com fome, sozinha com medo. A Luna era forte mais eu não tinha aquela força eu precisava me agarrar a alguma coisa pra saber que ela estava bem.

Quando me levantei e ia voltar para casa fui surpreendida por alguém que me agarrou por trás e tapou minha boca com um pano, eu não conseguia gritar e aos poucos fui apagando.

Acordei horas depois dentro de um carro em movimento, meio confusa levantei e percebi que minhas mãos estavam amarradas e o motorista era o desgraçado do Marvyn.

— Tá curtindo o passeio?

"Perguntou ele rindo pra mim.

— O que você pensa que vai fazer? Tá achando que vai me sequestrar como fez com a Luna.

— Fica fria aí loira, eu só queria ter uma conversa contigo.

— Onde você tá me levando seu doente?

— Vamos fazer um acordo?

— Que acordo Marvyn? Me leva pra casa!

— Se você calar a boca e ficar quieta pelo resto da viajem eu te levo até onde a Luna está.

— Nem fudendo que eu vou pra San Diego com você, anda para esse carro agora.

— Escuta loira...

"Disse ele freiando o carro.

— Eu não fiz nada com a Luna ela tá viva e bem, ela só não quer mais voltar pra essa cidade... vai por mim lá é bem mais bonito que aqui.

— Você deve ter dito a mesma coisa pra ela, não é?

— Se ainda não acredita então espere para ver com seus próprios olhos.

— Eu quero voltar pra casa, se você não parar eu vou me jogar desse carro.

— Vai pular do carro a 80 Km/h, ah cala essa boca.

— Preciso ir no banheiro, vai para.

— Você acha que eu sou tonto?
Pega faz aqui dentro.

— O que? Eu não fazer xixi numa sacola, tá louco?

— Você que sabe, mas eu não vou parar.

— Então tudo bem se eu vou molhar esse banco de couro com revestimento de camurça importado, deve da um trabalhão pra limpar depois.

— Tabomm!! Que sacoo... Vai, é melhor você não sair da minha visão em garota.

— Você é um Psicopata sabia.

" Falei mostrando o dedo do meio na cara dele.

— É mesmo? Não me diga.— Anda vai, eu quero chegar a tempo do jantar.

Alguns minutos depois eu vi que não tinha escolha, ou eu fazia alguma coisa ou iria acabar desaparecida como a Luna, eu tinha que tomar uma decisão rápido. Quando desci pra fazer xixi consegui colocar minhas mãos pra frente do corpo, mesmo amarradas eu conseguiria segurar alguma coisa, ele tava distraído olhando para estrada então eu senti que aquela era a minha chance.

Pulei do banco de trás e agarrei o volante com força, meus instintos me forçavam a soltar mas eu agarrei aquele volante como se fosse a minha única chance de voltar pra casa.

A quase 100 km/h o carro rodou na estrada quando virei o volante, ele virou em direção à proteção lateral da pista e arrebentou a gande, eu fui arremessada pela janela com o impacto e cai para fora do carro que seguiu caindo no lago que passava por baixo da rodovia com o Marvyn inconsciente lá dentro.

Continua...